Depois de lutar durante anos contra a demarcação da reserva Raposa Serra do Sol, o líder arrozeiro e agora deputado federal Paulo César Quartiero (DEM-RR) em nada lembra, na Câmara, o estilo agressivo que marcou sua campanha contra indígenas e o governo federal. Quartiero agora circula sozinho pelos corredores e fica isolado no plenário, pelos cantos.
Mas continua ácido nas suas declarações. O deputado revela desejo de apresentar projetos de lei não para criar nada, mas para extinguir: o Ibama, o Incra, a Funai e também o Ministério Público. Todos seus algozes no passado recente.
Escolhido coordenador da área agrícola na bancada do DEM, Quartiero afirma que ainda não se acostumou com a relação entre os parlamentares.
O demo Quartiero, que se define como um nacionalista, queixa-se de que expressões como patriotismo, soberania e desenvolvimento nacional estão fora do glossário:
Na última quinta-feira, Quartiero fez seu primeiro discurso. De cinco minutos. Um pouco nervoso, o deputado tratou da crise que atinge o Executivo de Roraima, com a cassação do governador José de Anchieta Júnior (PSDB), que governa com uma liminar.
Quartiero tem uma referência no Congresso: o deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), que foi contra a demarcação em área contínua de Raposa, tal e qual o colega de Roraima, e é autor do relatório do Código Florestal, que agrada os ruralistas e arrepia os ambientalistas.Quartiero, que mantém na mesa em seu gabinete um exemplar, com dedicatória, do livreto de Aldo Rebelo sobre o Código Florestal.
Agora, Quartiero explora a rizicultura no Marajó (Pará). O Incra o acusa de utilizar terras públicas. Já colheu a 1ª safra e está levando para lá seu parque industrial. Sobre as declarações provocativas, não titubeia.Informações do Globo, jornal de oposição a Lula
6 Comentários:
Não acho correto!!!
Esse maluco invasor tem razão. As três siglas não fazem falta para o brasileiro honesto. Outros servidores já fazem o que esse pessoal finge que faz. E se não fazem deveriam já estar fazendo.
Este demo coloca em cheque a preservação da Ilha do Marajó onde vem adquirindo extensas áreas com a complacencia e a benção do tucano Simão Jatene que governa o Pará. O caos no meio-ambiente do Pará se iniciou com os madeireiros capixabas que já destruíram a maior parte das florestas do estado, agora pra completar o caos chega a agricultura comercial para dizimar o que resta da natureza paraense.
A ilha do Marajó pede socorro ao Greenpeace para conter os arroizeiros.
Olha o congressista facista aí, gente!
Justo seria, se o deputado pedisse o fim desses órgãos com base em uma visão maior, geopolítica e verdadeiramente nacionalista.
Torço para que se aproxime de sua referência na casa, o deputado Aldo Rebelo, pois este, com certeza, saberá conduzir sua indignação por caminhos de coerência, sabedoria e produtividade parlamentar.
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