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sábado, 14 de maio de 2011

Alckmin começa a sair da toca dos paulistas

Enquanto José Serra estuda se concorrerá à prefeitura de São Paulo no ano que vem como forma de se recolocar no jogo político, o governador do estado, Geraldo Alckmin, começa a sair da toca rumo a 2014. Nas duas últimas semanas, ele fez vários gestos na tentativa de ampliar espaços e contatos fora do universo paulista. Chamou para uma conversa, por exemplo, o governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, do PSB.

O papo com Casagrande tinha um objetivo imediato: evitar a aproximação do partido de Eduardo Campos com o PSD do prefeito paulistano, Gilberto Kassab. Assim, Alckmin mediria a temperatura a respeito de uma aliança entre Kassab e Campos no futuro, inclusive a propalada e, depois negada, fusão entre os partidos. A visita de Casagrande a Geraldo Alckmin, entretanto, ocorreu uma semana antes de Campos, sem citar nomes, criticar os tucanos, preservando apenas Fernando Henrique Cardoso.

Alckmin leu as declarações com atenção, segundo aliados. O governador tem uma ala do PSB encrustrada no seu governo. O partido ocupa a Secretaria de Turismo, com o deputado Márcio França, que assumiu o cargo sem objeção de Eduardo Campos. E Alckmin não deseja perder o PSB para Gilberto Kassab. Nem agora nem em 2014, quando tem a chance de concorrer ao governo paulista ou à Presidência da República — sonho que acalenta ao ponto de começar a alargar horizontes.

Além de audiências, Alckmin tem feito questão de alardear as realizações de seu governo nos quatro cantos do país. Prova disso foi o anúncio do aumento dos professores, que chegará a 42% até o fim de 2014 e atingirá 374 mil docentes. A partir desta semana, já está montado um quadro para que os deputados federais paulistas aliados a ele comentem o tema no plenário da Câmara. Isso pode parecer nada. Mas, diz um aliado do governador, é uma citação garantida na Voz do Brasil, na hora em que o brasileiro das grandes cidades enfrenta o engarrafamento na volta para casa. A próxima categoria que ele pretende focar é a dos policiais.

Novidades
Alckmin tem dito a amigos que, se quiser passar à frente de José Serra dentro do PSDB paulista, terá que fazer um governo com novidades e não apenas de continuidade. Afinal, em conversas mais reservadas, há o temor de que o ciclo tucano em São Paulo esteja se exaurindo e o eleitor termine disposto a passar o bastão a outro partido. Alckmin não quer terminar sendo responsabilizado pela interrupção do ciclo. Daí o fato de mirar também a Presidência da República.

A sombra aos seus projetos, entretanto, está por toda a parte. Até mesmo dentro do Palácio dos Bandeirantes. No PSDB, há quem diga que Alckmin está fadado a ser candidato à reeleição porque seu vice-governador, Guilherme Afif Domingos, é um dos fundadores do PSD de Gilberto Kassab e os tucanos não aceitam entregar o governo de bandeja ao partido de Kassab.

Além disso, há José Serra. O ex-governador abre a possibilidade, mas ainda não decidiu se será candidato a prefeito de São Paulo. Serra sabe que, se for candidato a prefeito e vencer, não poderá deixar o cargo dois anos depois para tentar a Presidência da República. Nessa hipótese, pode atrapalhar parte dos planos de Alckmin. Primeiro, porque Kassab já avisou que não se lançaria contra Serra.

Kassab pretende, na verdade, cobrar neutralidade do grupo de Serra em 2014, quando o PSD terá candidato a governador. Serra, por sua vez, vai demorar a tomar uma decisão para deixar Alckmin à espera. Não é à toa que o atual governador começa a cuidar de 2014.Correio

2 Comentários:

Anônimo disse...

Eu não tenho dúvida que esse mafioso do KASSAB vai terminar ainda caindo nos braços de Dilma. Eu não duvido mais nada....

jorge mendes disse...

tem que cuidar é do estado que sofre com 20 anos de DESGoverno

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