O senador Fernando Collor (PTB-AL) subiu ao plenário do Senado nesta segunda-feira para chamar às falas, na CPI do Cachoeira, o jornalista Policarpo Júnior, o Procurador-Geral da República Roberto Gurgel, e Roberto Civita, dono da revista Veja.
Pessoalmente, não gosto de Collor e acho que, no passado, ele foi beneficiário das mazelas de nosso sistema jurídico que leva à impunidade dos mais ricos e poderosos. Mas o fato é que, gostando ou não, ele está no exercício de seus direitos políticos, e foi eleito senador pelo povo de Alagoas. Assim, é melhor vê-lo atuando defendendo os interesses do povo que o elegeu, do que sendo omisso, ou assando uma pizza, como a bancada do PSDB e do DEM querem fazer na CPI do Cachoeira.
Tirando os trechos de retórica política, o pronunciamento está com argumentação bem fundamentada. Quem quer desqualificar pelo fato de ser Collor o autor, deveria primeiro pensar se os argumentos não seriam bons se pronunciados por outra pessoa com quem a gente tenha mais afinidade.
De fato Gurgel tornou-se insubstituível na CPI, por ser ele e sua esposa quem engavetou a operação em 2009, e só eles podem esclarecer isso. E, de fato, Gurgel não é insubstituível no julgamento do "mensalão", pois o que fará é apenas sustentação oral do que já está nos autos, coisa que qualquer outro subprocurador poderia fazer.
Também é fato que qualquer jornalista investigativo que manteve uma parceria com uma organização criminosa por 10 anos seria testemunha-chave. Se fosse um jornalista infiltrado para obter notícias, agora que Cachoeira está preso, estaria revelando tudo o que sabe em sua revista com reportagens espetaculares, e falaria na CPI quase que como herói nacional.
Quando este jornalista se esconde e demonstra medo de depor na CPI, sua revista abandona o denuncismo, furos, e só publica sobre Cachoeira o que já saiu em outros veículos da imprensa, Policarpo se coloca mais na posição de investigado do que de testemunha.
E quando a revista não cobra reportagens de Policarpo sobre o que sabe, e não o demite por envolvimento com Cachoeira, quem manda, que é o dono, também se coloca como investigado.
De fato Gurgel tornou-se insubstituível na CPI, por ser ele e sua esposa quem engavetou a operação em 2009, e só eles podem esclarecer isso. E, de fato, Gurgel não é insubstituível no julgamento do "mensalão", pois o que fará é apenas sustentação oral do que já está nos autos, coisa que qualquer outro subprocurador poderia fazer.
Também é fato que qualquer jornalista investigativo que manteve uma parceria com uma organização criminosa por 10 anos seria testemunha-chave. Se fosse um jornalista infiltrado para obter notícias, agora que Cachoeira está preso, estaria revelando tudo o que sabe em sua revista com reportagens espetaculares, e falaria na CPI quase que como herói nacional.
Quando este jornalista se esconde e demonstra medo de depor na CPI, sua revista abandona o denuncismo, furos, e só publica sobre Cachoeira o que já saiu em outros veículos da imprensa, Policarpo se coloca mais na posição de investigado do que de testemunha.
E quando a revista não cobra reportagens de Policarpo sobre o que sabe, e não o demite por envolvimento com Cachoeira, quem manda, que é o dono, também se coloca como investigado.
Cabe discordar também da mera desqualificação de Collor pelo seu passado. Ele conhece como poucos o funcionamento dos bastidores do poder, seus podres, seus conchavos, e se estiver disposto a expor um pouco que seja do que sabe sobre o modus operandi da revista Veja com organizações criminosas, a nação ganha muito ao saber a verdade.
7 Comentários:
Quem sabe o quanto Collor foi vitima desses mesmos estratagemas dessa direita pobre para apea-lo do poder? Transformar caixa dois de campanha em receita de corrupcao foi o que de principal aconteceu com ele, e se nao me engano a receita foi repetida no caso do "mensalao"....
Quem sabe oquanto Collor foi vitima desses mesmos estratagemas dessa direita podre? Transformar receita de caixa dois de campanha em dinheiro de corrupcao foi o que hoje parece mais razoavel em relacao a Collor. O mesmo foi repetido no alegado "mensalao", acho que esta na hora de se rever essa historia.
Jamais imaginei que um dia fosse concordar inteiramente com um pronunciamento do ex-presidente Fernando Collor! Entretanto, após ouví-lo falar na Tribuna do Senado Federal, não só concordo, mas faço minhas as suas palavras sobre a necessidade de a CPMI DO SR. CARLOS "CACHOEIRA" convocar o Procuador Geral da República, o o jornalista Policarpo Jr e o Sr. Roberto Civita, dono da Veja.
Eleitor em 1989, e nas eleições seguintes, de Luís Inácio Lula da Silva, vejo que tinha toda razão Sir Winston Churchil: "a democracia é o pior regime do mundo, excluídos todos os outros".
O fato de Fernando Color exercer cargos na politica brasileira é um constrangimento aos homens de bem do Brasil e uma vergonha internacional para o país.
Ou ele passou a ser ímpio depois que se aliou ao PT? Moral depende de partido?
O TEMPO é o senhor da razão
O dado concreto é que Collor está tendo uma atitude correta nessa CPMI. Diferentemente de outros personagens fracos, molengotengos, que se borram de medo da Globo e dos assemelhados midiáticos. Se ele cometeu erros no passado, acho que já pagou com a sua cassação. Resumindo, independente de qualquer coisa, ele está sendo correto no que está fazendo nessa CPMI e isso deve ser reconhecido por aqueles que não tem compromisso com a hipocrisia.
O dado concreto é que Collor está tendo uma atitude correta nessa CPMI. Diferentemente de outros personagens fracos, molengotengos, que se borram de medo da Globo e dos assemelhados midiáticos. Se ele cometeu erros no passado, acho que já pagou com a sua cassação. Resumindo, independente de qualquer coisa, ele está sendo correto no que está fazendo nessa CPMI e isso deve ser reconhecido por aqueles que não tem compromisso com a hipocrisia.
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