Os polítcos do PSDB e a militância tucana (se é que eles tem), sempre criticaram o Bolsa-Família, com o discurso de que não passa de assistencialismo barato, inclusive chamando de Bolsa-esmola. Em junho, o senador tucano Alvaro Dias, foi entrevistado no programa Roda Viva, e falou sobre sobre o programa Bolsa-Família.
“O Bolsa Família não tira ninguém da miséria. Mantém na miséria, porque estimula a preguiça, inclusive… há gente que não quer trabalhar porque não quer ter carteira assinada para não perder o Bolsa Família” – disse o tucano. Marília Gabriela,
Quem acompanhou a via sacra dos programas sociais do governo Lula, particularmente do Bolsa Família, sabe que a oposição e grande parte da mídia apostaram no seu fracasso. No início, foi um coro só: "Os petistas e o governo Lula são incompetentes, não sabem administrar programas sociais".
O Bolsa Família está implantado em todo o país e dá acesso a uma renda mínima para mais de 15 milhões de famílias que antes viviam abaixo da linha de pobreza e é reconhecido pelas Nações Unidas, e agora, a estimativa é que 65 países já tenham se inspirado em ideias brasileiras, como o Bolsa Família e o Minha Casa, Minha Vida
O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, lançou na última semana seu mais novo programa social, o Misión Hijos de Venezuela, em que famílias pobres irão receber o equivalente a US$ 100 mensais para manter até três filhos na escola. A semelhança com o Bolsa Família brasileiro não é apenas coincidência. A informação é do jornal Estado de SP
Chávez, assim como outros presidentes dos dois lados do oceano Atlântico, tem contado com o apoio do governo brasileiro para criar suas próprias versões dos programas sociais criados no Brasil.
Estima-se dentro do governo que 65 países usem algum dos programas brasileiros.
Além da Misión Hijos de Venezuela, Chávez implantou uma versão local do Minha Casa, Minha Vida, o Gran Misión Viviendas, sua tentativa de resolver o crônico problema de moradias no país, especialmente na capital, Caracas.
Essa cópia detalhada do projeto brasileiro vai da urbanização das favelas até a forma dos contratos de financiamento, e conta com uma ajuda de peso: a ex-presidente da Caixa Econômica Federal Maria Fernanda Coelho vai ao país uma vez por mês dar assessoria técnica aos venezuelanos. Ela atende a um pedido do próprio ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Apesar de recente, o Minha Casa, Minha Vida já entrou na pauta de cooperação externa do Brasil. Hoje há seis países africanos e latino-americanos que recebem ajuda brasileira para implantá-lo. Um deles é a Nicarágua, onde Daniel Ortega também enfrentou uma dura reeleição este ano. Seu chanceler, Samuel Santos, esteve no Brasil em julho tratando justamente dos projetos de cooperação.
"O Brasil é visto hoje como um laboratório de políticas sociais, tanto pelos países que vêm pedir cooperação como pelos desenvolvidos, que nos pedem para fazer mais projetos", justifica o presidente da Agência Brasileira de Cooperação (ABC), embaixador Marcos Farani. "Temos hoje projetos de cooperação com 65 países. Eu diria que em todos existe algum programa social."
O próprio governo brasileiro oferece aos vizinhos e aos africanos suas experiências sociais. O Segundo Tempo, do Ministério dos Esportes, virou estrela das propostas de cooperação esportiva. O programa já foi iniciado em cinco países - entre eles Angola e Moçambique - e há outras propostas aguardando a resposta brasileira.
Transferência de renda. Um dos projetos mais pedidos é o fiador de boa parte da popularidade de Lula, o Bolsa Família. De acordo com Farani, os programas do Ministério do Desenvolvimento Social, com ênfase na transferência de renda para famílias pobres, só perdem para os da Agricultura, que vão desde o desenvolvimento de tecnologias pela Embrapa até os de compra local, passando por financiamento de agricultura familiar e alternativas para o produção de biocombustíveis.
Atualmente, pelo menos 14 países copiam ou planejam copiar o Bolsa Família.
Há casos, no entanto, em que o Brasil participa mais ativamente. Em Moçambique e Angola, a criação do Pintando a Liberdade - projeto do Ministério do Esporte em que presos fabricam material esportivo - contou com a doação de matéria-prima por empresas brasileiras.
Outro projeto ao qual o ex-presidente Lula dava muita atenção, o dos biocombustíveis, também teve mais investimentos brasileiros. A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) foi a responsável por estudos de viabilidade em pelo menos 12 países latino-americanos e africanos.
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