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sexta-feira, 6 de julho de 2012

Dilma e Bittar provam que conjunto habitacional popular pode ser bem localizado

Dilma entrega chaves dos apartamentos a moradores

Parte pronta até janeiro/2012
A presidenta Dilma Roussef inaugurou na manhã desta sexta-feira, os primeiros 460 apartamentos do bairro Carioca (do total de 2.240, em 112 blocos), para atender famílias de baixa renda que foram desabrigadas pelas chuvas em 2010 ou viviam em áreas de risco. O condomínio residencial é construído dentro do programa Minha Casa, Minha Vida. Dos apartamentos, 76 são voltados para pessoas com deficiência e foram construídos com as adaptações necessárias........



O bairro Carioca fica em excelente localização no Rio de Janeiro, na Triagem, a apenas 1 km do estádio do Maracanã. Os moradores tem à sua disposição uma estação do metrô a uma quadra de seus prédios, outra de trens urbanos, e diversas linhas de ônibus passam na porta.


Foi construído em antigas instalações da Light (distribuidora de energia elétrica) onde havia um centro de manutenção de bondes, transformadores e equipamentos, e estava desativado a caminho do abandono. Cinco prédios foram aproveitados e reformados para uso como escola, creche, posto de saúde, centro cívico para ensino profissionalizante e geração de trabalho e renda, além de mercado para o comércio local, e complexo esportivo. 


Essa estrutura torna o residencial um exemplo de como conjuntos habitacionais populares podem ser construídos para proporcionar alta qualidade de vida, onde os moradores contam, além do lar, dos espaços necessários de convivência social saudável, desde as crianças nas creches, passando por espaços esportivos e culturais para jovens e adultos, até ambiente para idosos.


De certa forma a secretaria de habitação do município do Rio de Janeiro resgata o ideário de projetos como o do conjunto do Pedregulho, inaugurado em 1952, e abandona as políticas higienistas praticadas no Rio no governo de Carlos Lacerda, no início da década de 60, até o governo Chagas Freitas, cujo foco era expulsar a população mais pobre das áreas bem localizadas da cidade, empurrando-as para áreas distantes. Esse tipo de política higienista ainda é muito apreciada por políticos demo-tucanos, como José Serra e Kassab. Coincidentemente São Paulo tem um bairro nobre, cujo nome sintetiza esse pensamento: Higienópolis (cidade da higiene), um dos bairros preferidos pelos grão-tucanos, onde vive FHC e o senador Aloysio Nunes Ferreira.


Simultaneamente à cerimônia no Rio, houve a entrega de 500 unidades do Minha Casa, Minha Vida em Itapetinga, na Bahia (foto abaixo), com a participação do governador Jaques Wagner (PT) e do senador Walter Pinheiro (PT).




Realizações como estas é que justificam a coligação entre PT e PMDB


O prefeito do Rio é Eduardo Paes, do PMDB, eleito em 2008. No primeiro turno daquela eleição, PT, PCdoB, PDT, PRB, todos tiveram candidatura própria. Foi para o segundo turno Paes contra Fernando Gabeira (PV coligado ao PSDB e ao PPS, e com apoio do DEM no segundo turno). Restou aos partidos da base governista no plano federal apoiar Paes, pois Gabeira abandonara seu passado e tornara-se um reacionário da direita demotucana, apoiado pela revista Veja e pelas organizações Globo.


Eleito Paes, o PT integrou o governo, com o deputado Jorge Bittar na secretaria de habitação, responsável por viabilizar projetos como este residencial do bairro Carioca e programa "Morar Carioca" que regulariza, reurbaniza, e constrói moradias decentes onde há favelas. Fosse a secretaria conduzida por políticos neoliberais ligados à especulação imobiliária, os projetos habitacionais seriam bem diferentes. Aos mais pobres caberia morar onde o "judas perdeu as botas", como era feito desde a época de Carlos Lacerda.

Quando alianças significam viabilizar parte significativa das políticas públicas populares que um partido faria se tivesse vencido as eleições, sem perder a identidade, elas se justificam.

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