O bicheiro Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, obteve no Tribunal Regional Federal (TRF) de Brasília um voto para livrá-lo da prisão e para anular as escutas telefônicas que fundamentam inquérito contra ele. Mas, o julgamento não foi concluído porque houve pedido de vista. Com isso, Cachoeira permanece preso e as provas continuam válidas.
O caso deve ser retomado na semana que vem. O voto a favor de Cachoeira foi proferido pelo desembargador Fernando Tourinho Neto, relator do processo. Ele concluiu que as escutas só poderiam ter sido autorizadas após a obtenção de mais indícios de que Cachoeira seria culpado por organizar um esquema de jogo ilegal em Goiás, além de ter supostamente coordenado pagamentos de propina a autoridades e cometido o crime de lavagem de dinheiro. O bicheiro também teria agido para intermediar negócios de empresas com o poder público.
A defesa do bicheiro, o advogado Marcio Thomaz Bastos, convenceu o relator do processo. "Não pode haver a banalização da interceptação telefônica para combater o crime", disse Tourinho Neto. Em seguida, o desembargador Cândido Ribeiro pediu vista do processo. O juiz federal Marcos Augusto Souza será o terceiro e último a votar, assim que o caso for retomado. Cachoeira está preso desde 29 de fevereiro, quando foi deflagrada a Operação Monte Carlo da Polícia Federal.
2 Comentários:
Esse desembargador Tourinho é "inho" mesmo.
Já que para os "encachoeirados" não vale, que não valha também o que as câmeras instaladas nas ruas e comércio mostram para incriminar os zé manés.
Será que nos consideram idiotas? depois de tudo que foi gravado e ouvimos, o Cachoeira vai ser solto. Caso tenha havido irregularidade na interceptação, puna-se o(s) culpados, agora não dá para fazer de conta que não roubaram o país e esquecer que existe uma máfia criminosa agindo, a partir de Goiás.
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