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domingo, 22 de julho de 2012

Irmão de Perillo tem relação com Cachoeira

Novas conversas telefônicas interceptadas pela Polícia Federal na Operação Monte Carlo mostram o bicheiro Carlinhos Cachoeira e o ex-senador Demóstenes Torres fazendo negócios  a mando do governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB). Os diálogos, que correm sob segredo de Justiça e foram divulgados pela revista Época neste final de semana, mostram a relação do governador com o grupo e indicam que ele teria direcionado a contratação de empresas sem licitação. Em uma conversa, um assessor do governo afirma que Perillo "deixou passar" à Delta um contrato que poderia render R$ 1,2 bilhão. Em outra, o governador teria ordenado, através de Demóstenes, que o Detran contratasse uma "empresa amiga".

Os diálogos divulgados pela Época mostram que o presidente do Detran de Goiás, Edivaldo Cardoso, teria sido nomeado por indicação de Cachoeira e era encarregado de fazer com que a Delta fosse beneficiada em contratos com o governo. O diálogo gravado pela PF mostra o bicheiro acertando com Cardoso a contratação da Politec a pedido de Perillo. A revista afirma ainda que um irmão do governador de Goiás teria um celular habilitado nos Estados Unidos para conversar com Cachoeira.

E na Folha

Um irmão do governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), mantinha contato com o empresário Carlinhos Cachoeira, afirma reportagem da revista "Época" desta semana, com base em gravações feitas pela Polícia Federal na Operação Monte Carlo.

De acordo com a reportagem, Antônio Perillo, conhecido como Toninho, fazia parte do chamado "clube do Nextel" - uma referência às pessoas ligadas ao empresário que dispunham de rádios habilitados nos Estados Unidos, supostamente antigrampo.

A Folha localizou dois diálogos entre Cachoeira e um homem identificado pela PF apenas como "Toninho". Segundo a "Época", trata-se do irmão de Perillo.

Nas conversas, ambas do dia 31 de março de 2011, Cachoeira liga de seu celular, e não de seu rádio Nextel. Ele demonstra intimidade com o interlocutor.

"Você me chama aqui e desliga. Parece aquelas biscates", diz Cachoeira.

A menção ao Nextel ocorre, segundo a revista, apenas em fevereiro deste ano, quando Toninho reclama com Wladimir Garcez, auxiliar de Cachoeira, que seu Nextel não estava funcionando.

A Folha não conseguiu localizar Toninho Perillo. A assessoria de Marconi Perillo afirmou que não cabe a ele comentar ou avaliar amizades do irmão.

Em nota, o governo de Goiás não negou as citações ao irmão de Perillo na reportagem. O comunicado afirma, apenas, que a revista "não aponta um único negócio ou contrato feito na atual gestão com participação ou interferência do sr. Antônio Perillo".

Ontem, o líder do PSDB na Câmara, Bruno Araújo (PE), declarou, em nota, que considera leviano o que chamou de "vazamento seletivo de dados sigilosos" da Operação Monte Carlo e que supostamente mostrariam a relação do governador tucano com o esquema de Cachoeira.

Para ele, seria mais uma demonstração da politização dos trabalhos da CPI. Araújo disse que cobrará providências do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, para evitar o uso da Polícia Federal com objetivos políticos.

A nota do PSDB diz ainda que Perillo entrou com representação na Procuradoria-Geral da República pedindo investigação do vazamento. Na Folha

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