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quarta-feira, 14 de março de 2012

Senador Demóstenes Torres tinha rádio exclusivo para falar com Cachoeira

O  bicheiro Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, habilitou em Miami 15 aparelhos de rádio, da marca Nextel, e os distribuiu entre pessoas de sua mais estrita confiança. De acordo com a Polícia Federal, o propósito de Cachoeira era evitar que escutas telefônicas, legais ou ilegais, captassem suas conversas com os comandantes de uma rede de exploração ilegal de máquinas caça-níqueis em Goiás e na periferia de Brasília. Nos relatórios da investigação, o grupo contemplado com os rádios é chamado de “14 + 1”. Entre os 14, há foragidos e os que foram presos com Carlinhos Cachoeira durante a Operação Monte Carlo, da PF. O “1” é o senador Demóstenes Torres (GO), líder do Democratas no Senado Federal.


Nesta quarta-feira, Época ouviu o senador Demóstenes, em seu gabinete no Senado. Ele estava acompanhado de seu advogado Antonio Carlos Almeida Castro, o Kakay. Indagado se havia recebido um aparelho de rádio para conversas exclusivas com Cachoeira, Demóstenes pediu licença para ter uma conversa reservada com seu advogado antes de responder à pergunta. Cinco minutos depois, disse à reportagem que, por recomendação do advogado, não faria declarações sobre o assunto. A interlocutores, no entanto, o senador goiano confirmou que recebeu o aparelho de Cachoeira, que foi usado exclusivamente em conversas entre os dois. Segundo Demóstenes, nos quase 300 diálogos com Cachoeira, gravados pela Polícia Federal com ordem judicial, não há nada que o comprometa. “São conversas entre amigos, só há trivialidades.” Foi por meio dessas escutas que os investigadores descobriram que Cachoeira deu a Demóstenes uma geladeira e um fogão importados como presente de casamento, como Épocarevelou em primeira mão há duas semanas.

De acordo com a investigação, Carlinhos Cachoeira resolveu habilitar os 15 rádios Nextel em Miami porque arapongas lhe asseguraram que, assim, eles escapariam de grampos telefônicos. Segundo o Ministério Público Federal, Cachoeira seguiu orientação do delegado da Polícia Federal Fernando Byron e do ex-sargento da Aeronáutica Idalberto Matias de Araújo, o Dadá, também presos na Operação Monte Carlo. “Para azar deles e sorte da sociedade, a Polícia Federal conseguiu realizar a interceptação telefônica. E isso mudou todo o rumo da investigação”, afirmou o juiz federal Paulo Augusto Moreira Lima, na decisão judicial (trecho abaixo) que autorizou a operação Monte Carlo.- Da Revista Época

1 Comentários:

Anônimo disse...

"Demóstenes tem faculdade com sócios ocultos

O senador Demóstenes Torres (DEM) é dono de uma faculdade em Contagem, cidade da Região Metropolitana de Belo Horizonte e não revela pra ninguém quem são seus verdadeiros sócios no empreendimento.

A Nova Faculdade foi instalada oficialmente em dezembro de 2011 em uma suntuosa sede própria de 8.500 metros quadrados, construída em ritmo frenético, com trabalhadores se revezando 24 horas por dia. São cursos de administração, ciências contábeis, direito, farmácia e enfermagem. Conta ainda com cursos de pós-graduação e extensão em saúde.

A participação de Demóstenes na Nova Faculdade consta de sua declaração à Justiça Eleitoral em 2010 como tendo sido integralizadas as 200 quotas em 25 parcelas de R$ 8 mil, o que valeria, segundo informações do senador, R$ 200 mil. O sócio principal do senador no empreendimento é provavelmente o empresário de Anápolis-GO, Marcelo Limirio, ex-dono do Laboratório Neo Química e sogro de Alexandre Baldy, secretário de Indústria e Comércio do governo de Goiás. Demóstenes não revela quem são os verdadeiros sócios, mas as ligações de Baldy e Limírio permitem supor que gente graúda de Anápolis esteja na empreitada. “É possível que tenha participação de Carlinhos Cachoeira nessa faculdade”, comenta um vereador da cidade..."

http://200.189.161.92/pt/247/poder/47919/Dem%C3%B3stenes-tem-faculdade-com-s%C3%B3cios-ocultos.htm

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