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segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Ministro curinga

Titular da pasta das Comunicações é cotado para a Educação na reforma ministerial que acontece no início do ano. Mas também pode ir para Cidades. Ou dirigir a Itaipu Binacional

Enquanto a reforma ministerial não chega, a presidente Dilma Rousseff começa a estudar os nomes que podem ocupar os cargos de petistas que deixam o governo para concorrer às eleições municipais. Em dois casos mais emblemáticos — Ministério da Educação e direção-geral da Itaipu Binacional — o nome do ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, aparece como provável solução. Aos 59 anos, ele é hoje um dos "curingas" a que a presidente pode recorrer para completar o seu jogo em situações estratégicas.

Os sintomas de que Paulo Bernardo pode estar mesmo arrumando as gavetas nas Comunicações começaram a surgir quando um técnico considerado um dos "meninos de ouro" da equipe do ministro, o secretário de Serviços de Comunicação Eletrônica, Genildo Lins, saiu de férias de modo inesperado. Sinal de que o chefe quer que ele o siga em uma nova empreitada.

Nestes 11 meses como ministro de Comunicações, Paulo Bernardo mudou a diretoria da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e reestruturou os Correios. No Planalto, considera-se que o ministro silenciosamente fez "o dever de casa", embora tenha enfrentado uma denúncia — a de ter voado em avião de empresa privada que ajudou a financiar a campanha para o Senado de sua mulher, a ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann.

No Ministério de Comunicações, as especulações são as de que ele estaria de partida para o Ministério da Educação, abrindo a vaga na pasta para o deputado André Vargas (PT-PR), ligado ao setor. No governo, há quem diga que a transferência de Bernardo para a Itaipu Binacional é mais plausível porque ajudaria a preparar um projeto do PT no estado hoje governado pelo tucano Beto Richa. Jorge Samek, que dirige a empresa, é pré-candidato a prefeito de Foz do Iguaçu.

Bernardo começou o primeiro governo de Lula, em 2003, no banco de reservas. Em 2005, deixou o mandato de deputado e foi para o Planejamento após a migração de Guido Mantega ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). No governo, Bernardo se reaproximou do presidente e tornou-se parte do grupo de articuladores. Chegou ao ponto de o presidente Lula pedir que ele não deixasse o governo nos pleitos de 2006 e 2010.

Boa convivência

Bernardo convive bem com o PMDB, principal sócio do PT na base do governo. "Ele é uma das pessoas de quem eu gosto de verdade. Tem tino político e é leal", afirma o diretor de Pessoa Jurídica da Caixa Econômica, Geddel Vieira Lima, um dos integrantes da cúpula do PMDB. A exceção, é claro, é o adversário paranaense, o senador Roberto Requião.

Do ponto de vista pessoal, Paulo Bernardo é reservado e de hábitos simples. Disciplinado, perdeu 10 quilos recentemente, quando o médico mandou que emagrecesse seis. Assim como a presidente Dilma, tem fama de mau-humorado. Detesta perder tempo. Recentemente, em São Paulo, dispensou o carro oficial e foi de metrô para um compromisso para não ficar parado no trânsito. É tão interessado em mobilidade urbana que não será surpresa se for escolhido ministro das Cidades. Ninguém mais é candidato a tantas pastas.-Informações do Correio Braziliense

7 Comentários:

Geraldo Galvão Filho disse...

A mudança dele vai ser festejada por todos que sofrem com a morosidade que ele implementou ao PNBL, sabe-se lá por que motivo, já que era um dos programas mais urgentes no governo Lula.

MEDICO57 disse...

Graças a Deus , já vai tarde !!!!!!! Não enfrentou o PIG , fazendo a lei dos medios, é por isso que ficamos apanhando deste PIG canalha!!!
Que venha um ministro corajoso para implementar a lei dos medios.

Eu gostaria muito do Franklin Martins

ptremdas13e13 disse...

Quem sabe o Bernardo saindo, a Ley dos Médios do Franklin será desengavetada.

Eleide disse...

A Presidenta Dilma deveria trazer de volta para o Ministério das Comunicações o valente e competente Franklin Martins

Luis R disse...

Faltou a Lei de Meios, o cara dormiu, marcou touca, deu bobeira, comeu barriga, gato de armazém e se fingiu de morto, Papinho furado.

Anônimo disse...

É muita cara de pau, o Estadão não consegue comprar o livro, não reseonho porque a editora não mandou. O cara de pau num jornal tucano dá uma desculpa tucana, ele pode fazer de idiota os leitores paulistas, mas no resto do país não farão. Eugênio

Anônimo disse...

Esse ministro Bernardo é um tucano disfarçado de petista.

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