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quinta-feira, 2 de junho de 2011

Unidos "em nome da família"

Manifestantes contrários ao projeto de lei que criminaliza a homofobia levam 20 mil pessoas ao gramado da Esplanada. Presença de militantes favoráveis ao texto acirra ânimos


“Lixo!”, o coro feito por 20 mil manifestantes ligados a igrejas católicas e evangélicas — segundo estimativas feita pela Polícia Militar — tinha um alvo específico: o Projeto de Lei nº 122/2006, em tramitação no Senado, que criminaliza a homofobia. Reunidos em frente ao gramado do Congresso Nacional, eles respondiam ao discurso fervoroso de senadores e deputados da Frente Parlamentar da Família. “O anseio grotesco de uma minoria (homossexual) não vai se fazer engolir, e se impor à maioria das famílias brasileiras”, afirmou o presidente da Frente Parlamentar da Família, o senador Magno Malta (PR-ES). Ao lado do protesto contrário ao projeto, uma manifestação em defesa do texto reuniu 80 pessoas.

A presença de posições contraditórias no mesmo espaço resultou em confusão quando o deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ) passou perto das pessoas que pleiteavam a aprovação do projeto. Logo em seguida começou um bate-boca, que quase terminou em agressão ao parlamentar. Depois de chamar Bolsonaro de racista, um homem negro tentou se aproximar do parlamentar com uma bandeira, em uma tentativa de agressão, mas foi detido pelos seguranças particulares do deputado. Em seguida, os PMs levaram o manifestante de volta ao grupo. “Eles são ridículos. Até o que eles falam é ridículo”, gritava Bolsonaro. Manifestantes reclamaram que antes o deputado havia jogado água em uma drag-queen.

Inconstitucionalidade
Os outros parlamentares presentes à manifestação preparada pelos grupos religiosos, entre eles os senadores Marcelo Crivella (PR-RJ) e Walter Pinheiro (PT-BA) e os deputados federais Anthony Garotinho (PR-RJ), João Campos (PSDB-GO) e Ronaldo Fonseca (PR-DF), defenderam a inconstitucionalidade do projeto que criminaliza a homofobia. Durante o protesto, eles afirmaram que a proposta não será alvo de nenhum tipo de acordo. Para os deputados e senadores da Frente Parlamentar da Família, caso o texto seja aprovado, não apenas aqueles que manifestarem opinião discordante à prática homossexual podem ser presos, como também líderes de entidades religiosas que se manifestarem contra a união gay. “A Bíblia, para nós, é a palavra de Deus. Se a lei for aprovada, a Bíblia vira homofóbica”, declarou o pastor Silas Malafaia, organizador da manifestação. Os parlamentares também entregaram um abaixo-assinado ao presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), com 1 milhão de assinaturas contra o projeto.

As críticas e a defesa da derrubada total do projeto ocorreram apenas um dia após o senador Marcelo Crivella, ex-bispo da Igreja Universal, ter se encontrado com a relatora da proposta na Comissão de Direitos Humanos (CDH) do Senado, Marta Suplicy (PT-SP), para buscar um entendimento quanto ao teor do texto. Também participaram da reunião o senador Demostenes Torres (DEM-GO) e o presidente da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT), Toni Reis. Depois da reunião, houve mudança na proposta, especialmente no artigo que pune a discriminação ou preconceito pela orientação sexual — a nova redação deverá prever punição apenas àqueles que induzirem a violência. As mudanças foram enviadas aos senadores e à ABGLT. Quando chegar a um consenso, a retornará à pauta da comissão para votação.Correio

9 Comentários:

Carlos Dias disse...

Religião à parte, é preciso reconhecer que somente um homossexual defende a "condição de homossexual". Ciência à parte, o homossexualismo é uma condição de "desvio da natureza humana" (neste caso "natureza humana" é a união de gêneros opostos).

