Líderes de protesto sem pauta, ensaiam saudação nazifascista no Rio

Uma manifestação sem pauta definida, no centro do Rio de Janeiro, na tarde de segunda-feira (24), ganhou ares bizarros.

Os líderes do movimento tentaram impor uma saudação nazifascista para um publico estimado em 1000 pessoas. Com os braços esticados à moda nazista, alguns gritavam "Dias de luta, dias de glória" (possível alusão à música de Charlie Brown Jr., um ingrediente a mais para tornar tudo tão surreal). A maioria das pessoas não seguiu o ritual. Máscaras iguais às do filme "Todo mundo em pânico" e um homem com uma luxuosa fantasia de Batman dava ares carnavalescos.

Teve gente que compareceu pensando tratar-se de ato convocado pelo Forum de Lutas Contra o Aumento da Passagem, movimento de esquerda composto principalmente por estudantes da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Alguns perceberam que estavam no lugar errado e logo foram embora.

Mas houve quem não percebeu e virou motivo de piada nas redes sociais, por seguirem uma manifestação de índole fascista sem saber.

Reportagem do Jornal "O Dia" perguntou aos organizadores, o professor José Ferreira, 37 anos, e Maicon Freitas, 31, mas eles não souberam explicar os motivos da nova passeata: "Estamos aqui pelo povo e não temos partido".

Perguntados se bandeiras poderiam entrar no protesto, os dois foram taxativos: "Podem, desde que respeitam as nossas bandeiras". Mas sem expôr quais são as bandeiras levantadas no ato. Em algumas faixas, foi possível ler: "Somos contra os partidos". Não havia bandeiras de partidos.

Segundo o jornal "O Dia", eles foram acusados de serem neonazistas. Quando questionados sobre, gaguejaram e preferiram se esquivar. "Não é hora de falar sobre isso, deixa pra lá", afirmou um deles.

Correu tudo pacificamente, sem transtornos. Também foi a primeira passeata dos últimos tempos que teve mais policiais do que manifestantes. (Com informações do Jornal O Dia)