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sexta-feira, 19 de abril de 2013

Serra, sem espaço no PSDB, busca nova sigla onde abrigar sua facção


 Com a redução sistemática nos espaços políticos do candidato derrotado à Presidência da República, em 2010, José Serra aproveita uma reorganização do quadro partidário nacional e tende a abrir uma nova fratura no ninho tucano. A saída de Serra da agremiação de direita visa a enfraquecer a candidatura do senador Aécio Neves à sucessão da presidenta Dilma Rousseff, embora tenha se consolidado no que resta da legenda, mesmo com a presença de Serra e de seu grupo de apoiadores ainda na ativa, embora tenha perdido até a convenção paulistana do partido. Com a derrota do vereador Andrea Matarazzo na eleição para presidente municipal do partido em São Paulo, Serra percebeu que tem pouco a fazer até onde está.

No cenário nacional, Serra também foi alijado do cenário político após o ex-presidente FHC declarar seu apoio à campanha do senador mineiro Aécio Neves à Presidência da República, em 2014. Embora neguem, tanto Serra quanto FHC, a facção do ex-governador paulista tem sido cogitada como parte de uma nova legenda, que reuniria serristas, integrantes do PPS do PMN e, de forma ainda incerta, um pedaço do Partido Socialista Brasileiro (PSB). Presidente do PPS, Roberto Freire já fez o convite, abertamente, para que Serra e Eduardo Campos, governador de Pernambuco (PSB) fundassem a legenda que, em princípio, chamaria-se Mobilização Democrática (MD), para 2014....


Encontros à noite

Na noite desta quarta-feira, segundo noticiou o sítio 247, com exclusividade, "o ex-governador José Serra encontrou-se secretamente, por uma segunda vez, com o governador de Pernambuco, Eduardo Campos. Foi na quarta-feira 16, em Brasília, quando ambos, ao lado do deputado Roberto Freire, presidente do PPS, acertaram detalhes da entrada do tucano no novo partido em formação, o MD - Mobilização Democrática. A legenda será resultado da fusão do PPS com o PMN, fortalecida por políticos saidos do PDT e até do PSOL".

Ainda segundo apurou o jornal na internet, "Serra obteve garantias de que poderá ser candidato a governador de São Paulo, em 2014, pelo novo partido. A missão nacional é a de coligar-se, para efeito de palanques e acréscimo de tempo de televisão, à candidatura presidencial de Campos, presidente do PSB. Além de todo o PPS, do PMN completo e dos dissidentes do PSDB que Serra poderá aglutinar, o MD deverá ter suas primeiras fichas de fundação assinadas por senadores como Cristóvam Buarque (PDT-DF), Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) e Pedro Taques (PDT-MT). Buarque, que não sabe se seu atual partido irá para a oposição à presidente Dilma Rousseff, entrará para o MD com a intenção de ser candidato a vice de Campos".

As articulações não passaram despercebidas nas hostes do PT e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva marcou uma viagem ao Recife para conversar com a base aliada que, em 2014, deverá sustentar a candidatura da presidenta Dilma Rousseff à reeleição. Lula aproveitaria, ainda, para conversar com os integrantes do PT recifense, que se dividiram devido à imposição de um candidato às eleições municipais.

Para a torcida, a viagem de Lula ao Recife integra uma das viagens preparatórias para as Caravana da Cidadania, que o ex-presidente realizará em comemoração aos 10 anos do PT no governo do país. Mas o roteiro original previa a ida de Lula apenas a Fortaleza (CE) e Salvador (BA). O desembarque previsto para o Recife teve o aval do senador Humberto Costa (PT) e do presidente nacional do PT, Rui Falcão. Lula, no entanto, não tende a propor a troca dos nomes na vice-presidência da chapa que concorrerá à permanência no Planalto até 2018, embora tenham surgido rumores - principalmente na mídia conservadora, que visa desagregar a base aliada - de uma opção para trocar o presidente do PMDB, Michel Temer, por Eduardo Campos, governador de Pernambuco na legenda socialista.

Fim do PPS

Em artigo, publicado em seu sítio, nesta quinta-feira, o jornalista Breno Altman - editor da revista de esquerda Samuel - celebra, em meio aos rumores da criação de um novo partido, o fim de uma legenda que, em sua curta existência, foi marcada de forma negativa por uma mudança radical no tabuleiro da política brasileira. Segundo Altman, "com a criação de uma nova sigla, Mobilização Democrática (MD), encerra-se a história do Partido Popular Socialista, capitaneado pelo deputado Roberto Freire. A fusão com o Partido da Mobilização Nacional, que deu cabo à agremiação, foi engendrada para viabilizar atração de parlamentares sem quebrar formalmente regras de fidelidade partidária, arrastando tempo de televisão e nacos do fundo público para financiamento dos partidos".

"A legenda recém-batizada tem objetivo encomendado, segundo declarações do próprio Freire: servir de trampolim para a candidatura presidencial de Eduardo Campos, governador de Pernambuco, entre correntes tradicionalmente vinculadas à coalizão PSDB-DEM. O plano é conquistar deputados e senadores deste setor, além de pescar nas turvas águas do PSD de Kassab. De quebra, o grande sonho de seus dirigentes é filiar o tucano José Serra, a mão que balança o berço do projeto", segue Altman.

