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sábado, 12 de maio de 2012

Veja e Cachoeira: silêncio comprometedor na Operação Megabyte da PF.

Em junho de 2008, a Polícia Federal deflagrou a Operação Megabyte, contra fraudes em contratos de informática com o governo do Distrito Federal, nas gestões de Joaquim Roriz e José Roberto Arruda (ex-DEM).

O esquema envolveu R$ 2 bilhões e a participação de laranjas.

Envolvidos:
- Durval Bardosa (que negociou delação premiada, o que levou a desbaratar o mensalão do DEM).
- Messias Antônio Ribeiro Neto (dono das empresas de informática, bicheiro em Goiás, ex-sócio de Carlinhos Cachoeira na empresa Gerplan).
- e outros.

Com esse montante de dinheiro envolvido, a revista Veja nada noticiou sobre a operação. Um silêncio comprometedor.

Será veto do "editor" Carlinhos Cachoeira?

Detalhes interessantes:

Uma semana antes da Megabyte, em 2008, Dadá, araponga de Carlinhos Cachoeira procurou promotores a fim de obter informações sobre busca e apreensão em empresas de informática do ex-sócio do bicheiro.
O ex-Procurador-Geral de Justiça do Distrito Federal  Leonardo Bandarra e a promotora Deborah Guerner foram acusados pelo vazamento de informações sigilosas desta operação a Durval Barbosa, mediante suborno.

3 Comentários:

Ana Cruzzeli disse...

Augusto
Eu gostaria de fazer um detalhamento dessa operação.
Em 1992 as escolas publicas de Brasilia de maneira individual estavam se informatizando. Faziamos festas juninas com a intenção de arrecadar fundos para que o sistema de notas fossem mais rápidos. Cada escola comprava programas e equipamentos e assim o sistema foi se formando. Eu particularmente participei de uma das primeiras escolas no DF a informatizar a secretaria, ela era o Centro de ensino 4 do Guará. O Guará foi a primeira regional a se estruturar nesse caminho

Em 2000 alguns professores de exatas do Ced do 414 de Samambaia se juntaram e criaram um projeto para informatizar os diários de classe, em 2001 conseguimos encontrar uma empresa que bancaria esse programa de graça só que eles deteriam o direito de comercialização e a APAM da escola receberia os direitos autoriais.

Até ai tudo bem, só que houve um detalhe que chamou a atenção de alguns professores, o programa levaria apenas 6 meses para ser desenvolvido e instalado enquanto que a impresa contratada por Roriz ainda estava desenvolvendo o programa para a secretaria da escola, ou seja o Roriz estava atrasado 8 anos na informatização do banco de dados para boletins de alunos e nós do Ced 414 já estavamos no estagio de diário eletronico.

Esse projeto foi PROIBIDO de ser desenvolvido pelo grupo do Roriz em 2002 e 2003. A investigação do MP/DF em 2008 foi provocada porque uma denuncia de um dos membros desse grupo de professores do 414 do qual eu fiz parte em 2005 ao MPF/PR/DF. Em 2003 foi formalizada denuncia ao MP/DF e eles não fizeram ABSOLUTAMENTE NADA.

Não Augusto, o delator não nasceu por causa dessa operação de 2008, ele nasceu por causa do SUS que foi objeto de investigação por parte do MPF/PR/DF em 2009 ele soube que alguns professores detectaram que havia desvio de verba nas reformas das escolas em 2008 e denunciaram ao MP/DF e os professores cansaram de esperar e pediram ao MPF/PR/DF para interferir e quando eclodiu o desvio do SUS é que foi percebido pela procuradoria da republica no DF e se deu noticia que a PF estava investigando outras coisas é que esse cidadão apareceu, não para ajudar mas para atrapalhar a linha de investigação que cobriu 4 estados. Quando se percebeu que o DF, MG, SP e RG estavam praticando o desvio do SUS simultaneamente e que se pensou em quadrilha interestadual.
Volto a dizer o delator veio para atrapalhar e nós já sabiamos disso em 2010 e protocolamos ao MPF/PR/DF nossa impressão que hoje mostra claramente que não poderia sair do ambito do DF.

Ah, sim, o trem-bala que foi melado pelo MPF/PR/DF em 2005 que sairia de Brasilia chegaria a Goiania e quem era o governador? Marconi Perillo. Dizem que o Roriz pretendia fazer algumas negociatas com o dinheiro subtraido desse mega-empreendimento. Naquela ocasião o Arruda estava por trás das negociações desse trem, e dizem que até o Berlusconi entraria como financiador. É mole ou quer mais?

iNFORMATIVO NOSSO NEWS disse...

Aí companheiro, vale dar uma expiada na ligação de pelo menos uma das empresas do DF - TBA e B2Br,m que consta estarem administrando os Poupatempos tucanos aquí em SP.

Adriano Matos disse...

Foi vazado detalhes para o Dadá ou Durval? O texto não está claro...

Como a operação foi bem sucedida se ocorreu vazamento? Os ilícitos já se constituiam em fatos irreversíveis?

O que a gente vê é a PF agindo, cumprindo seu papel constitucional. Parabéns PF.

Falta o MP adquirir a mesma reputação para denunciar e ganhar as causas no Judiciário. Ou seja, ser verdadeiramente independente.

O gurgel era o responsável por apresentar denúncia nesse caso também?

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