Os partidários do secretário estadual de Cultura de São Paulo, Andrea Matarazzo, candidato do PSDB à prefeitura da capital paulista, vaiaram os outros três pré-candidatos do partido na abertura do terceiro debate das prévias tucanas, na noite de ontem, que ocorreu em um buffet na Zona Leste da cidade.
A situação constrangeu os adversários e a direção do partido, que tentava - sem sucesso - impedir as vaias e acalmar a plateia, que conversava, em vez de prestar atenção aos discursos.
O grupo, chegou a vaiar até o presidente municipal da sigla, Julio Semeghini, que é secretário de Planejamento e Desenvolvimento Regional do governo paulista. A maioria deles frequenta as Fábricas de Cultura, programa da secretaria controlada por Matarazzo que dá cursos gratuitos em regiões com alto "índice de vulnerabilidade juvenil", segundo levantamento do governo estadual.
Os partidários de Matarazzo, que esvaziaram o auditório logo no começo dos primeiros discursos, eram orientados a gritar ou fazer silêncio por jovens de cerca de 20 anos, que se identificavam como representantes da juventude do PSDB na Zona Leste. Eles foram ao debate em três ônibus fretados.
Matarazzo disse que não sabe quem os levou e que o evento era aberto ao público. Este não é o primeiro caso que envolve militantes de um dos pré-candidatos, embora a direção do partido os tenha orientado a deixar a "claque" de fora dos eventos. O secretário estadual de Meio Ambiente, Bruno Covas, foi criticado, nos bastidores, por levar grupos de militantes para aplaudi-lo nos dois primeiros debates. Também concorrem nas prévias o deputado federal Ricardo Tripoli e o secretário estadual de Energia, José Aníbal.
Durante o debate, houve outra polêmica. O deputado estadual e presidente do PSDB de São Paulo, Pedro Tobias, reagiu aos ataques do ex-presidente da legenda na capital paulista, José Reis Lobo, e disse que o tucano não pode criticar a atual direção porque, supostamente, ele não trabalhava. "Ele foi secretário [estadual de Relações Institucionais] por quatro anos e chegava todos os dias às 18h, com o cabelo ainda molhado", acusou.
José Reis Lobo escreveu um artigo, publicado ontem no jornal "Folha de S. Paulo", em que criticou a realização de prévias e disse que o partido, construído "de cima para baixo", deveria deixar a cúpula escolher o candidato. "Não se pode correr o risco de perder de véspera simplesmente para cortejar as "bases" do partido, como se a vontade dessas representasse a da população", afirmou.
Tobias criticou o posicionamento de Lobo e ressaltou que o candidato do partido será escolhido por prévias. "Isso era no tempo em que ele era presidente. Agora as coisas mudaram e quem vai escolher o candidato é a militância", disse. Do Valor Econômico
4 Comentários:
Quem diria, hein!... A democracia, finalmente, como um musguito in la piedra começa a trincar as cabeças duras do PSDB!... Ochala já não estejam fossilizadas... no jurássico!...
Meu Deus elas estão descontroladas.
Dilemas de Sócrates.
Polícia frustrou assalto a banco em Porto Alegre. Deve-se aplicar aos ladrões a mesma regra aplicada ao Jornalista da VEJA que foi absolvido por não ter conseguido invadir o apartamento do José Dirceu por ação da camareira???
KKKKKKKKKKKKKKK Eles brigam em cima, brigam embaixo. Os tucanos vão se destruir uns aos outros. Eu acho é pouco.
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