O ministro Gilberto Carvalho, da Secretaria Geral da Presidência da República, conduziu, na quarta-feira (11), uma primeira reunião com dirigentes das principais centrais sindicais, para discutir a redução de 6% nos impostos sobre a folha de pagamento das empresas.
A ideia do governo é fazer uma reforma tributária fracionada, enviando ao Congresso as mudanças onde há maior consenso.
O secretário executivo do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa, apresentou a proposta de redução de 2% ao ano nos impostos sobre a folha de pagamento até 2014.
Outra mudança em estudo é ter alíquotas de contribuição previdenciária sobre o faturamento diferenciadas para cada setor.
A contribuição de 0,2% sobre a folha de salários para Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), também deverá cair.
Essas desonerações facilitam gerar e manter novos de empregos, e abrem espaço para os trabalhadores pressionarem por um conquistas de aumento nos salários líquidos que recebem.
Paulinho da Força (presidente da Força Sindical e deputado pelo PDT-SP), presente à reunião, quer, como contrapartida, a redução da jornada de trabalhos de 44 horas semanais para 40 horas, já que as empresas terão seus custos sobre a mão-de-obra do trabalhador diminuídos.
O secretário-geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Quintino Severo, acha a diminuição dos impostos sobre a folha importante, mas mostrou-se preocupado com a previdência: "Não dá para reduzir os impostos na folha de pagamento e tornar a Previdência inviável no ponto de vista de sua arrecadação."
Nas avaliações apresentadas por Barbosa durante a reunião, cada ponto percentual de desoneração significa um impacto de R$ 4 bilhões nas contas da Previdência. Ele afirmou de que isso será compensado pelo dinheiro dos outros impostos, no Orçamento da União.
O dirigente da CUT também preocupou-se em obter garantias de que os empresários repassem aos preços a diminuição de custos que obtiverem. No episódio recente do fim da CPMF, a diminuição da taxa foi embolsada pelos empresários na forma de mais lucros, sem diminuir os preços. (Da Ag. Brasil)
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1 Comentários:
Acho um erro apenas cortar encargos da folha. Para mim teria que cortar tudo e colocar sobre o faturamento das empresas algum tido 2% ai iria sobrar grana para previdencia.
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