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segunda-feira, 20 de junho de 2011

PF apura sumiço de doações da Receita

A Polícia Federal apura o sumiço de produtos apreendidos em ações de contrabando e sonegação e doados pela Receita à Polícia Rodoviária Federal do Rio.Entre as mercadorias que desapareceram estão 7.000 garrafas de azeite, mais de 10 mil malas, frasqueiras e mochilas, além de 22 chapas de mármore de Carrara, pneus, máquinas fotográficas, aparelhos de som, DVDs e CDs.

Dois inquéritos da Polícia Federal, de 2008, apuram o episódio, que ocorreu entre 2005 e 2009.Pelo menos nove servidores da superintendência da Polícia Rodoviária Federal no Rio são investigados.

O período compreende a administração do inspetor Carlos Hamilton Fernandes Pinheiro como superintendente no Rio. Documentos mostram a saída dos produtos dos depósitos federais e a entrada deles na PRF.A investigação já descobriu que as mercadorias nunca foram utilizadas pelos policiais rodoviários. Se comprovada a culpa, os servidores podem ser acusados de apropriação de bens.

Apreensões feitas pela Receita podem ser levadas a leilão ou doadas a órgãos públicos ou para instituições de caridade.Para instituições públicas são encaminhados produtos que possam ser utilizados em seu dia a dia. Se não há produtos úteis para o trabalho, as mercadorias podem ser levadas a leilão e o dinheiro revertido para a União ou para a instituição.

MÁRMORE E VIDEOGAME
Há pedidos de 400 metros quadrados de mármore de Carrara solicitados pelo inspetor Renato Regly Ferreira -na ocasião, um dos chefes da PRF, no Rio.A alegação era que seria feita uma reforma na superintendência, localizada no entroncamento entre as avenidas Brasil e Presidente Dutra. Os inspetores Regly e Vinicius Leandro assinam as solicitações e recebimento das mercadorias.

SEM REFORMA

Quem chega hoje à superintendência da PRF não encontra nenhum sinal de obra recente. Nem vê qualquer um dos produtos doados.O que se vê é um prédio de dois andares à espera de reforma. Nas salas, computadores velhos e no pátio, carros à espera de manutenção."Também gostaria de saber onde está este material. Vivemos uma situação de penúria", afirma o superintendente regional Antonio Vital, há oito meses no cargo.Desde que o inspetor Vital assumiu, não houve mais doações da Receita à superintendência da PRF.

Avaliada em R$ 479 mil, uma das doações compreende o envio de 199 mil canetas, 30 mil lapiseiras e 50 mil DVDs à superintendência.Em um pedido de 3 de outubro de 2007, avaliado em R$ 229.674 mil, foram enviadas 1.798 malas, 10 mil lâmpadas, 148 telefones sem fio, 940 luminárias, cinco toneladas de fios de poliéster para malharia e 1.668 persianas.

Em maio de 2009, cinco videogames foram enviados para a unidade.Um dos relatórios sobre o caso informa que "não se consegue vislumbrar a correlação entre o que foi doado e o que foi lançado. Tanto na entrada quanto na saída do material referente a este ADM" (Atos de Destinação de Mercadorias, documento que contém a relação dos produtos para a doação).

Regly está preso em Bangu 8, acusado de corrupção, contrabando, prevaricação e tráfico de influência em outro processo da Justiça Federal.Na Folha

1 Comentários:

Anônimo disse...

Quando eu morrer quero que um avião da FAB leve meu corpo para minha cidade, se o Sérgio Cabral tem direito eu também tenho, pois eu pago ao Estado e ele recebe do Estado.

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