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segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Autorização do próprio benefício

O diretor-geral do Senado, Haroldo Tajra, assinou uma medida em que concedeu a si próprio o pagamento de horas extras feitas em dezembro de 2010. O benefício ocorre num momento em que a Casa adotou regras mais rígidas para a remuneração extraordinária. A decisão consta do boletim administrativo de pessoal publicado na última sexta-feira.

Na parte destinada aos atos da diretoria-geral, consta como deferido o processo 000612/11-1 em que os interessados são Haroldo Feitosa Tajra e outros, sem especificar quantas pessoas, nem os valores. Durante o escândalo dos atos secretos, descobriu-se que o Senado escondia nomes de beneficiados para evitar dar publicidade a decisões polêmicas, como aumento de gratificações, pagamento de horas extras e nomeações de parentes para gabinetes.

De acordo com dados do Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi), em dezembro, o Senado desembolsou R$ 912 mil em horas extras, 76% maior do que o valor pago em novembro. O pico com horas extras no ano passado ocorreu em julho, em pleno calor eleitoral, com R$ 6,82 milhões em despesas. O valor é parecido com o gasto de dezembro de 2009 (R$ 6,76 milhões).

Depois da farra das horas extras, quando o Senado pagou R$ 6 milhões em janeiro de 2009 com serviços fora do horário do expediente, houve uma tentativa de racionalizar as despesas. A Casa suspendeu o pagamento de benefícios como gratificações e serviços extraordinários por participação em comissões ou grupos de trabalho. Também foi instalado um sistema eletrônico para os servidores registrarem a hora extra até as 20h30.

Servidores do Senado da carreira de técnicos e de analistas reclamam que desde o final do primeiro semestre não receberam horas extras. Em dezembro do ano passado, médicos do Senado ameaçaram entrar em greve porque desde julho o benefício havia sido interrompido. Segundo informação da Secretaria de Comunicação, as horas extras não estão suspensas, mas as regras estão mais rígidas.

O número de servidores autorizados a fazer serviço extraordinário é de 2,7 mil, contra 4,2 mil em 2008. Apesar dessa redução, houve aumento de 99,4% no valor da hora paga a cada funcionário, para R$ 2.641,93.

Os escândalos administrativos do Senado tiveram quatro pés de irregularidades: hora extra, atos secretos, passagens aéreas e crédito consignado. Agaciel e o ex-diretor de Recursos Humanos do Senado José Carlos Zoghbi perderam os postos e são réus na Justiça Federal numa ação de improbidade administrativa movida pelo Ministério Público Federal. Durante essa crise, a Casa teve três diretores-gerais. Tajra substituiu Alexandre Gazineu.Correio Braziliense

4 Comentários:

X-MAN disse...

A Dilma deveria tomar esse levante egipcio como alerta; tirando a historia do país com os nassers sadats e canais de suez á parte, tudo se resume a um ditado conhecido por aqui: "Em casa que falta pão, todo mundo grita e ninguem tem razão". Esse governo petista com uns 4 ministros que nem deveriam passar na porta do palacio até pode continuar dando os afagos de bilhões aos banqueiros, mas não deve esquecer que quem vota e sai na rua pra manifestar são os trabalhadores, e tudo que a midia comprada e sem vergonha quer é a classe trabalhadora contra esse governo. O que seria ridiculo, um governo trabalhista no qual os trabalhadores são contra, mas é o que acontecerá se a presidente continuar ouvindo esse demotucanos petistas que se infiltraram no governo, verdadeiras quinta colunas disfarçados. Nem vou pedir pro PT acordar mais, desisti.

Paulo Morani disse...

É a côrte! Eles se comportam co o no tempo da monarquia (que alías, até hoje, vive de mordomias do estado). É preciso ACABAR com essa situação JÁ! Não dá mais para essas noticias emporcalharem a atividade politica. Politico virou profissão. É preciso restringir vantagens e soment permitir uma reeleição, como para Presidente!

Edemar Motta disse...

Essa turma aí trabalhando em horas normais já é algo extraodinariamente extraordinário, fazendo horas extras então é impensável.

Já nos bancos ...

Morais disse...

É trsite vermos que o senado nosso não tem moral para controlar o pagamento de horas extras, isto acontece porque o dinheiro não sai do bolse de nenhum senador, sai do nosso bolso, assim fica fácil pagar horas extras adoidado.

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