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sábado, 5 de fevereiro de 2011

Eles fazem a farra e nós pagamos a conta

A Assembleia Legislativa de São Paulo tem um número de diretores na sua folha de pagamento quase igual à quantidade de deputados estaduais. São 70 diretores, para 94 parlamentares.Os salários desses diretores são bem altos. Começam em R$ 6.900, como no caso dos diretores de xerox, garagem e manutenção de carros. Outros chegam a R$ 16 mil.

O Legislativo paulista afirma que são apenas oito os diretores. Mas o fato é que os ocupantes dos 70 cargos recebem como se fossem diretores de verdade. Para o bolso do contribuinte, dá no mesmo.

As regras da Assembleia dizem que o serviço de xerox deve "executar extração de cópias de documentos e papeis em geral" e "zelar pela boa conservação e utilização dos equipamentos". Precisa de diretor para isso?

Nunca é demais lembrar que, no segundo semestre do ano passado, com a desculpa das eleições, a Assembleia quase não trabalhou.

Do começo de julho ao início de outubro, não votou nem uma lei sequer. O gasto nos últimos sete meses foi de R$ 79 milhões, entre salários de deputados, assessores e verbas de gabinete.

Quem paga esse número absurdo de diretorias inúteis somos nós, por meio de altos impostos.

O melhor seria reduzir drasticamente o número de diretorias na Assembleia, deixando apenas as realmente importantes e necessárias. Talvez fosse preciso criar apenas um cargo, que viria muito a calhar mesmo com o gasto extra: a diretoria do respeito com o dinheiro do contribuinte.

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