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quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Bancada do fumo aprova patrocínio de cigarro em eventos

O Senado aprovou MP que explicita a permissão para fabricantes de cigarro patrocinarem eventos institucionais, como festivais de música e a F-1. A proposta segue para sanção de Dilma Rousseff.

O líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), disse que há expectativa de que Dilma vete essa parte da MP.

A atual legislação é omissa sobre esse ponto, proibindo só os patrocínios das marcas de cigarro

Toma lá da cá

A bancada do fumo que teve parte da campanha paga pelo setor do tabaco. Empresas de beneficiamento de fumo e fabricantes de cigarros septuplicaram o volume destinado a financiamento eleitoral e ajudaram a eleger parlamentares de vários estados. Eles estão exercendo seus mandatos, votando e apresentando projetos, quando serão travadas no Congresso algumas batalhas próximas que colocarão de um lado médicos e autoridades da área de saúde e, de outro, plantadores de fumo e indústrias de cigarro.

No total, o setor aplicou R$ 1,7 milhão em campanhas de candidatos a deputado e a governador nas últimas eleições. Desse volume, R$ 674,1 mil foram somente para 13 parlamentares eleitos para a Câmara. Se comparado a doações de outros segmentos, como o de empreiteiras, esse valor não é tão alto. No entanto, para um setor que não é fornecedor de órgãos de governo nem tem tradição de envolvimento em disputas eleitorais, o volume é grande.

Em 2002, beneficiadores de fumo e fabricantes de cigarro destinaram R$ 255 mil para todas as campanhas que auxiliaram, dos quais R$ 97 mil foram para cinco deputados federais eleitos. Assim, o aumento das doações de uma eleição para outra foi de 577% no volume total e de 512% no auxílio específico para deputados federais eleitos.

3 Comentários:

Paulo Athayde disse...

A aprovação do financiamento público das campanhas eleitorais na Reforma Politica “matusalém”, pode inibir este tipo de prática, mas, não acabar com ela de todo, haja vista a atuação dos lobbys, que em outros países tem atuação regulamentada, por aqui continuam agindo como eminência parda de poder no Congresso Nacional.

É esperar que a Dilma vete, embora, eu não tenha grandes ilusões sobre isso. Baseando no que ocorreu no governo Lula, com o afrouxamento das restrições à propaganda de bebidas alcoólicas. Agora então, argumento é que não falta. Tipo, o “delicado” momento econômico pelo qual passa o país, por exemplo.

Esta ideia de achar que os impostos compensam, é um equívoco. Há muitos anos a França percebeu que os custos em saúde pública e aos cofres públicos eram bem superiores às receitas obtidas com o vinho, grande e renomado produto do país, e começou a combatê-lo criando restrições à publicidade e consumo.

Na esteira desta vitoria das empresas do cigarro, em breve podemos esperar o retorno dos “fumódromos” em bares e restaurantes, que quem conheceu sabe muito bem que é um mero eufemismo.

Tudo isso na contramão do que vem ocorrendo em todo o mundo, onde pelo visto alguma coisa funciona de forma diversa, nas instancias parlamentares e governamentais, presidência da república.

Só para constar, para alguém venha a achar que é algum anti-Lula/Dilma. Eu sou militante desde sempre.

Anônimo disse...

E quem são esses deputados federais. Deveríamos saber, que tal postar seus nomes? Grata, Sônia

Anônimo disse...

Gostariamos muita de saber quen são esses deputados

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