O presidente do Peru, Ollanta Humala, repetiu slogans e promessas feitas pelo ex-presidente Lula, em 2003, ao assumir o cargo ontem. O novo líder anunciou que governará "um Peru para todos", em alusão ao "Brasil, um País de todos", o slogan de Lula. Enquanto o ex-presidente Lula prometera três refeições aos brasileiros em sua posse, Humala assegurou que os peruanos terão duas: café da manhã e almoço.
A presidente Dilma Rousseff participou da cerimônia, ao lado de outros 14 presidentes. O Congresso, onde ocorreu a solenidade de posse, foi palco de uma rápida guerra de torcidas políticas, envolvendo os aliados de Humala e do ex-presidente Alberto Fujimori Humala venceu a eleição em disputa de segundo turno contra a filha de Fujimori, Keiko Fujimori....
Apesar da semelhança nos propósitos e no discurso, o presidente Humala disse na posse que "não quer copiar modelos". Mas reconheceu que "tomará exemplos que deram certo, construindo um caminho próprio". A prioridade, resumiu, é o crescimento econômico com inclusão social.
Luiz Favre.
O ex-marido da senadora Marta Suplicy (PT-SP), o ativista político franco-argentino Luiz Favre, que participou ativamente da campanha de 2002 de Lula, foi um dos auxiliares do novo presidente peruano, ajudando a transformá-lo em "Humala paz e amor" - um contraponto ao Humala chavista derrotado nas eleições de 2006. Favre, que agora faz assessoria e marketing eleitoral e ontem estava em Lima, colaborou na redação do discurso de posse do presidente peruano.
O ex-marido da senadora Marta Suplicy (PT-SP), o ativista político franco-argentino Luiz Favre, que participou ativamente da campanha de 2002 de Lula, foi um dos auxiliares do novo presidente peruano, ajudando a transformá-lo em "Humala paz e amor" - um contraponto ao Humala chavista derrotado nas eleições de 2006. Favre, que agora faz assessoria e marketing eleitoral e ontem estava em Lima, colaborou na redação do discurso de posse do presidente peruano.
O novo líder, comandante em retiro do Exército que foi afastado quando participou de uma tentativa de golpe contra o governo Fujimori, em 2000, disse que assumia "em missão de paz e não de guerra", e trabalhará "sem vingança e sem rancor".
Foram inúmeras as promessas de Humala em seu primeiro discurso. Depois de se declarar "um soldado da República, do estado de direito e da liberdade de imprensa", anunciou, sob aplausos de um Congresso lotado, o aumento do salário mínimo, que passará, em valores correspondentes, de R$ 340 para R$ 436 - no Brasil, é de R$ 545.
Samu brasileiro.
Humala prometeu construir um hospital em cada cidade do país, a criação de um programa chamado SAMO (Serviço Atenção Móvel de Urgências), uma cópia do SAMU brasileiro, acesso aos medicamentos genéricos e a redução do preço do GLP (gás de cozinha). Parte dos programas de inclusão social será bancada com a taxação dos lucros das mineradoras que operam no país. Isso será feito, afirmou, depois de uma negociação com os empresários, sem rompimento de contratos.
Anunciou, também, que ampliará o programa "Juntos", de transferência de renda, que hoje atende 470 mil pessoas, mas que terá de chegar a todos os moradores dos 800 distritos mais pobres do país. Hoje, 34% da população peruana - mais de 10 milhões de pessoas - vive na pobreza extrema.
1 Comentários:
Lia vinhas disse:
Que tudo dê certo para o Humala, que ele consiga mudar o Peru e que, como o Lula, desfaça o tratado de livre comércio com os EUA assinado pelo governo anterior. Somente como um país soberano, o Peru poderá avançar em sua política econômica e social.
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