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sábado, 29 de janeiro de 2011

Um pé em cada canoa

O Tribunal de Contas da União é um órgão ligado ao Congresso Nacional que fiscaliza obras e gastos do governo.Tem, portanto, a função importantíssima de verificar se o dinheiro do contribuinte está sendo aplicado de maneira correta.

Para desempenhar esse papel é preciso que o órgão tenha independência em relação a seus fiscalizados. Mas não parece que o presidente da instituição, Benjamin Zymler, pense dessa maneira.

De 2008 a 2010, ele recebeu R$ 228 mil para proferir palestras em órgãos públicos e entidades que o TCU fiscaliza.Desde então, Zymler foi relator de seis casos e participou de pelo menos cinco julgamentos relativos às entidades que pagaram para ouvir suas lições.

Ao receber dinheiro de órgãos cujas contas deve julgar, Zymler abre brechas para dúvidas. Será que o TCU não foi menos rigoroso em algum aspecto devido a essas relações? É difícil não perguntar. É difícil não desconfiar.

Para cumprir suas funções de maneira isenta e eficiente, sem levantar suspeitas, o TCU não pode confundir as coisas. Tem que atender ao interesse público --e só a ele. Não dá pra ficar com um pé em cada canoa.

3 Comentários:

Morais disse...

Exatamente o TCU que sempre estava tentanto atrapalhar o governo Lula com seus juízes recebendo para dar palestras em entidades que ele investiga, sinceramente levanta muitas suspeitas.

Paulo - Floripa SC disse...

Esse presidentezinho deve devolver TODOS os salários que recebeu do tcu. Este tipo de roubalheira deve acabar de uma vez por todas. Ele não pode alegar desconhecimento de causa. Sabia o que estava fazendo, que era ilícito, ilegal e imoral e, mesmo assim, continuou fazendo. É CRIME CONTINUADO.

Jorge disse...

Helena,
Os chamados Tribunais de Contas são órgãos exdrúxulos, ridículos e um acinte a democracia. O poder público, como qualquer empresa, tem que ser auditado por profissionais competentes, o que infelizmente parece não ser a prática existente em tais "tribunais". São somente um peso aos contribuintes, não avançando em nada na administração publica. Os tais "tribunais" deveriam mesmo, dado a sua "importância", serem extintos por uma simples medida provisória. Se acham acima do bem e do mal, e no entanto......

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