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sexta-feira, 22 de junho de 2012

Justiça mantém Cachoeira na cadeia

Duas decisões tomadas ontem pela Justiça fazem com que Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, permaneça na prisão. À tarde, o Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJ-DF) negou um pedido de habeas corpus de Cachoeira, relacionado ao processo decorrente da operação Saint-Michel da Polícia Civil do Distrito Federal, que apurou fraudes em licitações no transporte público de Brasília.

Em seguida, o ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Gilson Dipp cassou a liminar concedida na semana passada a Cachoeira pelo desembargador federal Tourinho Neto, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1). Tourinho Neto havia determinado a soltura do contraventor ao analisar um outro pedido, referente à operação Monte Carlo da Polícia Federal, deflagrada em Goiás para apurar um esquema de jogos ilegais, corrupção e tráfico de influência. Apesar da decisão de Tourinho Neto, Cachoeira permaneceu preso por conta do mandado de prisão da Saint-Michel.

Agora, a prisão fica mantida em ambos os processos. Cachoeira está preso preventivamente há 121 dias. A Saint-Michel foi um desdobramento da Monte Carlo, para investigar a atuação do grupo em Brasília, tendo como consequência um processo criminal na Justiça Estadual do DF.

Ao analisar ontem o pedido de habeas corpus nesse caso, os três desembargadores da 2ª Turma Criminal do TJ-DF entenderam, por unanimidade, que a liberdade de Cachoeira poderia atrapalhar as investigações em curso, resultando na destruição de provas ou na prática de novos crimes. "A influência política e o poder econômico do grupo impressionam", disse o relator do caso, desembargador José Carlos Souza e Ávila, acrescentando que Cachoeira figura como chefe do suposto esquema.

Os magistrados também mencionaram a gravidade das ameaças a um juiz e uma procuradora que atuaram no caso em Goiânia. "Não vejo como revogar a prisão. Um juiz federal está sendo ameaçado de morte, uma procuradora está ameaçada de morte", ressaltou o desembargador Roberval Casemiro Belinati.

O ex-ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos, que defende Cachoeira e estava presente ao julgamento, disse que entrará com recurso no Superior Tribunal de Justiça (STJ). "A perspectiva de defesa é que não é caso de prisão preventiva. Essa prisão representa uma antecipação da pena, ele está sendo culpado antes de ser julgado", afirmou.

A tese principal da defesa era que a Justiça Estadual do DF não poderia julgar o caso, porque a ação penal na Justiça Federal de Goiás - o "processo mãe" - trataria do mesmo tema. "O risco de liberdade em outra ação penal não é motivo para uma prisão-step, uma prisão tapa-buraco, indevidamente atrelada ao resultado de outra ação penal", argumentou a advogada Dora Cavalcanti. Em uma terceira decisão ontem, em sentido contrário, o desembargador federal Tourinho Neto determinou o desbloqueio das contas bancárias e a liberação dos bens da empresa WCR Produções e Comunicação e de Carlos Antonio Nogueira, sócio de Cachoeira, que estavam bloqueados como desdobramento da Monte Carlo.

6 Comentários:

Anônimo disse...

Que diabo de justiça é essa que eles querem pra eles? Os crimes do cachoeira estão mais claro do que água. Os 120 dias que ele está passando na cadeia, podem ser descontados do total de 30 anos que supôe-se que ele vá pegar depois de julgado, afora a devolução do que roubou do povão. O mesmo para toda quadrilha, incluindo o paladino da moral e bons costumes Demóstenes Torres e o Perillo. O Velho e astuto Thomaz Bastos e o Tourinho Neto que vão procurar outtro buraco da lei para livrar esses deliquentes.

marilamar disse...

A ministra eliana calmon tem que investigar e afstar o Touro....neto do TRF 1, pois deve ser mais um envolvido no grupo criminoso do Cachoeira e o advogado Marcio nao é a Justiça, apenas mais um oportunista de plantao nas portas das cadeias publicas???

J. Carlos disse...

Ainda bem na na justiça tem mais gente do bem do que do Dem.

Humberto disse...

Márcio Thomaz Bastos, ouve essa: bandido também precisa de advogado. Certo. Mas porque logo voce? No fim de sua vida, com netos e bisnetos, fica bem para você para a sua memória, defender um ser asqueroso, um golpista, um inimigo da democracia? p;ara que isso Thomaz Bastos, em seu currículo? E tem mais: não vai conseguir livrar esse bandido do castigo que merece e vai ficar sujo para o resto da vida.E da morte.

alício disse...

A justiça é cega. Tudo bem! tourinho neto é pior, porque não é cego e não quer enxergar a verdade. Só enxerga verdinhas à sua frente. Sem vergonha!

Anônimo disse...

Dizem que todo mundo tem seu preço. O do sr thomaz bastos foi de 15 milhões. Acho muito pouco para o estrago moral. Todo advogado que defende bandido, deveria pegar a mesma pena de seu cliente, já que sabedores de sua culpa, "inventam" mil artimanhas para livrar a cara do mesmo.

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