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sábado, 14 de janeiro de 2012

Por que só Eliana Calmon enxergou os R$ 283 milhões no Tribunal do primo de Marco Aurélio?

O Coaf (órgão de inteligência financeira do Ministério da Fazenda) identificou 3.426 magistrados e servidores do Judiciário que fizeram movimentações fora do normal no valor de R$ 855 milhões entre 2000 e 2010.

O auge foi em 2002, quando uma única pessoa movimentou R$ 282,9 milhões. O nome sob sigilo está ligado ao Tribunal Regional do Trabalho da 1ª região, no Rio de Janeiro ( TRT-RJ), segundo o COAF.

Esse Tribunal ocupou as páginas policiais durante a CPI do Judiciário, no Senado, em 1999, assim como aconteceu com o Tribunal equivalente paulista, onde presidiu o juiz Nicolau dos Santos Neto.



http://goo.gl/AQoZf e http://goo.gl/MEqz2 e http://goo.gl/QZYm9

Sobre o TRT-RJ pesou graves denúncias, desde licitações fraudadas, passando por venda de sentenças e venda de nomeações, nepotismo, tráfico de influência, uso da máquina para campanha eleitoral do governador tucano, abuso de autoridade, quando o Juiz José Maria de Mello Porto o presidiu, entre 1993 e 1994. Há gravações envolvendo outros membros do Tribunal e onde ele era citado.

Em 2007, o TRT/RJ aparece em denúncias envolvendo o irmão de outro magistrado do STJ (Paulo Medida).

Mello Porto era primo do ministro do STF Marco Aurélio de Mello e do ex-presidente Fernando Collor de Mello. Morreu assassinado durante um suposto assalto em 2006, como desembargador deste Tribunal, sem qualquer condenação (que se saiba). Processou diversos jornais e jornalistas e até procuradores da República que fizeram denúncias contra ele, e ganhou indenização em muitos casos, pelo menos nos tribunais cariocas (não sei o que aconteceu nos recursos).

Agora, coincidentemente, aparece a notícia da movimentação atípica de R$ 283 milhões por uma única pessoa neste tribunal em 2002. Não cabe fazer ilações sobre nomes, sem provas, como costuma fazer a revista Veja. Mas alguém movimentou essa fortuna de forma atípica lá, onde choveram denúncias de irregularidades pelo menos desde 1994.

E a pergunta que fica ao Dr. Gurgel, Procurador Geral da República é: por que o Ministério Público Federal não fez o dever de casa, e não investigou desde 2002 um alerta do COAF deste tamanho?

Será que é porque não saiu na revista Veja?

Não fosse a resistência e coragem da corregedora do CNJ, Eliana Calmon, a impunidade estaria garantida.

Detalhe: Durante a CPI do Judiciário, Mello Porto era corregedor do TRT/RJ.
O fato recomenda ao Dr. Peluso (presidente do STF) repensar sobre sua insistência em deixar as investigações sobre malfeitos para as corregedorias dos próprios tribunais.

Matéria publicada aqui na Rede Brasil Atual

7 Comentários:

Xad Camomila disse...

Uau! Que sacada! Que BOMBA! Ó só: Levei pro meu blog! Bjaum.

Sílvio Freitas disse...

O poder judiciário è e sempre foi o poder público menos fiscalizado e o mais resistente a qualquer tipo de fiscalização.Está mais do que na hora disso acabar, todos nós sabemos que a esmagadora maioria dos servidores (funcionário/juízes/desembargadores e ministros do tribunais superiores)são pessoas honestas e integras, e devem portanto ajudar o CNJ a manter e se possível ampliar suas funções fiscalizatórias. Não podem permitir que a minoria, desonesta e corrupta contamine toda a credibilidade do poder judiciário.

Anônimo disse...

