Uma troca de e-mails entre diretores do PanAmericano dá indícios de que o banco pode ter feito doações irregulares para a campanha eleitoral do PSDB em Alagoas em 2010. Os e-mails foram encontrados pela Polícia Federal nos arquivos apreendidos na sede da instituição, que pertencia ao empresário e apresentador Silvio Santos e foi vendida ao BTG Pactual após a descoberta de um rombo de R$ 4,3 bilhões no patrimônio do banco. Neles, diretores do PanAmericano avaliam uma proposta feita pelo governo de Alagoas para negociar uma dívida do Estado com o banco em troca de uma "taxa de intermediação" de 25% sobre o valor devido - retorno que poderia ser pago por meio de doação para a campanha do partido
.A dívida de Alagoas com o PanAmericano data de 2006. Entre os meses de fevereiro e dezembro daquele ano, o Estado recolheu, via folha de pagamento, parcelas de empréstimos consignados feitos por servidores, mas não repassou os valores aos bancos. Naquela época, Alagoas era governada por Luís Abílio de Sousa Neto (PDT), que assumiu em março de 2006, quando o então governador Ronaldo Lessa (PDT) licenciou-se para concorrer ao Senado. Em valores históricos, a dívida de Alagoas com a instituição era de R$ 2,7 milhões. Com a correção monetária, somava R$ 3,3 milhões em agosto de 2010.
Até meados daquele ano, com as finanças de Alagoas em crise, nenhuma negociação estava em curso. Mas e-mails trocados entre o então presidente do PanAmericano, Rafael Palladino, seu diretor financeiro, Wilson Roberto de Aro, e o gerente de consignado, Luiz Carlos Perandin, sugerem que havia uma proposta em avaliação.
Em um desses e-mails, Aro questiona Palladino se pode "tocar o acordo abaixo". O acordo a que ele se refere é esmiuçado em um e-mail de Perandin encaminhado a Aro, no qual ele detalha uma suposta proposta para a liquidação da dívida apresentada pelo secretário de Planejamento e Desenvolvimento Econômico de Alagoas, Luiz Otávio Gomes. No e-mail, Perandin afirma que "na reunião realizada ontem [16 de agosto de 2010] a pedido do governo de Alagoas, o dr. Luiz Otávio Gomes, secretário de Estado, ratificou que a única forma de liquidarem o débito é efetuar o pagamento na forma abaixo, ou seja, retorno de 25% sobre o principal e devolução integral da correção monetária".
Conforme o relato de Perandin, o pagamento seria feito em quatro parcelas de R$ 827,1 mil e o retorno pela intermediação custaria ao banco 25% do total da dívida - ou seja, R$ 678,5 mil -, além da devolução da correção monetária, o que totalizaria R$ 1,27 milhão, também dividido em quatro parcelas. Perandin ainda afirma, no e-mail, que "em resumo, de um crédito de R$ 2,7 milhões (valor histórico) vamos receber R$ 2,03 milhões" e que "o pagamento do retorno poderá ser a título de doação para campanha do PSDB mediante recibo ou emissão de nota fiscal por empresa que será indicada pelo secretário". Ao fim do e-mail, o gerente de consignado afirma que, para não expor a empresa na operação, uma alternativa seria efetuar o pagamento "através de notas fiscais emitidas por terceiros sem vínculos de negócios com as empresas do grupo".
As trocas de e-mails sobre a possibilidade de o PanAmericano receber os valores devidos por Alagoas começaram em 10 de agosto de 2010 e se estenderam até o dia 23 do mesmo mês. Nos arquivos encontrados pela PF não há e-mails que comprovem que o acordo entre o banco e o governo do Estado foi fechado e nem e-mails enviados por Luiz Otávio Gomes.
Procurado pelo Valor, o governador Teotonio Vilela Filho (PSDB) não soube informar, no entanto, se o restante da dívida foi pago durante o ano passado.
A Polícia Federal em São Paulo, que deve concluir em breve o inquérito que apura fraudes contábeis e crimes contra o sistema financeiro nacional no PanAmericano, encaminhou os arquivos contendo as trocas de e-mails à superintendência de Alagoas. A PF alagoana abriu um inquérito policial específico para apurar indícios de doações irregulares para campanha eleitoral. Procurada pela reportagem, a assessoria de imprensa da PF no Estado informou que não comentaria sobre o inquérito. Do Valor Econômico
1 Comentários:
Ontem assisti na globo a nova minissérie chamada “O brado retumbante”, como já esperava a tal minissérie se tratava de mais uma propaganda política contra o governo, como tantas outras que ocorrem ao longo do dia em varias programações da rede globo. Mas a minissérie não se limita apenas a uma propaganda contra o governo, ela busca vincular seu personagem principal ao senador Aécio Neves, o personagem em questão busca a todo momento se assemelhar a características iguais as de Aécio , (é bom destacar que essas características são características pessoais como o sotaque mineiro, o gosto por mulheres bonitas, bebidas, e a relação pessoal com a cidade do Rio de Janeiro, e não características “morais”). Como se não bastasse a suposta vinculação do personagem ao senhor Aécio Neves, a minissérie em um determinado tempo apresenta supostos políticos corruptos do governo com sotaque “nordestino”, ou seja, ela tenta claramente vincular os políticos nordestinos a corrupção. Outro termo que foi utilizado na minissérie para fazer uma critica pessoal e nada imparcial foi o momento em que o personagem se referiu a aos ministros como (herança maldita), lembrando que o termo herança maldita foi muito utilizada durante todo o ano para fazer criticas ao governo.
Na minha opinião a Globo tem todo o direito de criticar o governo, o problema é quando ela deixa de apenas criticar e passa de forma indireta a agir contra seus adversários políticos, no passado eles elegeram Collor com uma estratégias de manipulação semelhantes a essa, e agora eles parecem estar abrindo o caminho para o senhor Aécio Neves.
A Globo e o restante do PIG lançaram “Collor o caçador de marajás” e agora na minissérie Aécio Retumbante eles lançam, “Aécio o caçador de marajás”, os honestos da globo é de chorar de rir.
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