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quarta-feira, 21 de setembro de 2011

PF e CGU fazem faxina na prefeitura de Traipi (Alagoas)

A Polícia Federal, o Ministério Público Federal e a Controladoria-Geral da União (CGU) realizaram nesta terça-feira (20), a Operação Tabanga conjunta para desbaratar esquema organizado de desvio de verbas federais no município alagoano de Traipu.

Fiscalizações feitas pela CGU acharam desvios de R$ 8,2 milhões de recursos do Fundeb (educação) e do Programa de Transporte Escolar no período de 2007 a 2010.

As irregularidades foram:

- licitações simuladas;
- pagamentos por serviços não realizados;
- maquiagem de prestações de contas;
- desvio de verba para compra de outros materiais ou serviços fora da finalidade;

Na operação foram foram presos:

- o prefeito Marco Antônio dos Santos (PTB), apontado como chefe do esquema criminoso;
- a primeira-dama, Juliana Kummer;
- o secretário de Compras do município, Charles Douglas Amaro Costa;
- o ex-secretário de Administração, Francisco Albuquerque dos Santos (Chico);
- Robson Nascimento de Farias, que acumula as secretarias municipais de Saúde e Educação;
- Roberto Olindino Matos Júnior, tesoureiro do município;
- os agentes de segurança do prefeito Ricardo Martins Ribeiro, Osman Bandeira de Melo Neto e Isaias Andrade da Fonseca.

Reincidentes

A primeira-dama Juliana Kummer, Charles Douglas Amaro Costa e Chico já haviam sido presos anteriormente em março deste ano na Operação Mascotch, para desbaratar a roubalheira de verbas da merenda escolar em 13 municípios alagoanos, incluindo Traipu. Os envolvidos surrupiavam o dinheiro da merenda para compras pessoais, incluindo uísque 12 anos, vinho e ração para cachorro.


Chico é preso pela terceira vez, contando com a Operação Carranca também da CGU com a PF.

Informante Laranja no programa de Proteção a Testemunhas

Um informante (que trabalhou por muitos anos com o prefeito preso), e sua esposa tiveram seus nomes usados como laranja em empresas de fachada. Utilizando-se da delação premiada, o casal “entregou” o esquema vigente no município, tendo sido, por isso, ameaçado de morte e tendo que ingressar no Programa Federal de Proteção a Testemunhas. (da CGU)

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