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domingo, 23 de setembro de 2012

Serra parte pra cima de jovem que questionou a Privataria Tucana

Após o debate entre os candidatos à prefeitura de São Paulo promovido pela arquidiocese, no dia 20, o tucano José Serra conversava em uma rodinha com sua claque e jornalistas, quando um rapaz se aproximou e começou a protestar contra o tucano. Ao gritar 'Privataria!', Serra, muito nervoso, partiu em direção ao rapaz, que saiu correndo. O eterno candidato tucano, voltou ofegante e ainda nervoso.

O rapaz se referia ao livro "A Privataria Tucana", lançado no final do ano passado pelo jornalista Amaury Ribeiro Júnior. A obra relata que parte do dinheiro das privatizações no governo FHC (PSDB) apareceu em paraísos fiscais em contas de pessoas muito próximas ao candidato tucano, entre elas sua filha Verônica Serra, um cunhado e um primo.

Nenhum órgão da imprensa demotucana noticiou o destempero do tucano.

Quanto ao debate foi morno, marcado por perguntas de membros da igreja, com ênfase na preocupação com políticas sociais, na solução dos problemas da população marginalizada e excluída, como moradores de rua.

O assunto é indigesto para Serra, pois ele e Kassab nunca se engajaram de fato para resolver esse problema, se limitando a repressão que só gera violência momentânea para, nos dias seguintes, voltar a ficar tudo como estava antes, ou pior. O governador tucano também fez uma intervenção desastrada na cracolândia, mais para fazer pirotecnia no noticiário do que buscar solução, uma vez que não tinha nenhum plano efetivo para tratar dependentes do crack, e só espalhou o problema para o resto da cidade.

Haddad respondeu que há “uma clara política higienista na cidade contra moradores de rua e também contra ambulantes, inclusive deficientes”. Lembrou que assinou um documento público assumindo o compromisso de cuidar da população de rua com políticas públicas humanitárias de inclusão e ressocialização.

José Serra, que, segundo as regras do debate, deveria comentar a fala de Haddad, fez de conta que o assunto não era com ele e com Kassab, esquivando de se comprometer com aquilo que não fez em 8 anos. Disse que se "solidarizava" com quem se manifesta contra a violência (???) e afirmou que "o número de vagas em albergues aumentou 50%" nos 8 anos de gestão Serra-Kassab.

Na tréplica, Haddad considerou “incompreensível que numa época de prosperidade a população de rua tenha aumentado em São Paulo”. Haddad disse que, se for eleito, a militarização vai ser substituída por um tratamento humanizado do problema.

Russomanno faltou ao debate, após sua candidatura causar uma guerra de críticas entre igrejas. O arcebispo de São Paulo, cardeal Odilo Scherer, escreveu dias antes um artigo entitulado "Política, com ofensas à Igreja, não!", criticando outro artigo de 2011 do presidente do PRB, Marcos Pereira, bispo licenciado da Igreja Universal, onde criticava a Igreja Católica, e que voltou a circular durante esta campanha eleitoral.

Ao faltar, Russomanno perdeu a oportunidade de apaziguar os ânimos, pois o encontro não visou alimentar a influência religiosa no poder político, nem direcionar o voto a nenhum candidato, e sim discutir os problemas da cidade, com a prioridade naquilo que todas as religiões pregam: a fraternidade. Afinal amar o próximo quando é rico, bonito e saudável é fácil. Difícil é resgatar quem já nasce excluído ou quem cai na sargeta (aquela gente invisível, só vista aos olhos demotucanos como números nas estatísticas). (Com informações da Rede Brasil Atual)

3 Comentários:

brasilpensador.blogspot.com disse...

Serra e Kassak fazem parte da elite e jamais vao se importar com os descamisados, todos os programas de governo deles foi contra a politica publica de apoio aos pobres. Alias o FHC quando chamou os aposentados de vagabundo ja disse tudo.

Luciano disse...

O cara correu do Serrote? Se fosse eu não teria corrido. Pagaria pra ver o que ele faria.
Ora, o Serrote não aguenta nem uma bolinha de papel na cuca, imagine um cascudo!!!

sonia regina mazzi disse...

Esclareço que o jovem mencionado no início do artigo foi retirado pelos organizadores do evento que observaram que a manifestação era desnecessária. Considerei tal atitude anti democrática. Nossos jovens tem o direito de saber sobre a perda de riquezas do nosso país causada pela privataria tucana. Observo ainda que ele perguntou sobre o motivo da demissão de jornalistas.O candidato Serra, como sempre, foge das suas responsabilidades, o que não me surpreende.

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