O mercado começou o ano com o pé direito, pelo menos com relação ao apetite do investidor externo. Até o dia 10, o saldo líquido (compras menos vendas) de estrangeiros na Bovespa está positivo em R$ 2 bilhões que, divididos pelos seis pregões, significam uma entrada média de R$ 333 milhões por dia.
Houve ingresso de recursos em todos os pregões, inclusive naqueles em que a bolsa caiu, como nos dias 6 e 7. Esse saldo positivo é resultado de um rebalanceamento entre os mercados emergentes, com o investidor saindo de Ásia para aportar no Brasil.
O movimento do início deste ano é contrário ao que se viu no fim de 2010. Em dezembro, o fluxo foi negativo em R$ 334 milhões. Segundo o analista técnico da Citi Corretora César Crivelli, essa forte entrada de recursos em poucos dias e logo no início do ano, quando o mercado costuma ser mais calmo, é bastante atípica.
"O fluxo positivo nos dias 6 e 7, quando o Ibovespa caiu, também é um comportamento fora do padrão e que reafirma a intenção de compra do investidor internacional", diz Crivelli. No dia 6, inclusive, houve a maior entrada, de R$ 621,4 milhões.
Crivelli lembra que a última vez em que houve uma entrada dessa magnitude em tão pouco tempo foi nos seis pregões entre os dias 8 e 18 de outubro do ano passado, quando o fluxo foi positivo em R$ 2,6 bilhões.
Parte desse dinheiro está saindo da Ásia, num rebalanceamento entre os emergentes. No ano passado, houve um forte fluxo de carteiras de longo prazo da Europa e dos EUA e de fundos soberanos da Ásia em direção a essa região. Agora, esses mesmos investidores, especialmente as carteiras de longo prazo, começam a vender seus ativos asiáticos para aplicar no Brasil.
"Em 2010, os estrangeiros realizaram parte dos lucros que tiveram no Brasil em 2009, quando o Ibovespa subiu 82,66%", diz o economista-chefe da Citi Corretora, Fernando Siqueira. "Agora eles voltam na expectativa de uma nova valorização, depois de o índice subir só 1,04% em 2010."
Ele lembra que, no ano passado, o fluxo de fundos internacionais para a Ásia foi de 10,4% do total de ativos sob gestão, enquanto para América Latina foi de apenas 3,7%. Já na primeira semana deste ano, a entrada em Ásia está em 0,3% dos ativos sob gestão ante 1,2% na América Latina. Siqueira acredita que o Brasil também deve levar vantagem dentro da América Latina. Em 2010, com a valorização do ouro e do cobre, os investidores deram preferência ao Chile e ao Peru, mercados que concentram as duas matéria primas.Valor
1 Comentários:
Na minha modéstia opinião esses investidores não passam de jogadores que buscam nos países emergentes formas de aumentar suas riquezas. Investimento reais são aqueles que geram empregos e não esses jogadores da bolsa que vêem pra cá se aproveitar das altas taxas de juros e da noite pro dia levar tudo o que ganhou embora. Esses tipos de investidores podem trazer sérios problemas ao Brasil.
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