O governador Anastasia e o ex-presidente da Vale Roger Agnelli, em recente convênio. A mineradora, através de suas subsidiárias e controladores financiaram a campanha tucana de Minas, em 2010, com pelo menos R$ 7,25 milhões |
O esquema era uma espécie PPP (Parceria Público-Privada) da corrupção:
1) Servidores do órgão estadual do governo de Minas responsável pela reforma agrária, o ITER/MG (Instituto de Terras de Minas Gerais) transferiam a posse das terras do estado para “laranjas”, que jamais tinham sido proprietários ou possuidores de terras na região;
2) A seguir, numa outra operação fraudulenta, o "laranja" vendia a terra a um intermediário, tal como um corretor de imóvel rural;
3) O intermediário fechava o ciclo do esquema, revendendo a terra para grandes mineradoras;
Segundo a Polícia Federal, para fazer a fraude da grilagem, os criminosos cometeram os delitos de:
- falsificação de documentos públicos e particulares;
- falsidade ideológica;
- corrupção ativa e passiva;
- formação de quadrilha
- e lavagem de dinheiro.
O principal alvo dos criminosos eram vastas extensões de terras públicas no extremo-norte do Estado de Minas Gerais (principalmente nos municípios de Rio Pardo de Minas e Indaiabira), onda há jazidas, recentemente descobertas, estimada em 10 bilhões de toneladas.
A operação atingiu várias cidades, com diligências policiais em Belo Horizonte, Oliveira e Divinópolis, em Rio Pardo de Minas, Salinas, Serranópolis de Minas, Taiobeiras, Janaúba, Curvelo.
Sequestro de R$ 41 milhões pagos pela Vale
Segundo documento do Ministério Público (MP), “em apenas um dos casos sob investigação, a Vale S/A comprou – efetuando pagamento único e em espécie – vasta extensão de terras subtraídas criminosamente do Estado de Minas Gerais pelo espantoso valor de R$ 41 milhões”.
A operação financeira foi detectada pelo COAF em 28 de agosto, segundo o MP.
A Justiça determinou o sequestro deste dinheiro.
Dois prefeitos do DEM suspeitos de integrarem o esquema criminoso
O Ministério Público pediu o afastamento dos prefeitos de Indaiabira, Marcus Penalva Costa (DEM) e de Vargem Grande do Rio Pardo, Virgílio Penalva Costa (DEM). Ambos são suspeitos de integrarem o esquema.
Corrupção tucana no alto escalão
Com a operação atingindo em cheio o ITER/MG, o governo tucano de Antonio Anastasia afastou ontem o secretário de Regulação Fundiária, Manoel Costa.
(Com informações da PF. )
Leia também:
- Aécio e tucanos mineiros receberam R$ 7,25 milhões da Vale e do Bradesco, de Roger Agnelli
- Aécio Neves repete Joaquim Silvério dos Reis, ao defender a derrama da Vale nos royalties de Minas
- Portal afirma que Aécio e Roger Agnelli estavam juntos na mesma mesa e na mesma blitz do bafômetro
5 Comentários:
Moro em BH e ate o momento ainda não vi esta denuncia na mídia mineira. Acho que (infelizmente) já estou acostumada a esta parcialidade dos jornais daqui.
"Eles vem de novo em cadeia nacional"
É o que diz:
http://www.youtube.com/watch?v=oWVL2GqkYfQ&feature=mfu_in_order&list=UL
quer ver vai gostar
Enquanto isso, a imprensa mineira (incluidas as redes de tv, a maioria do jornais impressos e as revistinhas que, financiadas pela publicidade governamental, tentam ser um misto da VEJA com a CARAS) está para exigir do Papa, do Dalai Lama e de todos os líderes religiosos a canonização do Santo Aecinho ainda em vida. Se você se detiver ao que se escreve e se publica na imprensa mineira, vai ver que o Aecinho gentileza é uma maravilha. Tudo que ele faz está certo, certissimo. Tudo muito pensado com visão multi-pluri-dimensional. Nada que ele diz é imprestável. Sempre há intenções maiores e mais nobres em suas palavras santas. Canonizá-lo é só reconhecer o que há de magnífico nesse ser sublime que governou Minas e hoje caminha a passos largos para novas vitórias.
A CORRUPÇÃO está no DNA do PSDBostas!!!
Cana pra rico?
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