A presidenta Dilma Rousseff esteve em Uberaba (MG) para assinatura do Protocolo de Intenções entre a Petrobras, Cemig e o Governo de Minas Gerais para a implantação da Unidade de Fertilizantes Nitrogenados (UFN V) e de um gasoduto (o gás é insumo desse tipo de fertilizante).
A obra começará em fevereiro de 2012 e será concluída em dezembro de 2014, e faz parte do PAC 2.
A presidenta, ao discursar, mencionou a situação encontrada em 2003, quando assumiu o governo junto com o então presidente Lula:
“Quando chegamos ao governo o Brasil não era autossuficiente em petróleo, gás... Essa situação implicava na falta de planejamento. A fábrica de fertilizantes faz parte da mesma estratégica da Petrobras. Mas não apenas ser autossuficiente em fertilizantes, mas tornar o Brasil um dos grandes exportadores do mundo. É um absurdo importamos 60%, pois aí vamos ficar nas mãos da oscilação grande do mercado.”
Até os anos 70/80 houve investimentos estatais para produzir fertilizantes. Na própria cidade de Uberaba, a então estatal Vale do Rio Doce, construiu uma fábrica de fertilizantes, para beneficiar as jazidas de fosfato da região. Nos anos 90 a onda de privataria rifou todas as fábricas de fertilizantes estatais. Essas fábricas privatizadas nunca perseguiram a auto-suficiência, talvez por ter em seu controle acionário interesses especulativos transnacionais que preferiam importar mantendo preços mais altos, em vez de interesses produtivos nacionais de produzir mais e baratear.
Em 2008, quando houve uma crise mundial de preços dos alimentos, os preços dos fertilizantes importados explodiram, impactando nos custos e na balança comercial do agronegócio brasileiro.
Durante o governo Lula houve orientação para a Petrobrás investir na fabricação de fertilizantes, e também houve conversas com a Vale neste sentido, já que ela também detém jazidas de matéria prima.
O senador Aécio Neves (PSDB/MG), que anda ranzinza na oposição, foi o grande ausente na cerimônia. Também não fez falta nenhuma.
1 Comentários:
Excelente notícia. O ideal seria evitarmos os adubos químicos, porém, sendo impossível, voltemos a fabricá-los (fábricas brasileiras).
Edemar Motta.
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