Após o governo zerar as alíquotas de PIS/Cofins de smartphones de até R$
 1.500 fabricados no Brasil, o ministro Paulo Bernardo (Comunicações) 
disse que os aparelhos estarão desonerados antes do Dia das Mães "com 
certeza". 
Publicada na edição desta terça-feira (9) do "Diário Oficial" da União, a
 desoneração significa uma redução de 9,25% sobre o preço final do 
produto e uma renúncia fiscal de R$ 500 milhões por ano do governo. As informações são da Folha de SP
"Para o Dia das Mães com certeza esses aparelhos já estarão mais 
baratos", disse Paulo Bernardo. "Principalmente porque não há 
complicações. O decreto prevê desoneração para o consumidor, na loja, 
então até os que já estão à venda poderão ser vendidos com o benefício." 
O Ministério das Comunicações destacou que aparelhos das marcas Samsung,
 Apple, Nokia e Motorola já possuem produção nacional e poderão entrar 
na lista para cobrança menor de impostos.
Segundo a pasta, a desoneração deve levar a uma redução no preço final 
ao consumidor de até 30% em relação aos smartphones importados, que 
pagam também IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados). 
Na terça passada, Paulo Bernardo disse que se discutia criar tetos de preço diferentes para aparelhos 3G (R$ 1.000) e 4G (R$ 1.500).
65 MILHÕES
Atualmente existem 65 milhões de smartphones no Brasil, segundo o governo.Antes da medida, a previsão era de 130 milhões de smartphones até o fim 
de 2014. "Agora vai ser muito mais", disse o secretário de 
telecomunicações do ministério, Maximiliano Martinhão.Cada vez mais baratos, os smartphones experimentaram um salto de vendas 
no Brasil no ano passado e caminham para representar metade dos 
aparelhos celulares comercializados neste ano. 
CRESCIMENTO
Segundo dados da consultoria IDC, foram vendidos 16 milhões desses 
aparelhos no ano passado, uma expansão de 78% em relação a 2011 (veja 
abaixo), e os smartphones passaram a responder por 27% das vendas de 
celulares no Brasil --ante 11% em 2011. 
Antes da desoneração, a consultoria estimava um avanço de 80% nas vendas
 de smartphones neste ano, para cerca de 29 milhões de unidades (44% do 
total). 
Em 2012, o valor médio pago por um smartphone no Brasil foi de US$ 380 
(cerca de R$ 760), segundo a IDC, valor 19% menor do que no ano 
anterior. Há dois anos, o preço era US$ 558 (R$ 1.100).
O DECRETO
O decreto incluiu os celulares inteligentes no Programa de Inclusão 
Digital, legislação de 2005 que desonerou o segmento. A medida também 
incluiu roteadores digitais fabricados no país com preços no varejo de 
até R$ 150. 
A redução dos impostos deve implicar em uma renúncia fiscal de até R$ 500 milhões por ano, segundo o ministério. 
QUALIDADE
Para Paulo Bernardo, o incentivo maior para a venda de aparelhos de 
celular não deve representar piora no serviço. "Se levássemos isso ao 
extremo, a gente diria que a maior demanda das pessoas por voos teria 
piorado a qualidade dos aeroportos. Nós temos é que cobrar das empresas 
que melhorem a qualidade do serviço." 
"Achamos que estamos fazendo a coisa certa", disse. "As empresas têm que 'se virar nos 30' para fazer a parte delas."





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