A CUT sugere a realização de uma conferência para discutir a mobilidade urbana, e no caso da cidade de São Paulo, já entrou em contato com o prefeito Fernando Haddad (PT-SP), para formar uma mesa de negociação entre os movimentos populares e os governos nas questões de mobilidade urbana. O prefeito, por iniciativa própria, também já marcou para terça-feira (18) uma reunião extraordinária do Conselho da Cidade, órgão de participação popular criado em março para a própria sociedade participar da formulação das políticas públicas, e convidou o Movimento Passa Livre.
Nota da CUT sobre os episódios relativos à tarifa de transporte coletivo
As recentes manifestações contra as tarifas dos transportes coletivos em várias capitais brasileiras ganharam visibilidade por conta da repressão policial e da violência que deixaram centenas de feridos e um rastro de destruição, principalmente em São Paulo.
Milhares de pessoas foram às ruas reivindicar redução de tarifa inferior a cinquenta centavos. É evidente que esta não é a real razão dos atos. O que as manifestações e seus desdobramentos desastrosos revelam é uma população, em especial a paulista, cansada de ser vítima da falta de uma política de mobilidade urbana.
Os trabalhadores e trabalhadoras do Estado de São Paulo e de outras regiões do País não aguentam mais enfrentar longas e intermináveis filas de espera por ônibus, trens e metrôs sempre lotados e de péssima qualidade para ir e voltar do trabalho.
O poder público precisa criar canais de diálogo e de negociação com a sociedade para, juntos, debater e encontrar e saídas à questão da mobilidade urbana.
Nesse sentido, a CUT se dispõe a conversar com o poder público e apresentar propostas que contribuam para a solução do problema, melhorem a qualidade do transporte coletivo e, consequentemente, a vida dos trabalhadores/as e da população em geral. Sugerimos também a realização de uma conferência para discutir a mobilidade urbana.
Uma das responsáveis pela construção da recente democracia brasileira, a Central Única dos Trabalhadores reafirma a sua posição em defesa da liberdade de manifestação e destaca que a repressão policial em nada contribui com o processo.
A CUT repudia os episódios de violência entre a polícia e grupos isolados e reconhece que em todo movimento legítimo pode haver pessoas que deturpam seus objetivos, mas essas são exceções e não justificam a criminalização de manifestações e atos legítimos. Não é possível generalizar e punir todos pela inconsequência de alguns.
No final da tarde desta sexta-feira (14), a CUT entrou em contato com o prefeito de São Paulo Fernando Haddad, que se comprometeu a receber lideranças do movimento. A CUT defende a formação imediata de uma mesa de negociação e entendimento entre os atores envolvidos (movimentos sociais e os governos) nas questões de mobilidade urbana. A Central está disposta a participar dessa mesa e contribuir com o processo de solução desses conflitos e atender às necessidades básicas da sociedade, caso dos transportes públicos.
São Paulo, 14 de junho de 2013.
Vagner Freitas
Presidente Nacional da CUT
Sérgio Nobre
Secretário-Geral Nacional da CUT
3 Comentários:
O alvo é a Dilma: pode ser que agora ela acorde!!!
O PT, HADDAD e a DILMA tem que ficar esperto com a guerra de guerrilha feita nos Estados e Municipios em que o PT COMANDA>>> É GUERRA feita pela extrema direita da oposiçao, em especial PPS, PSDB, PSD, PSDB, PV, PMN e outras porcarias da oposiçao...,impossivel nao ter ninguem com mais inteligencia que o tucano infiltrado Zé Cardozo Dantas para ocupar o cargo Ministro da Justiça.
Até o advento do governo Collor de Mello existia órgãos governamentais de planejamento de trânsito com eficiente atuação nas principais cidades brasileiras. Collor extinguiu a EBTU e o GEIPOT, que lidavam diretamente com essa funçaõ urbana, demitiu os seus servidores com diferentes graus de especialização e conhecimento sem critério nenhum e causou um vazio impreenchido até hoje. O governo FHC piorou ainda mais essa situação com o cunho ideológico do neoliberalismo que promove o estado mínimo. É hora de resgatar essa parte da história brasileira e de analisar as consequências de tais medidas deletérias ao interesse do nosso povo.
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