Do início de julho à primeira quinzena de outubro, a Assembleia Legislativa de São Paulo não votou nem uma lei sequer. O motivo é sempre o mesmo, de dois em dois anos: as eleições.
"Se esse é o custo da democracia", disse o líder do governo no Legislativo paulista, Vaz de Lima (PSDB), "é muito barato". Difícil concordar com ele, quando se sabe que o gasto da Assembleia nos últimos sete meses foi de R$ 79 milhões, entre salários de deputados, assessores e outras verbas.
É claro que é importante o contato dos candidatos com os eleitores, então até dá pra entender alguma diminuição do ritmo dos trabalhos no período eleitoral. Mas não tanta moleza!
A verdade é que, se os deputados estaduais produzissem mais, a revolta seria menor. A função do Legislativo é discutir a aprovar leis e também fiscalizar o governo estadual. Em São Paulo, não acontece nem uma coisa nem outra.
Das 168 leis publicadas desde julho, 83 têm quase nenhum impacto, como nomear vias públicas ou criar datas comemorativas.
No campo da fiscalização, o cenário é ainda pior.
A Assembleia chegou a ficar cinco anos sem nenhuma CPI.Todas barradas pelos políticos do PSDB. Quando finalmente teve, não investigou nada. Denúncias de corrupção ligadas a órgãos do governo do PSDB são deixadas de lado.
Os novos deputados estaduais assumem no dia 15 de março. Precisam trabalhar mais, serem mais independentes do governo e prestarem atenção às necessidades dos cidadãos --que, aliás, não são poucas.
3 Comentários:
Vamos criar uma lei que proiba os deputados de trabalhar em ano eleitoral, já que não fazem nada mesmo... È lógico que também não teriam nada para receber. Seria uma grande economia! Num ano "trabalha" no outro faz campanha. O dinheiro economizado seria destinado automaticamente para construir casas para o povo. Que tal?
O certo mesmo é o povo não aceitar dinheiro desses deputados,já que a maior parte deles é dinheiro roubado do próprio povo .
Como existem pessoas que não compram mercadoria roubada,tambem não deveriam aceitar dinheiro roubado.
É triste constatar, mas a maioria dos parlamentares está lá em nome da vagabundagem e da gatunagem.
E la mediocracia va....
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