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quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Investigação sobre ONG da Globo faz Miriam Leitão surtar nas críticas ao Ministério do Turismo

Miriam Leitão comentou na rádio CBN ontem (4), e publicou o texto em seu blog, dos mais cômicos e catatônicos, entre os vários que tem produzido ultimamente.

O governo federal prepara mais medidas de incentivo turismo (há vários programas muito bem sucedidos dentro do Plano Nacional do Turismo, desenvolvido desde o governo Lula, apesar da velha imprensa só noticiar os desvios ocorridos na pasta em contratos com ONG's, omitindo o nome da Fundação Roberto Marinho) .

A notícia é boa, mas a urubóloga procurou um jeitinho de criticar, e se saiu muito mal em suas "peruadas":


O título deveria ser:


"Fraude no Turismo: Miriam Leitão chega atrasada e quer sentar na janelinha"

Entre as "pérolas", a urubóloga soltou essas:


1) "Hotelbrás"

A jornalista neoliberal tem um surto psicótico estatista e sugere que o governo deveria criar uma espécie de "sistema Hotelbrás":
"... Ora, é preciso criar um sistema para que haja oferta suficiente de hotéis ..." - afirma madame Leitão.
Ora, Miriam Leitão, onde está a sua defesa da mão invisível do mercado?

Hotel é coisa para o empresariado investir, cabe ao governo incentivar quando há interesse social e público, coisa que o BNDES já faz há um bom tempo. O próprio portal G1, onde a madame Leitão trabalha, prova que ela chegou atrasada no assunto, pelo menos desde 2010, e sem fazer o dever de casa que qualquer jornalista deve fazer ao tratar de assunto:
http://g1.globo.com/economia/noticia/2011/06/financiamento-do-bndes-para-hoteis-deve-dobrar-para-r-2-bilhoes.html
E veja o que já disseram outros jornalistas que fizeram o dever de casa, que madame Leitão não fez:



2) "Taxibrás"

A nova classe média está lotando os hotéis, viajando de avião, e é claro que também estão usando táxi nos aeroportos.



http://www.dadosefatos.turismo.gov.br/dadosefatos/geral_interna/noticias/detalhe/20111229_2.html

E o que diz a incomodada madame Leitão:
Os hotéis do Brasil já estão lotados, é preciso de mais infraestrutura. Vi isso no Recife, quando fui lançar meu livro lá. Uma gerente de um hotel em Santa Teresa me disse outro dia que turistas já pediram para dormir na sala, porque não conseguiam lugar....
Já passei uma hora e meia numa fila de táxi no aeroporto Santos Dumont e, na minha frente, havia estrangeiros.
...
Quanto aos hotéis, a crítica é sempre a mesma quando a classe C passou a viajar de avião. A classe A reclama da "lotação". E quanto a solução, o item 1 acima já responde.

Quanto ao táxi é licenciado pela prefeitura. Ou será que a colunista neoliberal teve outro surto e está sugerindo a criação de uma Taxibrás em Brasília?

Além disso, esperar uma hora e meia por um táxi (se é que é verdade) é caso muito raro até na rodoviária do Rio, e mais ainda nos aeroportos (suponho que o aeroporto Santos Dumont citado seja o do Rio de Janeiro).

Na cidade o serviço de táxi tem seus problemas, inclusive de disputa por pontos, mas é criticado pelos usuários mais pelo preço do que pela oferta (cuja frota é ampla, principalmente na área turística), e é elogiada em pesquisas de opinião junto a turistas. A situação que a urubóloga descreve, se verdadeira, deve ser algum dia de chuva intensa, quando muitos taxistas param seus carros, esperando as águas de áreas alagadas baixarem, ou algum acidente excepcional que tenha fechado vias.


