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segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Protagonista do mensalão Azeredo constrange PSDB


Demorou. Mas finalmente um jornal publica notícia do mensalão do PSDB. Ainda que seja apenas o jornal O Estado de São Paulo e mesmo  com os  demais jornalões mantendo silêncio, já é uma grande inicio

Segundo matéria públicada hoje no Estadão, as condenações de petistas no processo do mensalão ampliaram o constrangimento dentro do PSDB e da oposição com a situação de Eduardo Azeredo, deputado que é a principal estrela do escândalo homônimo de Minas Gerais. Azeredo é réu no Supremo Tribunal Federal por peculato e lavagem de dinheiro e vive a expectativa de ser julgado ainda em 2013.

Azeredo diz que o caso não passou de um “problema de prestação de contas” da sua campanha para o governo mineiro em 1998, mas para tucanos o “fardo” persistirá até que o julgamento seja realizado. Somente após isso é que alguma medida contra o deputado deverá ser tomada.

O mensalão tucano, foi revelado durante a CPI dos Correios, em 2005. À época, Azeredo era presidente nacional do PSDB. Apesar de ter acontecido quatro anos antes do esquema julgado pelo Supremo no ano passado, o caso que envolve o deputado tucano chegou depois ao Judiciário. Somente em 2009 a denúncia foi recebida.

O processo está sem relator desde que Joaquim Barbosa assumiu a presidência da Corte. O caso irá para as mãos de um novo ministro que ainda será indicado pela presidente Dilma Rousseff para substituir Carlos Ayres Britto, aposentado em novembro de 2012. A fase atual é de instrução, com a tomada de depoimentos e coleta de provas.

Parlamentares oposicionistas admitem nos bastidores que a permanência de Azeredo tem impedido que o PSDB faça um discurso ainda mais forte sobre as condenações petistas. Aliados de oposição, políticos do DEM ressaltam que a postura dos tucanos no caso foi diferente da tomada por eles quando surgiu o mensalão do DEM, no governo de José Roberto Arruda no Distrito Federal, em 2009.

O partido forçou a saída da legenda de Arruda e seu vice, Paulo Octávio. Na visão deles, a decisão foi acertada e deveria ter sido tomada pelo PSDB em relação a Azeredo.

Esperança.

 Entre os tucanos, há uma esperança de absolvição. O principal argumento é de que não cabia a Azeredo cuidar das contas da própria campanha. Um dos caciques chegou a usar a palavra “ingenuidade” ao se referir ao envolvimento do tucano com o escândalo.

Ex-governador de Minas, Azeredo é um incômodo ainda maior para o PSDB por ser conterrâneo do senador Aécio Neves, postulante do partido à Presidência da República. Em 1998, Aécio foi eleito deputado federal apoiando a campanha de Azeredo, alvo da denúncia. O agora senador tem defendido o julgamento e já deu declarações tentando diferenciar o escândalo do PSDB

Azeredo afirma que o apelido “mensalão” é injusto com o caso do qual é o nome mais estrelado. “Não houve mensalão em Minas Gerais. Mensalão é uma expressão para pagamento a parlamentares por votos e isso não aconteceu”, disse ao Estadão. A tese de “caixa dois”, porém, ficou enfraquecida depois que o STF ressaltou que o destino do dinheiro não é capaz de anular crimes cometidos anteriormente.

O deputado afirma não haver provas de qualquer crime cometido e ressalta não ter sido o responsável pela prestação de contas de sua candidatura. Culpa o então vice, o hoje senador Clésio Andrade (PMDB-MG), pela contribuição feita a sua campanha pelo empresário Marcos Valério Fernandes de Souza, condenado a mais de 40 anos de prisão.. Clésio também responde a processo no STF.

Sem apreensão.

Azeredo ignora descontentamentos em seu partido com sua permanência na sigla e acredita que os colegas concordam na diferença entre o seu caso e o dos petistas condenados. “O PSDB tem consciência de que são coisas absolutamente diferentes do que aconteceu com o PT. Não tenho nenhuma apreensão”, afirma.


Entenda o mensalão mineiro 

 Relatório da Polícia Federal aponta o esquema em Minas, de 1998, quando Azeredo,  era governador na época e hoje é deputado, como seu principal beneficiário. Segundo a investigação, pelo menos R$ 5,17 milhões, em valores da época, saiu  de estatais mineiras para o esquema de arrecadação paralela de recursos da campanha de Azeredo, por meio da agência SMPB, do empresário Marcos Valério.

 Os desvios aconteceram por meio de cotas de patrocínio de eventos e publicidade fictícia. O senador Aécio Neves é citado em uma lista como sendo beneficiário de R$ 110 mil na campanha de 1998, quando era candidato a deputado federal.

4 Comentários:

brasilpensador.blogspot.com disse...

esse eduardo azeredo é o maior cara de pau ele faz isso porque sabe que vai contar com o procurador para dizer que nao encontrou provas nenhuma, mas os outros procuradores nao devem concordar com isso e devem se rebelar para que justiça seja feita. Ele querer envolver o senador do pmdb é uma jogada para que assim eles tenham maioria no senado e nao se abra o processo contra ele e seu partido;. malandro vagabundo,

Anônimo disse...

Quem vai dizer se o mensalão tucano é diferente do outro mensalão é um desacreditado Supremo...[Eugênio]

Luis disse...

Por óbvio não haverá a falta de provas condenatórias (sic), domínio do fato e outras artimanhas no julgamento do mensalão tucano, afinal tucano é uma gente diferenciada, vamos ver se a Presidenta vai aliviar para o psdb dando uma mãozinha na nomeação do novo monarca vitalício do STF. Técnica ou política, presidenta?

Anônimo disse...

Sobre esse caso do mensalão tucano, ou sobre os vários mensalões tucanos, seria bom dar uma olhada no que diz o advogado Dino Miraglia Filho em sua defesa contra ação do Gilmar Mendes. É estarrecedor!!! Aparentemente, até o falecido Sérgio Naya estava metido nesse bololô( http://www.novojornal.com/politica/noticia/atentado-contra-carta-capital-advogado-apresenta-sua-defesa-03-01-2013.html).

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