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segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Força Sindical ameaça levar sua militância às ruas "se Dilma estiver jogando duro"

A Força Sindical prometeu reagir à manutenção da proposta de R$ 545 como novo valor para o salário-mínimo, sinalizada pela presidente Dilma Rousseff. As centrais defendem o valor de R$ 580. "Se ela estiver jogando duro, vamos ter que ir para o Congresso, pressionar, fazer manifestações, pôr aposentados no Congresso", disse o presidente da central, o deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP).

Em Porto Alegre, Dilma afirmou que a oferta do governo para o mínimo está mantida nos R$ 545 e que uma discussão simultânea do reajuste da tabela do Imposto de Renda nas negociações "não é correta". A presidente tornou claro que está, sim, jogando duro. "O que queremos saber é se as centrais querem ou não a manutenção do acordo [feito com o governo Lula] pelo período do nosso governo. Se querem, o que nós propomos para esse ano é R$ 545", disse.

Paulinho diz que o governo dá provas de estar aberto ao diálogo, pois manteve uma reunião para a próxima quarta-feira e não enviou uma medida provisória ao Congresso com esse valor de R$ 545. O presidente da CUT, Artur Henrique, afirmou que a central não aceitará o valor de R$ 545 e que continuará a pressionar o governo. "Vamos manter um processo de mobilização e de pressão", disse Henrique.

Para o sindicalista, o problema do governo não é o reajuste de 2011, mas o do próximo ano. "A política de valorização do mínimo vai fazer com que, em 2012, o reajuste seja de 13% a 14%." Sexta-feira, na nota "Será que Mantega trocou figurinhas com FHC?", a Força Sindical disse que o ministro da Fazenda, Guido Man-tega, revelou "todo o seu desprezo pelos temas sociais" ao desconsiderar reajuste na tabela do Imposto de Renda. Paulinho assinou um documento que ironiza as férias do "insensato ministro" em Trancoso, região de resorts de luxo na Bahia.

"Vale lembrar que o ex-presi-dente Fernando Henrique Cardoso passou as férias recentemente na mesma localidade", diz o texto. "Será que ambos não se encontraram?", completa a nota da Força. Um dia antes, Mantega irritou sindicalistas ao negar que a correção da tabela do IR esteja sob estudo.

SAIBA +

As duas principais centrais sindicais do País, a CUT e a Força, cobram do governo uma revisão nas tabelas do Imposto de Renda e reajuste, para R$ 580, do salário mínimo. O ministro Gilberto Carvalho admitiu rever a tabela do Imposto de Renda, mas avisou que o mínimo ficará nos R$ 545 já concedidos. Guido Mantega, da Fazenda, negou as duas reivindicações.

8 Comentários:

X-MAN disse...

È o PT: rumo á oposição 2014!

Galvão disse...

Os demagogos da CUT e Força Sindical precisam tomar cuidado com a exigência descabida de aumento irreal do salário mínimo. Eles podem ter certeza que a primeira vitima de um salário de R$580,00 será a ajudante que temos em casa, com carteira assinada. Ela vai perder o emprego.

Mello disse...

Esse palhaços da Farsa Sindical não falavam grosso no desgoverno Fgagácê...

Mas espere!!! Eles são pelegos.

Unknown disse...

Não apenas CUT e Força estão cobrando a correção da tabela de IR e o mínimo de R$ 580, mas todas as seis centrais (CGTB, CTB, CUT, Força, NCST e UGT).
Valdo
valdoalbuquerque@gmail.com

josé lopes disse...

Tenho uma conhecida que já setenciou: - "Se tiver que pagar mais de R$ 445,00 de salário para meus empregados vou ter que demitir pelo menos um".

Com certeza teremos uma onda de desempregos. Porque não se nomeia o "Paulinho da Força" para ministro da Fazenda? É um grande demagogo.

http://jornaldageysa.blogspot.com/ - Palpitando disse...

Até entendo que a Presidenta não possa promover mudanças imediatas, mas essa desproporção entre os salários, aposentadorias e benesses dos políticos e o miseré do salário mínimo precisa ser revista.
Só o povão saindo nas ruas como no Egito e acrescentando o panelaço argentino, pra que essa vergonha diminua. Isto não é país, é feudo, com suseranos e vassalos.

Anônimo disse...

A força sindical não começou com o pelego do Medeiros? Parece que ele foi cria da Fiesp para atacar a CUT.

Anônimo disse...

Discutem aumento de 545 para 580, e praticamente NINGUEM reclamou de forma devida o aumento deles.

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