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quinta-feira, 3 de março de 2011

Dilma adota estratégia de exportação para o pré-sal

O governo brasileiro quer se tornar grande exportador de gás e petróleo aos Estados Unidos, para evitar que os combustíveis extraídos da camada pré-sal no litoral do Brasil reduzam a proporção de fontes de energia "limpa", renovável, como a hidroeletricidade, na matriz energética brasileira. A intenção de exportar a maior parte do petróleo e gás do pré-sal para não "sujar" a matriz foi comunicada pela presidente Dilma Rousseff a enviados do governo americano que estiveram no país em preparação à visita do presidente Barack Obama.

A estratégia brasileira foi bem recebida em Washington, onde a oferta é vista como uma oportunidade para concentrar no continente americano cada vez mais os fornecedores de combustível fóssil aos EUA, reduzindo a dependência em relação ao Oriente Médio. Ainda não estão concluídas as conversas para o mecanismo que consolidará essa cooperação na área de energia, mas o tema já está escolhido como um dos principais assuntos da visita de Obama ao país e de seu comunicado conjunto com Dilma Rousseff, no sábado, dia 20.

O interesse em ter os EUA como grande consumidor do petróleo do pré-sal foi comunicado por Dilma, em fevereiro, ao secretário do Tesouro americano, Timothy Geithner e, em janeiro, aos senadores republicanos John McCain e Jonh Barrasso. Os EUA obtêm do Canadá e do México, seus maiores fornecedores, pouco mais de um terço do petróleo que importam; outro terço vem da Arábia Saudita, Nigéria e Venezuela. O Brasil é o décimo maior fornecedor aos EUA.

A perspectiva de obter no Hemisfério Ocidental, em região de influência americana, a maior parte do petróleo consumido nos EUA é recebida com entusiasmo em Washington, segundo uma autoridade que acompanha os preparativos para a vinda de Obama. Mesmo com o aumento da produção local, o Escritório de Energia Americano prevê que o país continuará importando cerca de metade do petróleo que consome e só em 2035 deve reduzir essa parcela a 45%.

O Eximbank americano já ofereceu à Petrobras desde 2010 financiamento de até US$ 2 bilhões para investimentos no pré-sal, com participação de empresas do país. A oferta de linhas do mesmo porte deve ser oficializada durante a visita do presidente americano para financiar joint ventures de companhias brasileiras e americanas no exterior, especialmente na África, em projetos de infraestrutura e exploração mineral.

A tentativa da Exxon de explorar poços em águas ultraprofundas foi malsucedida, como registrou a empresa em seu balanço, no ano passado, ao contabilizar como perdas dois poços na bacia de Santos onde investiu algumas centenas de milhões de dólares antes de considerá-los inviáveis comercialmente. A empresa teria obtido, porém, informações geológicas importantes que poderão ser usadas em novas tentativas, segundo uma fonte que acompanha o assunto.Do Valor Econômico

8 Comentários:

Luiz Verdi disse...

Sim ela vai mandar o nosso petroleo para os EUA, ela é boa de obedecer ordens, veja o que o diretor do FMI ordenou a ela e ela prontamente atendeu:
É chegado o momento de desacelerar a economia", afirmou Strauss-Kahn sobre o Brasil após o encontro.


O diretor do FMI foi recebido no Palácio do Planalto. Além da presidente, participou da audiência o ministro Guido Mantega (Fazenda).

Strauss Kahn afirmou que ele e a presidente concordam que "crescimento por si só não é o bastante". Ele elogiou os programas sociais do governo brasileiro --citou o Bolsa Família-- e, principalmente, a recente decisão de corte de gastos. Segundo ele, os cortes são "muito bem-vindos".

Hélio disse...

Temos que exportar derivados de petróleo, tais como, gasolina, querosene,óleos lubrificantes
e outras matérias dele extraídas.
Senão, nos tornaremos uma Venezuela.

leães disse...

qual é a da dilma hein? cadê o governo de esquerda em que eu votei?
tem q mandar o fmi a globo/inVeja/Estragão/Falha p/ o raio q os parta.
regulamentação da imprensa já.
é um golpe por dia, que inferno.

Jean Scharlau disse...

Será o complexo de vira-lata voltando?

GEssy disse...

Vamos voltar a ser uma nova Venezuela. Aí vamos importar o Hugo Chaves para cá !

Observador do PT disse...

refinarias que estão em construção e que serão construídas com o PAC:
• refinarias Premium, ou seja aquelas que transformam óleo cru nos principais derivados, que serão exportados: Maranhão e do Ceará
• refinarias comuns: Pernambuco (abreu lima, expansão) e Clara Camarão.

Palavras de Dilma: "a do Ceará quanto a do Maranhão, que são cruciais para o pré-sal, porque nós não podemos ser exportadores de óleo bruto", disse a presidente eleita.

Estratégia - Segundo Dilma, se o país extrair o petróleo do pré-sal e exportá-lo em seu estado bruto, acabará perdendo muito dinheiro. “Nós temos que ter duas refinarias Premium, não por uma mania de grandeza, como algumas vezes a oposição falou da Petrobras, mas por uma estratégia”, disse.

Ela explicou que o refino no Brasil é importante “porque quando se refina, o preço do petróleo sobe mais que proporcionalmente ao custo do refino e te permite entrar em uma outra área, delicadíssima, que chama-se petroquímica. Aí, o ganho é acima de 1.000%”.

E tem as do Sul e Sudeste, portanto amigos não façam juízo de valor antes de comentarem, Dilma, tem que exportar esses produtos, e os EUA são ótimos compradores...

Anônimo disse...

Esperemos que sejam exportados derivados e não petróleo bruto.

A justificativa da exportação 'para não sujar nossa matriz energética' só pode ser coisa de marqueteiro espertinho pensando que os outros todos são néscios. Totalmente desnecessária. Exportaremos para os irmãos do Norte por duas razões: dinheiro e cautela. Oxalá esse petróleo não seja um novo nióbio.

Edemar Motta.

Anônimo disse...

O observador do PT disse tudo. E reitero seu cnselho para que não se façam julgamentos precipitados. A Dilma nem bem começou e já vêm as cobranças com críticas a la PIG.Um pouco mais de leitura e informação n]ão faz mal a ninguém.

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