Em encontro no sábado, caciques tucanos criticaram composição do primeiro escalão estadual e saída de Paulo Renato da Educação
As nomeações do secretariado do futuro governador Geraldo Alckmin abriram a primeira crise entre o tucano e a cúpula do PSDB no Estado desde sua vitória em primeiro turno, na eleição de outubro.
Os principais líderes do partido encontraram-se na noite de sábado, num evento da Secretaria de Cultura em homenagem ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, no qual criticaram a composição do governo Alckmin. Chamaram de "personalistas" as indicações e avaliaram que o futuro governador teria desconsiderado opiniões das demais lideranças do PSDB.
Além de Fernando Henrique, participaram do encontro o atual secretário de Cultura, Andrea Matarazzo, o governador Alberto Goldman, o presidente do Diretório Municipal do PSDB, José Henrique Reis Lobo, o secretário de Relações Institucionais, Almino Afonso, o deputado Arnaldo Madeira e o secretário dos Direitos Humanos, José Gregori. O ex-governador José Serra - que se reuniu ontem com Alckmin para tratar da transição - e o prefeito Gilberto Kassab (DEM) apareceram no fim do evento de sábado.
O descontentamento dessa ala do partido começou com a decisão de Alckmin de não manter Paulo Renato Souza na Secretaria de Educação. Fernando Henrique havia feito o pedido a ele, num almoço há cerca de 15 dias. O futuro governador resolveu trocar o titular da pasta e o ex-presidente teria ficado sabendo pelos jornais.
A cúpula do PSDB queria que a pasta da Educação fosse mantida com um quadro do partido. Como forma de sobreviver na oposição, a legenda pretende explorar suas bandeiras sociais, e a educação seria uma delas - Alckmin indicou para o posto o reitor da Unesp, Herman Voorwald.
Chalita. A ida de Alckmin a um jantar organizado pelo ex-secretário da Educação Gabriel Chalita, dia 11, em homenagem ao dramaturgo Walcyr Carrasco, foi interpretada como a primeira sinalização de que o governador eleito não atenderia aos pleitos internos. Chalita é desafeto de tucanos ligados a Serra, fez campanha de oposição ao PSDB na eleição presidencial e era um dos principais críticos da atual política educacional do Estado. No jantar, estavam alguns dos cotados à época para assumir a Educação no lugar de Paulo Renato.
As principais pastas do secretariado de Alckmin foram ocupadas por tucanos ligados historicamente a ele. A indicação de Andrea Calabi, próximo de Fernando Henrique e Serra, para o Planejamento não foi vista como uma concessão aos aliados do ex-presidente e do ex-governador - Calabi tem boa relação com Alckmin e já ocupou a mesma pasta.
Em 2008, Alckmin foi um dos protagonistas de um racha no partido, quando se lançou candidato a prefeito sem o apoio de todo o PSDB paulista. Desde então, o tucano tenta reconstruir a ponte com os principais líderes tucanos, entre os quais Serra.
Almoço. A bancada de deputados eleitos do PSDB paulista reuniu-se ontem para reafirmar a indicação do deputado Duarte Nogueira como próximo líder do partido na Câmara.
No encontro, do qual participou o futuro secretário da Casa Civil, Sidney Beraldo, os tucanos também discutiram o racha na bancada do PT para indicar o presidente da Câmara no ano que vem. Tucanos pretendem deixar a porta aberta para os petistas que são contra a indicação do deputado Marco Maia (PT-RS).
4 Comentários:
Acho que o PT tem que primeiro olhar pro proprio rabo, o cargo da Dilma não é vitalicio e a vitoria dela foi com muito suor e lagrimas, e só se deu pelo bom governo do Lula e sua popularidade, o que aconteceria se fosse o contrario? Um governo petista meia boca e uma presidenta com baixa aprovação? Isso é serio a hoa do oba oba já passou, o aidemim acordou e quer ganhar as classes menos favorecidas e ter uma relação melhor com o funcionalismo estadual enquanto o PT tem um projeto de lei que congela o salario do funcionalismo por dez anos, está virando as costas pros aposentados não tem nenhum projeto pra ganhar a classe media, mas em compensação todos se uniram pra se darem aumentos de mais de 60% e não é parcelado como tanto gostam de dar pros funcionarios publicos, é de uma tacada só; depois o PT não diga que a midia é contra, o partido vai se enforcar pelos proprios erros e soberba.
veja a manchete de uma noticia da folha de hoje, se for verídico é lamentável, pois não é só o Jobim que gosta de puxar o saco dos eua:
Itamaraty pressionou juiz a liberar pilotos do Legacy
O negócio é passar longe, é só pena voando.
O problema maior é que, diferente das penas de ganso que se prestam para confecção de cobertas ou travesseiros, as de tucanos não servem para nada. Pior ainda deste tipo de tucano...
Ha, ha, ha...
Concordo com X-MAN. No caso dos professores de universidades federais, o salário não é tão atrativo assim, a iniciativa privada paga melhor. Um atrativo poderia ser a aposentadoria, mas há uma indefinição e tende a ficar como a do INSS. Só reajustar a inflação é congelar os salários, mas nem isso parece que vai ocorrer, então o salário dos servidores públicos federais tende a DIMINUIR.
Então, como fica aquela valorização dos servidores federais? Como fica a valorização do professor? E das universidades brasileiras (quase todas) que caem vertiginosamente no cenário internacional? Não é só a USP (estadual) também as federais!
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