Ainda segundo o articulista, "esta manobra eleitoral, tão ao gosto atual da mídia tradicional, diz muito a respeito de seus inventores. O PPS, nascido de um naco do Partido Comunista Brasileiro (PCB), na pia batismal já abandonou qualquer compromisso com o socialismo, apesar de carregar essa intenção no nome. Apoiou Lula em 2002, mas rapidamente se converteu em sócio do bloco de direita. Quando começou a namorar o PMN, houve quem sugerisse que a criatura parida chamasse Esquerda Democrática, ideia logo abandonada para não soar ridícula. A turma de Roberto Freire, afinal, com poucas e honrosas exceções, fez história de capitulação em capitulação. Os mais antigos, em sua maioria, eram comunistas meio róseos durante a ditadura, entocados depois da derrota de 1964. Quando os trabalhadores voltaram a ser protagonistas da vida política, a partir dos anos 70, não vacilavam em afirmar que aquilo era aventura".

"Essa mesma patota ficou contra a greve geral do dia 21 de julho de 1983, a primeira depois do golpe militar. Um de seus comandantes, o falecido Hércules Correa, ex-líder sindical, chegou a declarar que trabalharia "full-time" para impedir a empreitada, no que fracassou de forma retumbante, pois São Paulo parou. Também ficaram contra a campanha das diretas-já. Quando milhões começaram a se concentrar em gigantescos comícios, aderiram andando de lado. Na primeira oportunidade, se juntaram à transição conservadora, carimbada pela eleição da chapa Tancredo-Sarney no colégio eleitoral forjado pelos militares", afirma.

"Deram seu voto para Lula, no segundo turno de 1989. Mas aí veio o colapso do socialismo europeu e a desintegração da União Soviética, e foi o Deus-nos-acuda. Açodados por sobreviverem, mudaram de lado a galope. Abandonaram o socialismo, a esquerda e a compostura. Passaram os últimos dez anos de braços dados com os brucutus do neoliberalismo, em selvagem oposição aos governos de Lula e Dilma. Sequiosos por serem considerados membros dignos do clube conservador, entregaram os dedos até em política internacional. O PPS não pestanejou, por exemplo, em dar seu apoio, nas duas últimas eleições presidenciais venezuelanas, ao fascistóide Henrique Capriles, além de apoiar golpes em Honduras e no Paraguai" acrescenta.

"Reencarnado como MD, o partido de Roberto Freire presta-se a ser, mais uma vez, linha auxiliar da oligarquia. A autópsia do cadáver revela, assim, um dos capítulos mais vergonhosos da recente história brasileira", conclui. -- Do Correio Braziliense

1 Comentários:

Anônimo disse...

sabe porque o serra nao tem mais espaço no PSDB?primeiro porque so tem tomado unamine nao por parte do eleitorado,segundo porque vale lembrar que em toda a eleiçao que disputa o serra fica armando contra o adversario como no caso de uma bolinha de papel que nao se sabe nem se quer se foi jogada em direçao ao serra ja que papel por ser leve toma qualquer direçao mais quem em conivencia com a tal da rede globo e mais uma minoria que fazem parte da midia tendenciosa ficaram na tentativa de jogar a culpa nos adversarios coisas que nao tem fundamento pois os adversarios do serra nao tem e nunca tiveram intençao de atigi-lo com bola de papel ou qualquer objeto a ser arremessado contra o serra mais nas urnas quem atinge o serra somos nos eleitores esclarecidos o suficiente que sabemos que o serra alem de jogar sujo contra o adversario e arrogante e prepotente alem de fazer a politica voltada para a patotinha mais rica do nosso brasil,o roberto freire esse nao faz a menor falta aqui em meu estado PE tomara que permaneça por sao paulo,o jarbas vasconcelos outro que nao agrada mais os pernambucanos livres e independente que nao aguentam mais um politico arrogante e truculento no poder na eleiçao para vereador no recife ano passado nao conseguiu se quer eleger o seu filho vereador no recife acho que os recifenses lembram bem do jarbas classificando o bolsa familia que um projeto que incentiva a vagabundagem,ora senador jarbas o bolsa familia tem ajudado a tantas familias de bem e batalhadoras nao so de PE como do brasil inteiro entao sao esses os politicos que dao apoio ao eduardo campos que deixando o povao em ultimos planos resolveu entao aliar-se a esses politicos vaidosos foi uma pena mais foi essa a decisao do eduardo campos,mais nao so PE como o brasil inteiro bem sabe que ha dez anos de um bom governo do pt com o nosso lula e continuando com a dilma nos que fazemos parte da maioria que somos satisfeitos com o lula e a dilma bem sabemos os projetos que nos fizeram e continua a fazer muito bem:bolsa familia,prouni,enem,trabalho de carteira registrada,moradia popular escolas tecnica,turismo,creches para as maes trabalhadoras deixarem seus filhos com segurança e trabalharem,a economia caminhando direitinho entao esse e o governo do povo voltado para o povo,muita paz e sorte a todos nos...

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