O deputado estadual Roque Barbiere (PTB/SP) voltou a dar entrevista e confirmou suas denúncias sobre o esquema da venda de emendas parlamentares na Assembléia Legislativa paulista:
"Isso é igual a camelô. Cada um vende de um jeito...cada um tem uma maneira, cada um tem um preço". - disse.
Barbiere reafirmou que há cerca de quatro meses, avisou pessoalmente dois secretários do governador tucano Geraldo Alckmin (PSDB/SP):
Um aviso foi ao secretário de Planejamento, Emanuel Fernandes:
"Eu disse pra ele: ‘O dia que eu, Roquinho, destinar R$ 1 milhão pra São
José dos Campos, você vai saber que eu vendi, filho. Eu nunca fui pra
São José. Nem sei ir’. Viu como é fácil controlar? Não precisa eu ficar
dando nomes" - relatou Barbiere.
Outro aviso foi para a subsecretária de Assuntos Parlamentares da Casa Civil, Delegada Rose (Rosmary Corrêa), sobre possíveis irregularidades na destinação de emendas.
Governo Alckmin enrola, não desmente que foi avisado, e não se mexe para desbaratar a corrupção
O governo Alcmin emitiu nota sobre seu "mensalão", através de email capcioso. Não desmente as audiências com o deputado, nem o teor da conversa narrada na entrevista, mas tenta descaracterizar o aviso de que estava havendo corrupção com venda de emendas.
"O deputado nunca comunicou ao governo qualquer irregularidade
envolvendo convênios feitos por indicação parlamentar. Não o fez ao
secretário do Panejamento e Desenvolvimento Regional, Emanuel Fernandes,
nem à subsecretária de Assuntos Parlamentares, Rosmary Corrêa... O deputado Roque Barbieri tem o dever, como homem público, de apontar
casos concretos que sustentem suas graves denúncias. Até agora não o
fez".
Ao dizer que não age por falta de citação de nomes concretos, o governo Alckmin dá mostras de não se mexer para desbaratar a corrupção e de querer abafá-la. Um governo sério, honesto e zeloso tem a obrigação de fazer uma auditoria rigorosa nas emendas liberadas com dinheiro público.
(Com informações da Agência Estado).
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