3) Telebrás:

Miriam Leitão diz:
Para o jornalista trabalhar bem, o básico é ter bom serviço de internet, mas até nos hotéis de ponta no Brasil é ruim.
Cadê aquele discursinho mequetrefe de que a Privataria Tucana das teles era a pílula mágica para ter eficiência nas telecomunicações?

Por conta da ineficiência da mão invisível do mercado, o governo teve que recriar a Telebrás e está investindo pesado em infra-estrutura de rede para não dar apagão de internet nos próximos anos.


4) Privataria Tucana

Leitão faz o jogo da Privataria Tucana, ao sugerir que o governo deveria dar de presente R$ 167 milhões de dinheiro público para iniciativa privada:
Matéria de hoje da "Folha de S. Paulo" mostra, por exemplo, que a Infraero não gastou R$ 1 bi do orçamento de 2011 , portanto, terá de devolver esse dinheiro. Só no Galeão, que todo mundo sabe que precisa de reformas, não foram usados R$ 167 millhões.
Quanto cinismo!

A colunista viveu fazendo lobby pela concessão desse Aeroporto à gestão privada. Quando o governo resolveu fazer essa polêmica concessão, é claro que cabe à iniciativa privada arcar com estes investimentos. Quem gastava o dinheiro público para entregar à iniciativa privada era a Privataria Tucana.

Detalhe: este aeroporto tem capacidade ociosa de vôos, não necessitanto de obras urgentes a não ser para melhorar o conforto e atendimento.

Se Miriam Leitão tivesse um mínimo de coerência, deveria elogiar a retenção destes R$ 167 milhões, na conjuntura em que foi feita.

5) Fraldabrás.

Tá, bom! Agora estou exagerando, para rir mais um pouco. Ela não chegou a propor isso. Mas reclama de falta de obras e de fraldários neste aeroporto construído há 35 anos atrás. Sua colega de redação, Córa Ronai, também fez o dever de casa há um ano, e verificou "em loco" obras para resolver parte dos problemas, publicando no jornal "O Globo" de 24 de fevereiro de 2011:

"Fiquei bem impressionada com as obras. Acho que vamos continuar nos irritando ainda por uns tempos, mas, se tudo correr bem, teremos um aeroporto bastante direito no fim do ano que vem."
http://cora.blogspot.com/2011/02/visita-ao-galeao.html

6) FRAUDEbrás e Googlebrás

Miriam Leitão chegou atrasada de novo ao argumentar:
Quando analisamos as 14 medidas que devem ser anunciadas fica a pergunta: por que não foram feitas antes? Dou dois exemplos: promoção de uma ferramenta 3D de cidades brasileiras já que a maioria dos turistas escolhe o destino na internet e uso do Sistema S para qualificar a mão de obra.
O ministério do Turismo já determinou a transferência para o Sistema S (Sesc, Sesi, Senai e Senac) os programas de qualificação que eram feitos com ONG's que fraudaram os cofres públicos.

O PRONATEC (o equivalente ao PROUNI para o ensino técnico) também ficará responsável pela qualificação da mão-de-obra.

Que tal Miriam Leitão fazer o dever de casa e escrever sobre a investigação do Ministéiro Público Federal sobre o rombo no contrato da Fundação Roberto Marinho com Ministério.

E quanto a ferramenta 3D? Miriam Leitão estaria sugerindo ao Ministério do Turismo criar a "Googlebrás" para reinventar a roda e fazer o que o Google já anda fazendo?

4 Comentários:

RLocatelli Digital disse...

É preciso urgente uma lei geral das comunicações. Não é possível que Miriam Leitão possa fraudar as notícias impunemente.

Teresa Barbosa disse...

Usando um velho bordão do homorístico Planeta dos Homens da Rede Globo; "Cala a boca Miriam"

ANDRE disse...

A União, estados e municípios deveria proibir qualquer ajuda do estado a essas ONGs, a maioria desvia dinheiro público.

NA ESCUTA disse...

Lugar de porcos é no chiqueiro, lugar de leitão e na globo.

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