Pages

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Músico é processado por rap contra reajuste de deputados

O músico gaúcho Tonho Crocco é alvo de uma ação do Ministério Público por crime contra a honra, em decorrência da divulgação do rap Gangue da Matriz. Gravada em vídeo divulgado no site do compositor em dezembro de 2010, a música é um protesto contra o aumento de 73% nos salários que os deputados da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul concederam a si mesmos na época.

Fundador da banda Ultramen, Crocco atualmente faz carreira solo. No vídeo, ele cita o nome dos 36 parlamentares que votaram a favor do reajuste de R$ 11.564,76 para R$ 20.042,34. "36 contra 1, aí é covardia / O crime aconteceu em plena luz do dia / Votado e aprovado pelos próprios deputados / Subiram seu salário, me senti um otário / Capitalistas, comunistas / Todas as vertentes presentes na lista", diz trecho da música.


Em seu blog, o músico lançou um "manifesto contra a censura e pela liberdade de expressão".

Tonho Crocco foi enquadrado nos artigos 138, 139 e 140 do Código Penal, que preveem pena de um mês a dois anos de prisão. Em sua página no Twitter, o deputado Giovani Cherini disse ser "a favor da liberdade de expressão". "Não ingressei com ação contra Tonho Crocco. Como presidente (da Assembleia), ofereci ao MP representação para que, havendo ilicitude, tomasse providências", disse.

2 Comentários:

José Marcio disse...

Bem feito.

Roberto Santos disse...

Eu vou chorar. Não posso acreditar.Fico sem palavras.

Postar um comentário


Meus queridos e minhas queridas leitoras

Não publicamos comentários anônimos

Obrigada pela colaboração