O Ministério Público de Minas Gerais instaurou Ação Civil Pública por ato de improbidade administrativa e apropriação de recursos públicos contra, a agora, ex-prefeita de Três Pontas (Minas Gerais), Luciana Ferreira Mendonça (PR) (Luciana era vice prefeita, assumiu a prefeitura em 2009, depois da morte do prefeito Glimaldo Paiva (PMDB) e deixou o cargo no ano passado). Segundo o Inquérito Civil, assinado pelo promotor Igor Serrano Silva, Luciana usou dinheiro público para pagar despesas de viagem pessoal e hospedagem dela, de seu motorista e de a chefe de seu gabinete Havany Aparecida Campos Resende Loures, á São Paulo.
Usando um carro oficial, no dia 12 de dezembro de 2012, Luciana, levou todos para participarem da festa de casamento do cantor sertanejo Fernando, da dupla Fernando e Sorocaba. A então na época prefeita, ficou hospedada no luxuoso Hotel Unique , com diária no valor de R$1.512,00, na capital paulista. A chefe de gabinete também usou dinheiro publico para pagar sua diária e a diária do motorista , além de combustível e estacionamento
A prefeita gastou R$ 5,7 mil, sendo R$ 2,7 mil para hospedagem e alimentação e o restante com as despesas do motorista e da chefe de gabinete. O Ministério Público denunciou criminalmente a ex-prefeita e a Justiça já decretou a indisponibilidade de bens no valor das despesas pagos pela prefeitura . Além disso, Luciana foi denunciada criminalmente e se condenada pode pegar de 2 a 12 anos de prisão.
Enquanto a prefeita (agora ex-prefeita), fazia farra com dinheiro público, a prefeitura, administrada por ela deixou de pagar os salários do funcionalismo e o 13º. A justificativa da prefeita para o calote foi a de que a crise financeira deixou os cofres públicos vazios.
Essa não foi a primeira vez que a prefeita meteu a mão no dinheiro público. Em 2011, isso é, um ano antes, o Ministério Público Estadual de Minas (MPE) decretou o bloqueio de bens da prefeita Luciana Ferreira Mendonça (PR), por fraude em licitações realizadas pelo município
A decisão partiu de denúncia dentro das investigações da Operação Conto do Vigário, feita em conjunto com a Polícia Civil para apurar irregularidades em concorrências públicas municipais. Segundo relatório do Ministério Público existiriam irregularidades em duas licitações. Uma para serviços de digitalização de documentos, no valor de R$ 57 mil, e outra para prestação de assessoria contábil, no valor de R$ 108 mil
A Operação Conto do Vigário foi desencadeada pelo Ministério Público e Receita Estadual para apurar o desvio de recursos públicos, especialmente com licitações fraudadas e compra simuladas de medicamentos, para 15 municípios do Norte de Minas. As fraudes ultrapassaram a casa dos R$ 100 milhões
Ironia
Em janeiro desse ano, Luciana Ferreira Mendonça ( que ainda está no PR), perdeu os direitos políticos por oito anos, em decisão de primeira instância do juiz de Direito da Comarca de Três Pontas Pedro Parcekian. A sentença da Ação de Investigação Judicial movida pelo Ministério Público (MP), foi assinada em 19 dezembro de 2012, mas só divulgada esta semana.No entanto, a decisão da justiça não tem nada a ver com o escândalo do dinheiro publico que pagou a farra da prefeita no casamento do cantor sertanejo,em São Paulo
O MP alega na ação que durante a eleição de 2012 á prefeitura, uma rádio da cidade de Três Pontas (MG), vinha divulgando mensagens institucionais em sua grade programação, com clara promoção aos atos da administração de Luciana, buscando transmitir a ideia da eficiência de sua gestão e a necessidade de sua continuidade, através da eleição dos candidatos a prefeito e vice, Luiz Roberto Laurindo Dias (PMDB) e João Victor Mendes de Gomes e Mendonça (PRTB), respectivamente, que contavam com apoio de Luciana Mendonça e seu grupo político, liderado pelo senador Clésio Andrade (PMDB), que também são alvos da ação. Como se vê, o gigante vai dormir por 8 anos. E quem sabe, acorde dentro de alguma prefeitura
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