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quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Alckmin adere "modelo assistencialista", historicamente criticado pelo PSDB

Dilma e Alckmin oficializam hoje a união entre Bolsa Família e Renda Cidadã

Petistas acreditam que pacto pode melhorar a imagem do PSDB; já os tucanos temem vínculo com "assistencialismo" . Para os tucanos, e eleitores do PSDB, o Bolsa-Familia, sempre foi tratado como "Bolsa Esmola"


A união dos programas sociais do governo federal e do governo do Estado de São Paulo foi recebida com desconfiança por petistas e tucanos, que dizem não conseguir mensurar o impacto eleitoral da medida.

Hoje, a presidente Dilma Rousseff (PT) e o governador Geraldo Alckmin (PSDB) anunciarão a associação do Bolsa Família, principal vitrine petista na ação social, ao Renda Cidadã, versão paulista do programa. A medida é voltada a pessoas com renda inferior a R$ 70 mensais.

Nos bastidores da Assembleia Legislativa e da Câmara Municipal de São Paulo, representantes dos dois partidos externaram preocupação com a iniciativa -inédita na administração paulista.

Do lado petista, há o temor de que o pacto entre Dilma e Alckmin ajude o PSDB a consolidar a imagem de que prioriza a agenda social.

Já o PSDB teme que o eleitorado interprete a ação como adesão a um "modelo assistencialista", historicamente criticado pelo partido.

A associação dos programas será oficializada hoje, no Palácio dos Bandeirantes, onde Dilma lançará o Brasil Sem Miséria para o Sudeste.

Para conter insatisfeitos no PSDB, Alckmin acionou seu secretário da Casa Civil, Sidney Beraldo, que pediu aos deputados tucanos que participassem do evento.

O apelo para que a ação não fosse partidarizada também foi feito pelo presidente do PT em São Paulo, deputado estadual Edinho Silva. "Será um avanço histórico no modelo de gestão, com benefício para a sociedade. Não podemos partidarizar uma ação como essa", afirmou.

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