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domingo, 13 de março de 2011

PSB: frente partidária, e Temporão para prefeito do Rio

O PSB caminha para se tornar um partido com características de frente partidária, semelhante ao PMDB, aceitando adesões dos mais diversos campos para crescer rapidamente.

Se em São Paulo, socialistas como Luiza Erundina (PSB/SP) sofrem com candidaturas neoliberais dentro de seu partido, como a de Paulo Skaf (PSB/SP), nas últimas eleições, e com a "ameaça" de Kassab (DEMos/SP) e Guilherme Afif Domingos (DEMos/SP) assumirem o controle do partido no estado; no Rio de Janeiro o quadro ideológico é mais confortável.

Segundo o vice-presidente nacional do partido, Roberto Amaral (PSB), o ex-ministro José Gomes Temporão deverá se filiar ao partido nos próximos dias, e é tratado como opção para candidatura à prefeitura do Rio em 2012.

O PSB participa do governo de Sérgio Cabral (PMDB/RJ) e da base governista do prefeito Eduardo Paes (PMDB/RJ), forte candidato à reeleição. A dificuldade da candidatura Temporão decolar no PSB, será justamente as pressões de Paes e Cabral, com quem o próprio Temporão sempre manteve excelente relacionamento, dentro do PMDB, apesar de viver às turras com o resto do partido.

Por outro lado, é possível que o próprio Cabral e Paes, vejam Temporão como um bom plano B para enfraquecer Gabeira (possível candidato da direita demo-tucana), caso ele ameace nas pesquisas.

Temporão tem um perfil capaz de tirar mais votos do demo-tucano do PV. A princípio, sem tirar muitos votos de Paes nas regiões mais populares da cidade, mas falta combinar com os "russos" (ou seja, com os próprios eleitores, pois Temporão tem um discurso bastante consistente e fora do padrão de político convencional, que pode agradar e surpreender).

Frente partidária, risco de descaracterização

Há ônus e bônus para o PSB tornar-se uma frente partidária. O ônus é a descaracterização ideológica. O bônus é o crescimento rápido do partido, que disputa espaço com os grandes, e pode significar um atalho para chegar mais rápido ao poder.

O PMDB sempre sobreviveu bem a este perfil de frente, criado ainda quando era MDB durante a ditadura. Sempre manteve governos estaduais e prefeituras. Com isso, sempre conseguiu eleger grandes bancadas, mantendo o poder no Congresso Federal após a redemocratização, e participando de ministérios, mesmo quando perdeu as eleições presidenciais.

O PDT de Brizola, nos anos 80, tentou seguir o caminho de frente partidária, aceitando a adesão de oligarquias conservadoras de tradição anti-trabalhistas (mas boas de votos), em estados onde era fraco, para tentar alcançar a Presidência.

Se Brizola tivesse chegado a presidência da República, a estratégia teria sido acertada: teria cedido poder regional à direita, para conquistar poder federal à esquerda, num país onde as maiores transformações se dão na esfera federal. Foi semelhante a estratégia de alianças do PT nos estados na eleição de Dilma, e semelhante as alianças de Getúlio Vargas com o PSD. A diferença entre engordar partidos e fazer alianças, é que, numa aliança, cada partido não se descaracteriza.

No caso de Brizola, ele não chegou ao poder federal, e o PDT pagou o ônus da descaracterização como partido trabalhista, levando ao encolhimento do partido que, nos últimos anos, procura se reposicionar e recuperar o terreno perdido, com o surgimento de novas lideranças realmente trabalhistas.

Só dá para dizer se a estratégia é certa ou errada, depois do jogo jogado. Mas não deixa de ser questionável, jovens lideranças como Eduardo Campos (PSB/PE) optarem pelo caminho do crescimento rápido e descontrolado, na base do tudo ou nada, como se não fossem jovens o suficiente para construírem um caminho de poder mais consistente, como fez Lula. A última experiência de tudo ou nada no PSB foi com Garotinho (PR/RJ), bem votado em 2002, mas não conseguiu deixar de legado os votos que teve, nem para o partido e nem para si.

2 Comentários:

Teresinha Carpes 13 disse...

O PDT aqui no Rio Grande do Sul,é o partido mais traíra,que o PT teve!Se une só no segundo turno(quando não é candidato ao executivo)depois que o PT,convida para o PDt,fzer parte do governo,sai e sai atirando como uma metralhadora!A Presidenta Dilma que se cuide do recém eleito deputado Federal o gaúcho Vieira da Cunha!!!Este cara,fez horrores com o ético e ótimo governador Olivio Dutra(PT)Êle foi um dos mais aguerridos,com o pedido de Impeachement contra Olívio Dutra(PT)Os vereadores do PDT,estão cruxificando o nosso querido Presidente Lula,e já estão caluniando os Ministros Petistas!Cuidem-se com o PDT!!!!

VERA disse...

O PSB tem que tirar o S do nome, porque de socialista não tem NADA, e o PDT precisa tirar o T do nome, porque de trabalhista não tem NADA!!! Ambos SE VENDERAM ao Serrágio em troca de 30 dinheiros, e deram nos funcionários públicos de SP todas as PUNHALADAS que o Zé-bolinha-baixaria mandou, com a honrosa exceção do Major Olímpio, este sim uma pessoa do BEM!!!

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