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terça-feira, 6 de março de 2012

Prefeito beneficiado por bicheiro Carlinhos Cachoeira


Além de pagar a hospedagem em Las Vegas para Geraldo Messias, bicheiro pediu a delegado da PF que não indiciasse o amigo


A viagem a Las Vegas, nos Estados Unidos, não foi o único agrado do bicheiro Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, ao prefeito de Águas Lindas de Goiás, Geraldo Messias (PP). O inquérito que resultou na Operação Monte Carlo, deflagrada pela Polícia Federal (PF) na semana passada, mostra que o bicheiro intermediou diretamente a favor do prefeito. Em uma das escutas telefônicas utilizadas na investigação, Cachoeira liga para o delegado Fernando Byron Filho, da PF de Anápolis (GO), e pede para que ele não indicie Geraldo Messias numa operação policial em curso. O delegado, conforme as investigações, integrava o grupo criminoso comandado pelo bicheiro e foi detido na Monte Carlo.

Águas Lindas, no Entorno, era uma das cidades mais importantes para os negócios ilícitos de Cachoeira. A PF detectou corrupção de agentes públicos no município, principalmente policiais civis e militares. Os agentes de segurança não foram os únicos corrompidos, conforme as investigações. O Correio revelou, no último domingo, que o prefeito de Águas Lindas foi presenteado com uma viagem a Las Vegas.

Embarcaram ele e a mulher, custeados por Cachoeira. Geraldo Messias admitiu que o bicheiro pagou o hotel onde ficaram, em maio de 2011. "O hotel é de uma pessoa ligada a ele", disse o prefeito, negando que a viagem tenha sido integralmente bancada por Cachoeira.

Geraldo Messias e o bicheiro se conhecem há um ano e meio, segundo informação do próprio prefeito. As conversas telefônicas degravadas para a investigação da Monte Carlo — a quebra do sigilo telefônico foi autorizada pela Justiça Federal — mostram a importância do prefeito para os negócios de Cachoeira. A cidade abrigou diversas máquinas caça-níqueis e casas de bingo do grupo criminoso. Ao delegado Fernando Byron, Cachoeira pediu que o prefeito não fosse indiciado na Operação Apate, que identificou fraudes de R$ 200 milhões na Receita Federal e envolveu diversas prefeituras.

O contato para falar sobre a Operação Apate foi feito em 27 de abril de 2011, conforme as investigações. A operação foi deflagrada 16 dias depois, em Goiás e em Minas Gerais. Não há informação no inquérito sobre o resultado do pedido feito por Cachoeira, que, na mesma conversa, foi orientado pelo delegado da PF a "proteger as máquinas em razão de possível operação relacionada à exploração de jogos". No mesmo 27 de abril, logo após a conversa com Fernando Byron, Cachoeira ligou para um de seus aliados: "Arruma R$ 15 mil aí amanhã do "F"." Segundo a investigação, "F" é o delegado Fernando Byron.

Liberdade

Com exceção de oito pessoas que estavam com prisão preventiva decretada, entre eles Cachoeira, todos os detidos durante a Operação Monte Carlo foram liberados na madrugada de ontem, depois de ficarem cinco dias encarcerados em diversos locais, inclusive em quartéis. Outros três suspeitos que estavam foragidos se entregaram nas Superintendências da PF em Goiânia e em Brasília, no fim de semana. Eles deverão depor e podem ser liberados, já que suas prisões foram temporárias, como outras 24 decretadas pela Justiça Federal. Cachoeira está em um presídio federal em Mossoró (RN) e, até a noite de ontem, seu advogado esperava libertá-lo por meio de habeas corpus. Do Correio Braziliense

3 Comentários:

alex disse...

Folha e Globo escondem relação de importantes políticos com um dos maiores criminosos do Brasil

Por Redação, 05.03.2012 (Blog Fazendo Média)

A prisão do bicheiro Carlinhos Cachoeira, que administrava uma série de cassinos ilegais em Goiás e nas cercanias de Brasília, cada um com faturamento mensal na casa de R$ 3 milhões, tem provocado um verdadeiro tsunami político em Goiás, estado administrado por Marconi Perillo, que vinha sendo apontado como um possível presidenciável do PSDB. Até agora já se sabe que:
1) o mafioso Cachoeira nomeava delegados e pagava mesada a policiais de Goiás
2) o mafioso Cachoeira distribuía presentes ao senador Demóstenes Torres (DEM/GO)
3) o mafioso Cachoeira indicava parentes até para a Secretaria de Indústria e Comércio de Goiás
Agora, mais uma revelação estarrecedora. Ele foi preso na sua residência, em Goiânia. Uma casa que, até 2010, pertencia a quem? Ao governador Marconi Perillo.
FOLHA DE S. PAULO
Pé de uma página par, sem fotos, e sem referência aos nomes dos políticos no título e no olho. Assim, a Folha de S. Paulo noticiou o que apurou sobre as relações entre o mafioso Carlinhos Cachoeira e dois personagens centrais da política goiana: o governador Marconi Perillo, do PSDB, e o senador Demóstenes Torres, do DEM.
Intitulada “Preso pela PF tinha contato com políticos de GO”, a matéria está bem escondida.
ORGANIZAÇÕES GLOBO
É incrível silêncio das Organizações Globo, maior grupo de comunicação do País, sobre a Operação Monte Carlo, que prendeu o bicheiro Carlinhos Cachoeira.
Bom, de fato, há uma matéria no G1, portal de notícias da Globo. Mas é preciso ter lupa para encontrá-la. O texto remete para uma reportagem de Época, com título anódino: “As ligações de Carlinhos Cachoeira com políticos”. Políticos, como se vê, é uma expressão como outra qualquer. Poderia ser, por exemplo, baleias.
Na reportagem de Época, Demóstenes Torres é quase uma vítima do bicheiro, que o iludiu. “Pensei que ele havia abandonado a contravenção”, disse ele.
Aguardemos as próximas aparições de Patrícia Poeta.
(*) Matéria reproduzida do site Pragmatismo Político.
Leia integra: http://www.fazendomedia.com/

Anônimo disse...

prefeito sem futuro

Anônimo disse...

AQUI NESSA CIDADE TODOS OS POLITICOS SÃO CORRUPTOS: PREFEITO E SEU VICE,SECRETARIOS MUNICIPAIS E VEREADORES SÃO TODOS FARINHA DO MESMO SACO.CAMBADA DE VAGABUNDOS!!!

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