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quinta-feira, 3 de março de 2011

E o Serra fugiu, de novo

"Não acredito que você veio, Zé Dirceu!", gritou Hebe do palco ao ver o ex-ministro José Dirceu na plateia da gravação de seu programa de estreia na Rede TV!, que vai ao ar no dia 15. "Olha, cê tá perto do "Zé Serra", do governador [Geraldo Alckmin]." No intervalo, ela ainda grita para Dirceu: "Ô, Zé, quando acabar o programa, vamos tomar vinho. Vamos mandar brasa!".

"Ela é bárbara", dizia Hebe sobre a presidente enquanto mostrava imagens de Dilma no Palácio da Alvorada, andando com o cachorro, sentada num sofá. "Eu pensei que encontraria uma pessoa séria... que nada!". Hebe perguntou à presidente de quais músicas de Roberto Carlos ela gosta. Dilma citou "Detalhes" e "Amigo". "Nunca cantou?". "Já. Alguma vez na vida perdemos o senso crítico", respondeu Dilma.

Serra se diz constrangido

Na gravação de sua estreia na RedeTV!, anteontem, em um dos estúdios da emissora em Osasco (SP), a apresentadora Hebe Camargo dedicou o programa, que vai ao ar no dia 15 deste mês, à presidente Dilma Rousseff e causou constrangimentos aos tucanos ilustres que estavam entre os convidados, entre eles o ex-governador de São Paulo José Serra (PSDB).

Hebe exibirá uma entrevista de 50 minutos com Dilma feita em Brasília. Durante uma hora e 30 minutos de gravação do programa anteontem, a apresentadora elogiou a presidente e se disse "impressionada" com ela.

Em uma plateia de 600 convidados, em traje black tie, cantores, políticos, humoristas, cirurgiões plásticos e apresentadores de TV ocupavam mesas vizinhas, fazendo a alegria da apresentadora. "Você veio?", perguntava Hebe, do palco, mirando o público. "Olha ali o Zé Dirceu, perto do Serra e do governador, pode aplaudir, gente!" O governador Geraldo Alckmin (PSDB) e Serra chegaram juntos, acompanhados das respectivas mulheres, dona Lu e Monica Serra. José Dirceu, ex-ministro da Casa Civil, foi com a namorada, Evanise Santos. José Dirceu  disse que ficou surpreso com a atitude de Hebe: "Ela foi muito generosa". Ao contar à plateia que foi a Brasília entrevistar Dilma, Hebe disse que esperava encontrar uma "pessoa brava, durona, não foi nada do que eu pensei, ela foi um amor". "Ela é uma gracinha!", afirmou Hebe, em seu bordão.

Se Dirceu gostou dos elogios a Dilma, o ex-governador de São Paulo José Serra preferiu não acompanhar toda a gravação. Na metade do programa, Serra, derrotado por Dilma no ano passado, levantou-se, deixou a mulher Mônica à mesa que ocupava, cumprimentou o ex-ministro e foi embora.

Já o atual governador de São Paulo Geraldo Alckmin manteve-se firme. Em meio a declarações de Hebe sobre a presidente, a cada bloco o programa mostrava um pequeno trecho da entrevista. A exibição da íntegra da conversa só será conhecida no dia 15. quando a estreia vai ao ar. Estado

5 Comentários:

TAIGUARA disse...

Nem creio que a Presidenta Dilma tenha se rendido ao pseudo glamour da exposição nesses programas, nem esteja acometida de algum deslumbramento e, muito menos que esses monumentos à falsdade, que são as CANSADAS Ana Brega e a Hebe, tenham abandonado suas vidas e convicções fúteis e aderido ao projeto de governo que prioriza o atendimento ao mais necessitados. A Presidenta já deu demonstrações inequívocas de sua fidelidade aos seus ideais. Meu temor e tremor agiganta diante da possibilidade, mais que concreta, dela estar sendo utilizada como inocente útil (na visão dos demofrênicos-tucanopatas e dos seus acólitos do PIG), para uma providencial e inadiável desconstrução do Zéperdeu, do Kassab e, dentro em breve, do XuXu. Esses são, a meu ver, os impecílios que se colocam no caminho do obsessivo, embora dissimulado, sonho do Baladeiro do Baixo Leblon : O PLANALTO. Podem dizer que tenho facilidade de me engravidar com extrema facilidade por teorias conspiratórias, mas, em política a ingenuidade apresenta faturas que, quase sempre, não podem ser pagas. Já veêm vencidas e protestadas. Vide o exemplo claro da Prefeitura de BH, hoje administrada - graças a um movimento infeliz do Pimentel - por um despachante do Aócio, o Cabo Marcio Anselmo Lacerda. O inimigo é o Menino do Rio, o resto é tro-lo-ló. Insisto no meu mantra:
O PERIGO MORA EM MINAS.

TAIGUARA disse...

Desculpem-me pelos EMPECILHOS. Foi muito mal.

MARCOS BICALHO disse...

Dilma ocupando o espaço que os progressistas deveriam ter direito há muitas décadas. E ocupou pela legalidade democrática e não pelo golpe de Estado. O pluralismo faz bem para a sabedoria de um povo.

Geysa Guimarães disse...

Palmas para o blog, que mantém ativada a memória e lembrou que Serra é fujão.
Desta vez, fugiu porque não aguentou a entrada triunfal da Presidenta em território antes dominado pela sua turma. Deixou s na mesa a mesma dona Mônica que saía pelas ruas dizendo que Dilma queria matar criancinhas.
Nada como um dia após o outro.

Anônimo disse...

Obrigado, Marcos, por dizer aquilo que nós, eleitores conscientes da Dilma gostaríamos de ver estampado nos blogs progressistas. Porque é triste ler as ofensas e acusações sem fundamento que internautas (certamente vários deles infiltrados) dirigem a pessoa da Presidenta, pelo fato de ter aceito participar desses programas e entrevistas ao PIG. Há melhor maneira de mostrar ao imenso público que assiste e lê esses meios que ela é uma pessoa extremamente afável, inteligente, simples e ao mesmo tempo decidida, centrada, com metas bem definidas e corajosas para o seu mandato? A esquerda tem um meio de comunicaçãoao de massas? Os meios alternativos são poucos e pouco abrangentes. A midia golpista, mesmo que hipócritamente e com o claro objetivo de desconstruir a figura do Lula (o que não conseguirão nunquinha), está tendo que elogiá-la ao mesmo tempo que também critica seu governo. A Ana Maria, que vestiu luto com a vitória do Lula, hoje se derrama em mil elogios a Dilma. Mas isso aconteceu com o Lula e com muitos outros políticos progressistas. Faz parte. Críticas serão sempre necessárias, mas construtivas e não precipitadas, injustas e fazendo a alegria da direita.
Deixem a mulher trabalhar e mais tarde veremos se merece mais elogios ou mais críticas.

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