Uma coisa é a humanidade que faz sentir piedade por pessoas desvirtuadas. Outra coisa é apoiar tal condição...

Anônimo disse...

Silas Malafaia... sempre esse canalha, escroque, safado, fdp... é a vanguarda do atraso. Aliás, como a nossa sociedade é medieval. É por isso que o covarde e canalha do Serra quase faturou. Não fosse a descoberta do aborto da mulher dele...

Leonardo

Anônimo disse...

Que mostrem a pasagem da Bíblia onde se diz que ser homosexual é crime que deve ser punido com violencia. Esses religiosos (estrtanho o petista entre eles) comprovam que essas vertentges religiosas não visam senão a exploração e lavagem cerebral de sues fiéis, em geral pessoas de baixa renda e ingenuaas. Volta e meia vemos o nome de pastores em desvio de dinheiro e outros escandalos financeiros, em crimes de morte e outros delitos. São religiosos da boca para fora, porque não seguem as palavras e o exemplo de Jesus. Todo mundo quer ser pastor par nfaturar em cima dos crédulos.

MARCOS BICALHO disse...

Um monte de doido, junto com um bando de ignorantes, guiados por um grupelho de espertalhôes oportunistas, sem o que fazer de útil para o mundo, querem ter o direito de continuar a perseguir minorias para dar sentido às suas vidas vazias. É o capitalismo divino a render lucros com direito a ilegalidades e crimes.

Wilsoleaks Alves disse...

Discordo de você Carlos Dias.
Não são somente homossexuais que defendem a condição de homossexuais, também o faz, toda e qualquer pessoa despida de preconceitos e que se indigna ante as injustiças sociais.

Anônimo disse...

acredito que todos devam ter direitos iguais perante a nossa Constituição (negros, pessoas portadoras de necessidades especias, homoafetivos, qualquer minoria, etc).
acho que esse tipo de Projeto de Lei (PL) é uma nuance de justiça social e não uma questão de fé e de direito de desprezar estas minorias. não se deve misturar religião com direito de desperzar a minorias.
afinal, quando morrermos não seremos cobrados se somos isso ou aquilo (se tivemos dinheiro/poder, se fomos inteligentes, se fomos brancos/negros/indios, se fomos nordestinos, etc), mas se fizemos algo de bom e se não desprezamos outras pessoas, incluindo estas minorias! pensem nisso antes de acreditar em qualquer pessoa, pastor, padre, guia, etc.
é preciso ter pensamento crítico em relação aos que nos manipulam, pois podemos ter no futuro filhos, netos, parentes homoafetivos..e aí, que faremos com elas? vamos amar estes nossos entes queridos aconlhendo-os ou desprezá-los como fazem as pessoas com esse tipo de manifestação contra? devemos apedrejar? discriminar? o amor pregado nas igrejas é isso? é com esse tipo de manifestação? pensem mais sobre o futuro e sobre o irmão. acredito que fraternidade é aceitar aos outros como eles são, com todas as suas vontades e valores.

Reg disse...

Uma pergunta: eles já se manifestaram contra o vendilhão da pátria, que está fazendo campanha para liberar a maconha?
Cadê a CNBB?
OAB?
Silas Malafaia?
O quê eles acham do oxi? Crack?

josé lopes disse...

Esse malafaia é um enganador.

Vejam este vídeo no YouTube


http://www.youtube.com/watch?v=A_JkR4cevuI

josé lopes disse...

Eu fico pensando... Será que se Jesus voltasse aqui na terra aprovaria o que estes pastores e padres estão fazendo? Jesus é amor e disse amai-vos uns aos outros. E, este "uns aos outros" significa que todos temos que nos amar como irmãos filhos de um mesmo Deus sem discriminação. Por isso fico com o Espiritismo doutrina codificada por Kardec. É outra posição, contrária a tudo que estes pastores e padres pensam. Pesquisem no Google: Espiritismo: homossexuais.

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