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domingo, 6 de março de 2011

Tucano nomeia secretário envolvido com a prática do trabalho escravo

O governador do Pará, Simão Jatene (PSDB), nomeou como secretário estadual um acusado de manter trabalhadores rurais em condições análogas à escravidão.

O processo contra Sidney Rosa, secretário de Projetos Estratégicos do Pará, corre desde 2006 na 2ª Vara da Justiça Federal do Maranhão.

A pressão para que Rosa seja exonerado parte da Comissão Nacional para a Erradicação do Trabalho Escravo e da Frente Estadual pela Erradicação do Trabalho Escravo, entidades da qual fazem parte Ministério Público Federal (MPF), Ministério Público do Trabalho (MPF), Ministério Público Estadual (MPE), Ordem dos Advogados do Brasil, Associação dos Magistrados Trabalhistas da 8ª Região (Amatra 8), Organização Internacional do Trabalho, Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República e outras, que cobram uma posição sobre o caso do governador Simão Jatene.

A secretária de Direitos Humanos da Presidência da República, Maria do Rosário, assinou ontem um ofício ao governador, pedindo providências no caso.

Jatene, por ocasião do Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo, que reuniu entidades envolvidas com a causa nos dias 28 e 29 de janeiro passado, assinou carta-compromisso contra o trabalho escravo, que exterioriza “a adesão e comprometimento do governo do Estado por essa luta”, segundo os participantes do encontro.

A “Carta de Belém”, assinada por todas as entidades, afirma que, em virtude de Jatene ter assumido o compromisso, não faça a nomeação ou indicação para cargo público de “qualquer pessoa envolvida com a prática do trabalho escravo” e que “prontamente exonere qualquer pessoa que ocupe cargo público de confiança sob sua responsabilidade”.

O processo que tramita pelas mãos do juiz José Magno Moraes, da 2ª Vara da Justiça Federal de São Luís (MA) já ouviu Rosa e outros acusados, mas ainda não conseguiu intimar para depor José Pereira da Silva, o “Salu”, conhecido “gato”- responsável pela contratação de trabalhadores escravos para fazendeiros-. dono de um hotel em Açailândia (MA), que sistematicamente vem fugindo da justiça.

Até buscas, sem sucesso, na Receita Federal e no Tribunal Eleitoral do Maranhão já foram realizadas, por determinação do juiz, para localizar o endereço do réu.

Segundo o relatório do Ministério Trabalho e da Delegacia do Trabalho do Maranhão, 40 trabalhadores foram encontrados por agentes federais em “condições degradantes” e em “regime de escravidão” na fazenda Vitória, de propriedade de Sidney Rosa, que em 2003, na ocasião do fato, era prefeito de Paragominas.

Na fazenda, localizada no município de Carutapera (MA), na fronteira com o Pará, segundo a auditora fiscal do trabalho Virna Soraia Damasceno, os trabalhadores, além das péssimas condições, não tinham carteira assinada e viviam em sistema de endividamento, que caracteriza trabalho escravo.

INTERMEDIAÇÃO

Ao chegar em Paragominas, a negociação com o “gato” foi feita por um irmão de Sidney Rosa, conhecido como Júnior, que intermediou a ida dos trabalhadores para a fazenda Vitória, transportados por “Salu”.

Uma vez na fazenda, os trabalhadores foram obrigados a assumir as dívidas pelos alojamentos em condições desumanas e pela alimentação precária que recebiam no local. O contrato de trabalho dizia que cada trabalhador deveria ganhar R$ 87,00. Somados os salários, aviso prévio e outros direitos trabalhistas, Rosa foi obrigado a pagar R$ 27 mil de indenização. “

O secretário Sidney Rosa, que é deputado eleito pelo PSDB licenciado para assumir a Secretaria de Projetos Estratégicos, disse que, embora a fazenda seja dele, não era de seu conhecimento que havia trabalhadores escravos na propriedade.

4 Comentários:

Anônimo disse...

Esse mesmo secretário já era chamado de cupim da Amazônia pela revista Veja em 1995.

Nessa reportagem a revista afirma que o tucano Sidney Rosa explorava uma área de 200.000 hectares. Para quem não sabe o que isso significa essa área equivale a 200.000 campos de futebol com as medidas oficiais. Interessante que em 1995 essa área de 200 mil campos de futebol já estava explorada e o tucano pretendia abrir novas frentes de exploração na Amazônia, dai ter sido comparado a um cupim.

Esse processo por trabalho escravo se soma à destruição das florestas na Amazônia acorbertadas ao longo dos governos tucanos. Essa destruição das florestas só teve um breve hiato nos 4 anos do governo Ana Júlia, que por esse motivo é odiada em todos os municípios do Pará que sobrevivem da destruição das florestas como as cidades de Paragominas e Tailândia.

zejustino disse...

Os paranaenses que se virem. A governadora do PT sofreu todo o tipo de ataque canalha da mídia brasileira (TODAS aquelas pertencentes ao chiqueiro midiático) todos os dias até o último dia de governo. Se escolheram novamente os escravocratas e assassinos de trabalhadores, então que se virem e voltem a sofrer sob o choque de congestão tucano.

Raersil disse...

...você quis dizer os paraenses... se bem que os paranaenses também são do mesmo gênero...No Pará soma-se a isso o povo ter trocado a gestão correta da Ana Júlia, por um político sujo com a justiça e mentiroso quando acusa Ana de ser responsável pela não inclusão do Estado entre os escolhidos da copa 2014. O fatoé que o Zé Serra quando estava na frente da corrida presidencial, foi no Amazonas e fechou com os políticos locais em troca de votos para ele, fazer loby junto aos Ricardos da FIFA que odeiam o Lula e o PT, para Manaus ser a escolhida. Bem feito que lá a tucanada se ferrou... Com relação aqui no Pará, como o governo era do PT, o Senador Flexa Ribeiro do PSDB e Mário Couto do PFL fizeram o maior loby contra Belém ser escolhida... até com discursos inflamados no Congresso.O resultado foi a volta do tucano ao governo. Eta povinho burro.Trocou 04 anos de gestão positiva por um gestor medíocre numa tola vingança contra sí próprio...Que Manaus represente bem em 14 o norte...

VERA disse...

Esperar o que de um DESgovernador envolvido até o pescoço em falcatruas e maracutaias, como a que se envolveu com a cervejaria CERPA!!! Pena que a nossa INjustiça é lenta por demais em punir os ricos!!!

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