Estao faltando alguns nomes chaves no Caso do Rio de Janeiro . Obviamente temos togados bandidos em todos os Estados pela total certeza da impunidade . E os Bons Juizes não não devem se corporizar uma vez que frutos podres existem em todas profissoes . Falta o Desembargador Gama Malcher através do seu filho operador , o mesmo doleiro do esquema Dantas Dario Messer e o Chamado Banco Israel Discount Bank no Uruguay mas com um conjunto de salas no Edifício De Paolli . Falta o Dornelles , pai dos esquemas no Rio de Janeiro : Banerj , CEDAE , Telerj , INSS , etc.... Falta oviamento seu filho politico e hábil operador das sombras Deputado Eduardo Cunha , faltam va'rios desembargadores . A Doutora Calmon seguiu a Cartilha : siga o rastro do dinheiro . Como um Juiz , mesmo do Supremo com seu fausto salários e adicionais pode comprar à vista um apartamento 1 por andar no Golden Green na Barra da Tijuca e dar para sua filha de presente ??? Ela apenas tocu no vespeiro .

Tikuna disse...

Estao faltando alguns nomes chaves no Caso do Rio de Janeiro . Obviamente temos togados bandidos em todos os Estados pela total certeza da impunidade . E os Bons Juizes não não devem se corporizar uma vez que frutos podres existem em todas profissoes . Falta o Desembargador Gama Malcher através do seu filho operador , o mesmo doleiro do esquema Dantas Dario Messer e o Chamado Banco Israel Discount Bank no Uruguay mas com um conjunto de salas no Edifício De Paolli . Falta o Dornelles , pai dos esquemas no Rio de Janeiro : Banerj , CEDAE , Telerj , INSS , etc.... Falta oviamento seu filho politico e hábil operador das sombras Deputado Eduardo Cunha , faltam va'rios desembargadores . A Doutora Calmon seguiu a Cartilha : siga o rastro do dinheiro . Como um Juiz , mesmo do Supremo com seu fausto salários e adicionais pode comprar à vista um apartamento 1 por andar no Golden Green na Barra da Tijuca e dar para sua filha de presente ??? Ela apenas tocu no vespeiro .

Paulo disse...

Tá explicado a liminar! Se fosse um servidor comum seria demitido.

josé lopes disse...

É meu amigo o negócio era feio mesmo! Querem mais informações? Consultem WADIH NEMER DAMOUS FILHO atual presidente da OAB/RJ que enfrentou com muita coragem o Juiz Mello Porto. Wadih, se não me engano, está respondendo a processos até hoje. Para se ter uma ideia, uma Ação Popular foi impetrada contra Mello Porto por ter realizado um showmício puramente promocional em Niterói RJ com a presença de vários políticos da base do governo FHC. O convidado mais importante neste showmício foi Marcelo Alencar (PSDB/RJ) na época governador do RJ que disputava a reeleição. Esta ação foi revertida, o autor da ação foi condenado a pagar honorários e custas do processo. As custas e honorários perfazem mais de R$200.000,00. Os juízes que julgaram a ação, ao contrário do parecer do Ministério Público Federal, "entenderam" que houve má fé do autor. Me parece, que este processo ainda está rolando em segunda Instância sem decisão. Este caso precisa ser reaberto. O caso Mello Porto daria para escrever um livro.

josé lopes disse...

É meu amigo o negócio era feio mesmo! Querem mais informações? Consultem WADIH NEMER DAMOUS FILHO atual presidente da OAB/RJ que enfrentou com muita coragem o Juiz Mello Porto. Wadih, se não me engano, está respondendo a processos até hoje. Para se ter uma ideia, uma Ação Popular foi impetrada contra Mello Porto por ter realizado um showmício puramente promocional em Niterói RJ com a presença de vários políticos da base do governo FHC. O convidado mais importante neste showmício foi Marcelo Alencar (PSDB/RJ) na época governador do RJ que disputava a reeleição. Esta ação foi revertida, o autor da ação foi condenado a pagar honorários e custas do processo. As custas e honorários perfazem mais de R$200.000,00. Os juízes que julgaram a ação, ao contrário do parecer do Ministério Público Federal, "entenderam" que houve má fé do autor. Me parece, que este processo ainda está rolando em segunda Instância sem decisão. Este caso precisa ser reaberto. O caso Mello Porto daria para escrever um livro.

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