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quinta-feira, 18 de abril de 2013

A Selic não mirou o tomate, mirou esvaziar as especulações desestabilizadoras para 2014

O Copom (Comitê de Política Monetária) decidiu elevar a taxa Selic em 0,25%. Subiu de 7,25% para 7,5%. Por mais que ninguém goste, a não ser os banqueiros, seus amigos tucanos e a velha mídia que torce contra o Brasil, esse aumento da Selic assemelha-se à decisão de ligar termoelétricas, como fonte reserva de energia quando os reservatórios das hidrelétricas ficam baixos. Elas existem para isso, para dar segurança em períodos de estiagem. A taxa de juros também é uma das ferramentas da economia para ser "ligada" ou "desligada" quando quer empurrar a inflação para baixo (não é a única ferramenta, mas é uma delas). Quando a inflação estiver mais baixa, a taxa Selic voltará a cair.

É claro que a mídia e os banqueiros fizeram lobby, mas é simplismo dizer que o governo Dilma cedeu a estas pressões. As tendências dos índices de preços do IBGE, da FGV, da FIPE, é que foram determinantes.



O IPCA, que mede os preços ao consumidor já vinha caindo, e as projeções do próprio mercado financeiro é que feche o ano em torno de 5,7%, dentro da meta (leia aqui: Veja e Época pisam no tomate: inflação ESTEVE em alta, mas ESTÁ em baixa). Então por que subir a Selic?

Porque a Selic, como política monetária, surte efeito na inflação futura e a expectativa de inflação menor para o futuro inibe reajustes de preços no presente, rompendo um ciclo nos próximos meses. Se o Banco Central não interviesse, e ficasse de braços cruzados, os 5,7% do IPCA previstos para neste ano, correria o risco de crescer em 2014, com as especulações, e aí sim obrigar a um ciclo de aumentos maiores da Selic em 2014. É tudo o que a oposição sectária desejaria.

Porque, hoje, já há uma retomada do crescimento econômico que permite esse pequeno aumento sem desestimular investimentos produtivos.

Porque esse pequeno aumento é insuficiente para impactar nas taxas de juros dos empréstimos bancários ao cliente pois, mesmo tendo caído bastante, a grande maioria das linhas de créditos ainda estão bem acima da Selic. Logo, não terá impacto significativo no crédito que possa comprometer o crescimento econômico. Se bancos privados forem com muita sede ao pote, melhor para o Banco do Brasil e para a CEF que conquistarão mais fatia de mercado, como conquistaram no ano passado, quando os bancos privados tentaram sabotar a queda de juros ao cliente.

Além disso, muito mais do que um pequeno aumento de 0,25%, o que as forças do atraso compostas pelos banqueiros, tucanos e velha mídia querem é criar a imagem (mesmo que falsa) de desestabilização na economia até 2014, para tomarem de assalto o Banco Central, elegendo um tucano ou um cavalo de Troia como Eduardo Campos, para retornar aos tempos de FHC. Pelo jeito, Dilma, que não nasceu ontem, viu isso, e aumentando a Selic agora, as pressões inflacionárias de hoje, em 2014 estarão esvaziadas.

3 Comentários:

Cabral disse...

Sardenberg, Cristiane Pelágio e Willian Waak deram a notícia em 3 segundos. Não comentaram nada.
Noite anterior, fizeram um auê sobre o aumento da TS e tomates inflacionantes(sic).
É o que sobra para suas pobres pautas noturnas.

Anônimo disse...

entao eu mando o meu recadinho opara uma senhora no minimo deselegante que para apresentar o seu programa matinal da globo,usou um colar de tomate deixando-a mais deselegante ainda e essa senhora apresentadora nem se quer entende da oscilaçao do preço do tomate durante o chamado periodo da entre-safra mais que assim que passa esse periodo logo o preço do tomate volta ao seu preço normal sim vale lembar nao so a essa senhora apresentadora como a globo,veja,epoca,estadao,folha de sao paulo que a taxa selic nao mirou o tomate e sim esvaziar as especulaçoes desestabilizadoras visando 2014,entao que fiquem sabendo que existe o periodo da entre-safra...(comentario baseado no que sempre leio e acesso nesse sempre exelente blog,sorte a todos nos...

Izaltino Fonseca Costa Lima disse...

Gostaria de saber desta senhora que colocou um colar de tomate no pescoço, se ele vai fazer o mesmo se um dia a bola da vez for uma melancia ou uma abóbora.

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