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quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Opção de Alckmin e Serra pelo latifúndio agrava situação de cortadores de cana desempregados

Com o processo de mecanização da colheita da cana-de-açúcar no estado de São Paulo, cerca de 40 mil trabalhadores no corte da cana ficaram desempregados desde 2007.

Sem formação escolar, sem outra qualificação profissional, sem conseguirem outro tipo de emprego, é cada vez maior o número de ex-cortadores que recorrem a ocupações de terra, em busca de uma oportunidade de terem seu chão para trabalhar.

A mecanização da colheita da cana é até necessária, pois o trabalho manual, além de penoso, exige que a folhagem da cana seja queimada, trazendo prejuízos ambientais e perdas no aproveitamento da palha. Mas o processo precisa acontecer em conjunto com recolocação profissional ou assentamento dos desempregados em projetos de reforma agrária, para evitar graves problemas sociais.

A situação se agravará a cada ano. Cerca de 150 mil cortadores serão dispensados (hoje são cerca de 166 mil empregos no pico da safra), até 2014. Será o último ano para o fim da queima da palha da cana, em todas as áreas mecanizáveis do estado, para reduzir emissão de carbono. O próprio Ministério Público Federal tem pressionado para não haver queimadas.

Os governos tucanos paulistas tem executado políticas fundiárias reacionárias e incompatíveis com a realidade social, o que agrava o problema.

Em vez de investir em assentamentos, José Serra alocou uma parte da polícia para funcionar como uma espécie de Gestapo (polícia política) contra sem-terras, que acabam prestando um grande serviço a latifundiários grileiros (que ocupam terras públicas). O novo/antigo governador Geraldo Alckmin (PSDB/SP), após assumir, pregou "telerância zero" com os sem-terra.

Em 2009, durante o governo José Serra, em um episódio onde sem-terras ocuparam áreas da união, apropriadas pela multinacional Cutrale com laranjais, o governo tucano tomou partido da multinacional, colocando o aparato policial para prender os sem-terra e incriminá-los de forma arbitrária.

4 Comentários:

Ricardo macedo disse...

complemento:
e nao esperem qualquer atitude diferente por parte do governo tucano, vao continuar com a mesma politica voltada para onde possa gerar dinheiro a eles.
Trabalhadores com condicoes sociais mais justas nao estarao jamais nas intencoes do PSDB.

D.Pires disse...

Para quem vive nesse inferno que é queimadas de cana,(Região de Araraquara SP) é necessário o corte mecanizado. Sobre os trabalhadores, O governo precisa reciclar para outro tipo de serviço mas isso leva tempo!. Mas repito: É necessário cortar cana pelo método mecanizado apesar que está mexendo com a fauna da região ex: gavião não precisa mais caçar e virou galinha siscando no canavial cortado.e tem muito mais!
Com a palavra os ambientalistas!!..

Daniel Mota disse...

Por que não falamos dos cortes do governos com cancelamento de concurso publico. O GOVERNO SUSPENDE OS CONCURSOS PÚBLICOS, QUANDO DEVERIA SUSPENDER E PROIBIR AS TERCEIRIZAÇÕES, UMA PRAGA TÃO NOCIVA QUANTO AS ONGS, COM FALSAS COOPERATIVAS CRIADAS PARA SUGAR RECURSOS PÚBLICOS.
Com a suspensão dos concursos, muitos jovens, decepcionados, pensam em desistir de estudar. Sabem que a Constituição Federal exige concurso público de provas (ou provas e títulos), para a admissão de novos servidores no âmbito da administração direta e indireta da União, Estados, Distrito Federal e Municípios.Essas terceirizações são um acinte, uma afronta à cidadania. Representam uma forma de burlar a Constituição para contratar apadrinhados políticos, além de propiciar todo tipo de corrupção e sonegação de impostos e obrigações sociais.
As terceirizações funcionam através de falsas cooperativas, muitas delas criadas por grupos políticos ou por altos funcionários do serviço público ou das estatais. Durante o governo Itamar Franco, por exemplo, centenas de empregados da TV Educativa no Rio de Janeiro, que era uma fundação, foram obrigados a se filiar a uma falsa “cooperativa” sediada em Minas Gerais. Nunca nenhum deles soube quem dirigia a tal cooperativa, onde estava localizada, nada mesmo.Pelo Brasil inteiro, aumenta cada vez mais a terceirização, que é uma forma de corrupção semelhante às Organizações Não-Governamentais, criadas exclusivamente para sugar recursos públicos, ao invés de utilizar recursos privados, como seria de se esperar.
Para prestar serviços a nível federal, estadual e municipal, surgem falsas cooperativas destinadas às mais variadas atividades, como limpeza, segurança, atendimento médico, assessoria de comunicação, consultoria, administração, contabilidade e por aí a fora. No Estado do Rio, por exemplo, as famosas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), funcionam assim, com médicos e pessoal terceirizados. E as delegacias pagam aluguel por tudo, mesas. cadeiras, computadores, aparelhos de refrigeração. É um escândalo, ou melhor, seria um escândalo, se estivéssemos num país sério. Mas a realidade é que os tentáculos da terceirização espalham-se pelos três poderes, ninguém cumpre mais a Constituição, é uma verdadeira farra do boi.Por falar em farra quem ganha o salário ou os especuladores que ganha fortunas no Brasil a muito, sai governo entra governo e continua igual.

joaquim de carvalho disse...

Não podemos cair na mesmice dos Tucanos e partir para a crítica fácil.
Emprego de cortador de cana é temporário, quase sub-emprego.
Todos sabemos os malefícios das queimadas e a queima da cana não é diferente.
Quem mora numa dessas regiões sabe bem.
No mais, existe cobrança da justiça por término dessa prática e prazo para que toda a colheita seja mecanizada.
Assim como estão fazendo com o leite, que em pouco tempo terá toda sua produção com ordenhadeiras, no que a nossa saúde agradece.
Acompanho e concordo com 99% das vossas matérias, mas me desculpem, neste caso, bola fora.

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