Sem chegar a um consenso sobre a estratégia que adotará para enfrentar o governo federal, os partidos de oposição também não se aproximam de um acordo sobre qual postura adotarão na discussão em torno do reajuste do valor do salário mínimo.
Na prática, como os demais temas que são discutidos pela oposição no Congresso, PSDB e DEM tomarão suas posições divididos entre o que pensam o ex-governador de São Paulo José Serra (PSDB) e o senador Aécio Neves (PSDB-MG).
A ala serrista defende uma proposta de R$ 600 para o mínimo, conforme foi martelado pelo tucano na sua fracassada campanha presidencial.
Esse valor já foi defendido publicamente pelo senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) e pelo líder do PSDB na Câmara, deputado Duarte Nogueira, também de São Paulo.
Do lado aecista, a ideia é trabalhar por um mínimo de R$ 565. Esse valor seria superior aos R$ 545 propostos pelo governo federal, mas abaixo dos R$ 600. Essa posição é encampada abertamente por parlamentares do DEM ligados a Aécio, como o presidente do partido, deputado Rodrigo Maia (RJ), que diz "ser contra o reajuste de R$ 600 porque isso comprometeria a estabilidade fiscal do País". "Reajustar para R$ 600 não seria coerente com a nossa posição de recompor as perdas dos trabalhadores mantendo a defesa da austeridade fiscal", afirma Maia.
Diálogo. Na verdade, o DEM até sinaliza com a abertura de um diálogo institucional sobre esse assunto e outros temas, enquanto o grupo serrista prefere adotar um tom mais radical de esticar a corda nessa relação. "Fala-se tanto em abrir um diálogo de alto nível entre governo e oposição que eu não vejo problema em a gente discutir esse assunto colocando na mesa uma proposta séria de reajuste, sem radicalismos", avalia Maia.
Além disso, o DEM decidiu propor ontem que a Câmara dos Deputados organize uma comissão geral, envolvendo todos os deputados, para que plenário da Casa debata o reajuste com as centrais sindicais e com representantes do governo federal.
"Não achamos correto que o governo queira aprovar uma proposta que regule o valor do salário mínimo pelos próximos quatro anos numa discussão tão curta, de apenas alguns dias. É importante que a Câmara debata esse assunto com profundidade", diz o líder do DEM na Câmara, deputado Antonio Carlos Magalhães Neto (BA).Estadao
8 Comentários:
Sugiro que colham no Portal Vermelho uma matéria do Gilson Reis, do Sindicato dos Professores de MG, publicada hoje. Ele dá a exata dimensão do apetite do Baladeiro do Baixo Leblon. O Menino do Rio é o inimigo a ser combatido.
Não há tempo a perder.
Insisto no meu mantra - O PERIGO MORA EM MINAS.
Ah! Se o PSDB sempre achasse que o salário minimo tivesse que ser bem acima da inflação, inclusive quando são eles no governo, eu não teria penado tanto com a miséria que recebia quando FHC era presidente, e olha que eu ganhava bem acima do minimo, mas vivia em um país onde a inflação era de 2 digitos.
Canalhas! É revoltante ver esse cinismo demo/tucano
Pelo que parece o tucanato serrista esta assumindo a direita dos demos.
Extrema direita, so faltava...
Serra virou Sarah Palin de calcas!!!
Em relação ao comentário do amigo Ricardo Macedo.
Ainda assim, prefiro a Sarah Palin com calças; como dizem os comentários, mesmo de direitona, dá um bom caldo.
Já o Chirico...
O oportunismo é generalizado, quanta parcialidade!
O PMDB quer um mínimo maior porque não está se dando bem no APARELHAMENTO do Estado controlado pelo PT.
A Oposição claramente vai defender um mínimo maior, já que na campanha fez o mesmo. É inaceitável a Dilma querer encerrar a discussão já na próxima semana e começar o governo já com um aumento pífio do s. m
E também as CENTRAIS SINDICAIS querem um mínimo maior e prometem várias manifestações em todo o país.
Ou seja, todos menos o PT quer um mínimo maior.
Porque os tucanos não começam dando o exemplo em SP aumentando o piso dos pensionistas que é de R$ 450,00 e esta a anos congelado?
O governo Lula e agora o governo Dilma dão provas que existem avanços para o trabalhador mais importantes do que o aumento do salário mínimo. Modétia a parte, esse leitor que agora aqui escreve, um ex-sindicalista enviou e-mail para vários parlamentares,por vários anos, cobrando providências quanto ao desconto de Imposto de Renda nas indenizações trabalhistas. Mesmo quando terminou seu mandato sindical, continuou na luta contra uma questão que considerava a maior injustiça contra o trabalhador. Anos depois, parece que a semente desse trabalho solitário floresceu. É assim que se luta: O Diário Oficial da União de ontem (8/2) publicou a Instrução Normativa RFB nº 1127, que trata dos procedimentos a serem observados na apuração do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) incidente sobre os rendimentos recebidos acumuladamente (RRA). As regras foram instituídas pela Medida Provisória 497, de 28 de julho de 2010, convertida na Lei 12.350, de 20 de dezembro de 2010. Pela norma, rendimentos acumulados recebidos em 2010 relativos a anos anteriores ao do recebimento terão tributação exclusiva na fonte, no mês do credito ou pagamento.
Ou seja, o trabalhador ingressava na justiça contra irregularidade cometida pelo seu patrão. Passava anos na justiça. No final do processo, causa ganha, sofria o desconto do Imposto de Renda pela alícota máxima com o acumulado de vários anos. A mídia não tem dado muita importância para essa Instrução Normativa, mas, é uma grande vitória para trabalhadores e aposentados. Sindicalistas, pesquisem.
Crrigindo: Alíquota
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