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terça-feira, 27 de setembro de 2011

Dinheiro do mensalão do DEM poderá voltar aos cofres públicos

Os meus queridos leitores lembram do Durval Barbosa, o ex-delegado e então secretário de Relações Institucionais do governador José Roberto Arruda (DEM/DF)?

Durval Barbosa, decidiu contar tudo que sabia ao Ministério Público de Brasília. Em troca, ele espera diminuir sua pena. Durval denunciou um milionário esquema de desvio de dinheiro público no governo do DF, que envolvia o pagamento de mensalão aos deputados locais. O ex-delegado entregou às autoridades vídeos de conversas que manteve nos últimos anos com políticos, empresários e lobistas, nas quais seus interlocutores – inclusive Arruda – recebem dinheiro vivo e articulam negociatas.

Depois de alguns anos, a casa do Durval vai á leilão na quinta-feira, o imóvel construído com dinheiro da corrupção renderá R$ 4,3 milhões, recurso que pode ser aplicado em moradias populares.

Pelo cálculo dos peritos, o imóvel vale R$ 4,3 milhões. Trata-se de uma mansão, com 862,58 metros quadrados, localizada em área nobre de Brasília, em frente ao Pontão do Lago Sul.

O imóvel está à disposição da Justiça para ser vendido a quem der o maior lance em hasta pública, marcada para ocorrer a partir de 14h34 desta quinta-feira. Esta é a segunda tentativa de negociar a casa. A propriedade foi colocada à venda pela primeira vez em 19 de setembro, mas não apareceram compradores. O edital foi publicado no Diário Oficial da União em 1º de julho, que detalhou as características da residência e a data de quando seria levado à leilão. A casa tem dois pavimentos e uma área social com todas as características para quem gosta de receber convidados. No segundo andar, há uma suíte com banheira de hidromassagem e closet. Há ainda outra suíte,
sala, dois quartos, banheiro social e home theater. No primeiro piso, o comprador poderá desfrutar de piscina e de churrasqueira.

Recomposição
Caso a mansão seja vendida pelo valor de avaliação, os cofres públicos poderão receber de volta R$ 4,3 milhões desviados. O imóvel só poderá ir a leilão porque o próprio Durval Barbosa, o delator da Operação Caixa de Pandora, confessou ter adquirido o bem com dinheiro decorrente de propina paga por empresários do ramo de informática. A Lei de Lavagem de Dinheiro estabelece que o bem comprado com recursos de corrupção será destinado à recomposição do patrimônio público, ressalvados os direitos de terceiros.

Assim, os recursos arrecadados deverão ser destinados a uma conta do Tribunal de Justiça do DF, hoje, o real dono do imóvel, e, posteriormente, transferidos para o tesouro do Distrito Federal, a pedido do Ministério Público, autor da ação. O valor ainda é pouco diante do esquema de corrupção investigado na capital do país ao longo de 10 anos. Com R$ 4,3 milhões, é possível, por exemplo, construir uma escola e 100 casas populares. Outros imóveis que pertenciam a Durval deverão ser leiloados também. Estão bloqueados um empreendimento em Águas Claras com 200 apartamentos e 80 lojas; um helicóptero; um avião; R$ 4 milhões em espécie e R$ 43 milhões em contas-correntes.Informações do Correio

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