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quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Tchau Jobim

A presidente Dilma Rousseff vai avaliar ao longo da manhã desta quinta-feira, 4, se mantém ou não Nelson Jobim no cargo de ministro da Defesa. Em uma entrevista à revista Piauí, Jobim chama o governo Dilma de "atrapalhado", diz que a ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvati, é "fraquinha", e que Gleisi Hoffmann, ministra-chefe da Casa Civil, "não conhece Brasília". Se a presidente decidir mesmo antecipar a demissão de Jobim, um dos nomes cotados é o do atual ministro da Justiça, José Eduardo Martins Cardozo.

Por conta de outras declarações, Jobim já estava na lista dos auxiliares de Dilma que ela deve tirar do governo na primeira reforma ministerial, no final deste ano ou no início de 2012. Agora, com a entrevista à revista, que chega nesta sexta-feira, 5, às bancas e tem o conteúdo editado no estadão.com.br, a presidente pode decidir pela demissão imediata de Jobim, desistindo da ideia de não mexer no governo enquanto não assentar a poeira da base aliada levantada pela crise política no Ministério dos Transportes, Dnit e Valec.


O ministro viajou na noite desta quarta-feira, 3, para São Gabriel da Cachoeira (AM). Nesta manhã, ele partiu para Tabatinga (AM), onde, ao lado do vice-presidente da República, Michel Temer, assina um plano de vigilância de fronteiras entre Brasil e Colômbia. Pela agenda oficial, Jobim deixa a base do Cachimbo (AM) às 20h30, devendo chegar a Brasília no final do dia.

Em recente entrevista concedida ao programa "Poder e Política", da Folha de S. Paulo e UOL, Jobim criou incomodo no Planalto ao fazer questão de revelar que, nas eleições do ano passado, votou no candidato tucano José Serra, o adversário da candidata vencedora, Dilma Rousseff.

Por conta dessas declarações, houve pressão política para demitir o ministro, mas Dilma preferiu evitar a crise e,  a intenção era, ao menos, esperar que Jobim tocasse até ao fim o projeto de aprovação, no Congresso, da criação da Comissão da Verdade - um projeto para o qual a presidente da República, até por ser ex-presa política, que foi torturada no regime militar (1964-1985), pediu empenho especial. A comissão vai tomar depoimentos que ajudem a esclarecer as condições de repressão no período e, principalmente, ajudem a chegar ao paradeiro de corpos de presos políticos que desapareceram em meio à repressão e até hoje não foram localizadas (caso da guerrilha do Araguaia, nos anos 70).

Nessa quarta, Jobim teve uma audiência com a presidente Dilma, ele a informou sobre o conteúdo da entrevista à Piauí, inclusive sobre as críticas feitas a colegas do ministério. Dilma escolheu pessoalmente as ministras Ideli e Gleisi, depois da queda de Antonio Palocci do comando da Casa Civil, no início de junho.Estado

5 Comentários:

Anônimo disse...

Dilma deve demitir Nelson Jobim , pois se não o fizer ele vai se achar o rei da cocada preta, dizendo e fazendo tudo que lhe convier, sabendo que não será atingido

Fora Jobim

VERA disse...

Apesar de gostar da Dilma, acho BEM-FEITO o que está acontecendo!!! Não é de hoje que os blogueiros progressistas e os petistas lhes pedem pra dar um pé na bunda do Jobim (um judas), mas ela se finge de morta!!!

josé lopes disse...

Que ele vá para o ninho de serpentes que nunca deveria ter saído. Alí é o seu lugar.

Anônimo disse...

Numa jogada estratégica genial, as atribuições do ministério da defesa estão sendo passadas para o ministério da justiça. Quer dizer, a presidenta Dilma tirou poder do Nelson Jobim desde o início. Então pra quê se preocupar com um cara que é zero à esquerda? Por uma questão política a Dilma tem de engolir o Jobim, mas em compensação o "Nécio" fica sem "pudê nada".

Fátima 13 disse...

Já vai tarde.

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